Sterling amanheceu fria e tensa, apesar do sol forte sobre Manhattan. Catalina desceu para a cozinha, vestindo um conjunto de seda que Alex havia comprado, e encontrou o CEO sentado à mesa de jantar, já lendo relatórios financeiros, com uma xícara de café na mão. Ele parecia ter dormido profundamente e estava novamente com sua armadura,um terno cinza-chumbo impecável.
Seu rosto estava impassível. Não havia traço do homem autoritário e ofegante que a havia beijado no mármore na noite anterior. — Sente-se e coma. — ele disse, sem erguer os olhos dos papéis, usando o sobrenome com a frieza de um memorando. —Bom dia, Sr. Sterling. — Catalina respondeu, devolvendo a não formalidade dele. Ela se forçou a caminhar até a máquina de café, mantendo a distância máxima. Ela precisava fingir que o beijo foi apenas uma "prática" estranha, como ele havia sugerido. O silêncio era tão denso que era quase palpável. —O jantar de ontem foi um sucesso tático. — Alex continuou, ainda lendo. —Arthur ligou para Nolan. Ele está exigindo um almoço de apresentação formal esta semana, o que significa que ele vai análisar denovo. — Alex parecia alguém implacável, ele não se parecia com um ser humano, mais um robô. —Fico feliz que minha encenação tenha salvado seu império, Alex. — ela respondeu, enfatizando o nome para lembrá-lo do novo acordo. —Embora eu discorde de que beijar sua secretária seja uma tática de negócios. — Ela tomou um gole de café. Alex finalmente ergueu os olhos. Seus olhos azuis fixaram-se nela por um momento. —Foi uma correção de roteiro, Catalina. Sua expressão de pânico era convincente demais. Você precisa parecer apaixonada, não aterrorizada. Foi um erro de cálculo, e não se repetirá. Você tem minha palavra. — Uma parte de Catalina sentiu-se humilhada pela negação fria. Outra parte, a que estava lutando pela sua permanência no país, sentiu alívio. Depois do café-da-manhã formal e silencioso, Alex entregou a Catalina um novo documento grampeado. —Estas são as regras de conduta dentro de casa. Já que o beijo de ontem foi, claramente, mal interpretado por você! — Ela enrugou a sombrancelhas balançando a cabeça negativamente. —Por mim? — Ela questionou casualmente tentando entender a lógica dele. —sim, por você, eu estabeleci diretrizes para evitar quaisquer confusões futuras. Principalmente, a Regra Número Três, a distância mínima de dez metros é obrigatória dentro de casa, a menos que estejamos em uma reunião de planejamento de casamento com Nolan ou Arthur. — Catalina folheou as regras, sentindo a indignação crescer, ela deu uma risada baixa analisando o documento. Ele estava reagindo ao beijo com mais controle. —Regras para evitar que você me beije de novo, Alex? Isso é um novo nível de arrogância. — O sarcasmo era palpável no ar. Alexander a olhou perplexo negando qualquer acusação contra ele. —Não. É para evitar que você confunda um ato necessário de encenação com a realidade. — ele corrigiu, o tom glacial. —Se eu pudesse ter escolhido uma noiva menos... combativa, eu o teria feito. Mas o tempo urge. A partir de hoje, você não tem mais permissão para entrar na área do meu escritório pessoal ou na minha suíte. E eu não entro na sua. —Catalina respirou fundo, jogando o papel pro lado. —Oh, estrelinha não se esqueça quem invadiu o pessoal aqui. Não se preocupe, a última que eu queira é entrar no seu quarto. — Ela disse se levantando. Ela o ignorou e seguiu em direção ao seu quarto, que era bem agradável, é também maior que seu apartamento.
