MEU ANJO (Omegaverse)
-. Pafff! (som de pancada)
-. Você é um idiota, sempre faz tudo errado, agora terá que pagar o preço deste tecido, você tem ideia de quanto custa? Você sempre estraga tudo o que toca, até as pessoas!
É sempre a mesma coisa, sou culpado por algo que não fiz, eu sei, ele sempre me culpa por todos os erros dele porque sabe que não vou dizer nada, Jerson, o nome do meu primo, sempre foi assim desde criança, me culpando por todos os erros dele, sabe que eu não tenho ninguém e ninguém pode me defender, então me acostumei a ficar calado. Quando éramos crianças, lembro de uma vez em que Jerson quebrou um vaso muito valioso da minha tia, ele fez de propósito e disse que fui eu, eu queria explicar para minha tia, a mãe do Jerson, mas só recebi uma punição, naquela semana fiquei sem comida e tive que pagar pelo vaso que ele tinha quebrado.
-. Desculpe, não vai acontecer de novo, vou ser mais cuidadoso.
Ha! Espero que sim e não se esqueça de fechar direito antes de sair, idiota. Depois de dizer essas palavras, Jerson saiu da loja, vi quando ele entrou no seu carro esportivo e foi embora, naquele momento pude voltar a respirar tranquilamente.
-. Ahhh! Soltei um suspiro de alívio.
-. Nossa, que desagradável, não entendo como você consegue suportar! disse Karen, uma das vendedoras da loja, ela estava muito irritada, pude ver como o rosto dela ficava vermelho de raiva.
-. Não tem problema, suponho que esteja acostumado, sabe como ele é, não podemos fazer nada.
-. **Eu sei! Juro que se ele não fosse o chefe\, eu daria um belo soco nele\, além disso foi ele quem estragou esse tecido\, brincando de alfaiate. Todos viram!** era verdade\, todos sabiam\, Jerson escolhia os melhores tecidos para fazer um terno\, mas sempre acabava estragando.
-. Se acalme, não faz bem se irritar tanto, por que não vai relaxar em casa? Já está tarde, não se incomode. Mostrei um sorriso para que ela visse que estava tudo bem e fosse embora tranquila.
-. Ahhh! Gael, você é uma pessoa muito amável, às vezes até demais. Sabe, se fosse você, já teria fugido dessa sua família, estaria bem longe e nunca mais veria as caras deles. Você sabe que, sem você, eles não teriam nada.
-. Karen, você não precisa ficar aqui. Sabe que pode arrumar um trabalho com pessoas melhores. Karen se aproximou e segurou minhas mãos.
-. Gael, você sabe que sempre estarei com você. Se você decidir ir embora, irei com você. Vamos aguentar juntos, okay? Então não fale isso de novo, sou sua amiga. E quando decidir partir, irei com você. Ela me deu um sorriso caloroso e um abraço. É verdade, Karen é a pessoa com quem tenho mais proximidade aqui, ela é mais como uma irmã com quem posso contar. Mas me sinto mal que ela tenha que ficar por minha causa.
Quando todos foram embora, como todos os dias, eu era o último a sair. Tinha que ser muito cuidadoso e manter tudo organizado para o dia seguinte, quando eu também teria que abrir cedo e limpar os pisos. Tudo deveria ser perfeito ou receberia uma nova reprimenda.
Apesar de tudo, gosto muito do meu trabalho e da cidade de Manhattan. Confeccionar esses belos trajes que muitas pessoas vêm aqui exclusivamente para comprar. Dizem que se comparam aos das grandes casas de moda, alguns até dizem que são melhores. Isso me faz feliz, mesmo que todo o crédito vá para Jerson. Bem, de qualquer forma, são meus trabalhos e sei que ele não pode fazê-los da mesma forma.
Eu sei, sou muito ingênuo, ou como Jerson diz, um idiota, mas não posso sair de lá, porque devo minha vida a eles, de alguma forma. Se não fosse pela minha tia, eu estaria morto agora. E, infelizmente, sou um ômega.
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Atualizado até capítulo 20
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