Os dias se passaram voado, eram jantar atrás de jantar, todos chatos e cansativos. Sem contar que estava sendo proibida de falar com os pais, ela apenas mandou uma mensagem dizendo que iria fazer uma viagem de negócios e ficaria sem sinal. Mais Alexander era terrívelmente chato. Era o dia do casamento. A cerimônia seria íntima, realizada na casa de campo dos Sterling, sob os olhos atentos de Arthur e um punhado de sócios. Catalina estava no quarto de hóspedes que era belíssimo, vestida com um modelo simples, mas deslumbrante, de seda branca. Ela olhou para o espelho, não vendo a noiva, mas a secretária chantageada prestes a hipotecar sua vida. — Quanto humilhação por um visto. — ela sussurrou para si mesma em espanhol, língua que abandonou para se adaptar ao inglês. Ela levou um susto quando alguém bateu a porta, e logo adentrou era uma menina de uns dezessete anos, alta e magra,mais ela tinha algo familiar os olhos azuis gelado e intenso. —Catalina? — Ela murmurou se aproximando, ela vestia um vestido simples mais bonito tom de pêssego. — Desculpa a demora, sou Annelise.... Irmã mais novo do Alexander. — Ela parecia gentil, mais Catalina não a conhecia pessoalmente mais ouvia sempre uma discussão ao telefone sobre ela e suas badernas no colégio interno na Suiça. —Oi...Uau! Eu ouvi muito sobre você. — Catalina disse baixo dando um sorriso gentil. Annelise olhou para o lado dando um sorriso descontraído. —Alex deve ter dito... Provavelmente que sou a ovelha negra. — Annelise disse baixo pegando o buquê sobre a cama. — Na verdade não, ele dizia como você tem o espírito livre da sua mãe. As bobagens do colégio? Era mais curiosidade minha enquanto organizava a agenda dele. — Catalina contou ajeitando o vestido. Annelise permitiu um sorriso manifestar novamente. — Fico...Feliz que meu irmão tenha decidido de casar, você é muito linda. Então vamos descer? — Ela disse entregando o buquê para a mexicana. Arthur estava parado na porta ouvido a conversa alheia. —Com licença, vim buscar a noiva. Alexander disse que seus pais não estão no pais. — Arthur estava rígido, e ofereceu o braço. Annelise acenou com a cabeça e saiu do quarto. Arthur caminhava segurando o braço da mexicana. A casa parecia antiga mais perfeitamente decorada e aparentemente havia passado por reforma. —Ouvi sua conversa com nossa doce, Annelise. Sebastian sempre falava exatamente aquelas palavras sobre Anne. Eu não estava convicto que esse casamento realmente aconteceria. Mas, saiba que você agora é da família. Qualquer problema fale comigo. — Ele fez uma pausa demorado. —Alex pode ser um pouco difícil de lidar. Oque eu peço... Não desista. — Ele parecia estar aceitando o fato do neto herdeiro estar se casado com a secretária.
A música clássica começou a tocar. Arthur guiava Catalina com a formalidade de um general.
O lugar estava decorado com uma elegância fria, mas flores brancas e os lírios mexicanos vermelhos, ela deu um sorriso percebendo que alguém havia lembrado de incluir seu país no momento tão "especial". — Clara lembrou da decoração, pode agradecer-la mais tarde. —Arthur comentou ainda a guiando pelo tapete vermelho.
Eles chegaram ao altar. O celebrante iniciou as palavras sobre "amor eterno" e "união sagrada", que soavam incrivelmente vazias para o casal. Quando chegou o momento solene, Catalina olhou para Alex. Ele estava muito perto, mas infinitamente distante. Ela viu a rigidez em sua mandíbula e a determinação em seus olhos, a mesma determinação que ele usava para fechar negócios de milhões. —Alexander Sterling, você aceita Catalina González como sua legítima esposa? — O juiz perguntou, Catalina estaria muito encrencada se a mãe dela soubesse daquilo. —Aceito. — Alex não hesitou, a voz clara e firme. O celebrante se virou para ela. —Catalina González, você aceita Alexander Sterling como seu legítimo marido? — Catalina olhou para o anel de diamante em seu dedo, para os olhos de falcão de Arthur e, finalmente, para Alex. Ela pensou nos seus pais no México, no seu sonho de viver em Nova York e no contrato que a prendia, agora ela estava enrolada até o pescoço. —Sim. —ela respondeu, em um sussurro que era mais um voto de obediência ao destino do que ao amor.O celebrante declarou: "Pelo poder investido em mim, eu os declaro marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva."
Alex se inclinou. Desta vez, o beijo não foi apressado nem furioso como o anterior. Foi lento, intencional e público. Foi o beijo de um homem que estava selando um acordo e reivindicando o que ele havia comprado.
Enquanto a multidão aplaudia, e Alex a mantinha presa em um abraço de fachada, Catalina fechou os olhos. A farsa havia acabado. O casamento legalmente vinculativo havia começado. E ela não fazia ideia de como sobreviveria aos próximos meses como a Sra. Sterling.
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Atualizado até capítulo 42
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