⃕⃟᎒⃟̀015 •

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─ Mikael?!... Mika!! ─ Exclamava o garoto de cabelos loiros que ainda estava a procura do mesmo, até ver Anna se aproximando. 

─ Paulo! Conseguiu achar ele?

─ Não. Porquê diabos a Carol fez aquilo?

─ Ah! Ela é uma chata isso sim, e você sabe muito bem o que ela quer de você né Paulo...

─ Sei, mas ela não vai ter nem nos sonhos dela.

─ M-mas ela sabe sobre o Mika e como você fica perto dele. ─ Paulo franziu o cenho claramente irritado pela notícia.

─ Anna, o que foi que você fez?

─ Nada! eu juro... ela só ouviu a minha conversa com você pelo celular não foi culpa minha eu juro!

─ Isso não importa agora, eu quero achar logo o Mikael. Eu não entendi o porquê dele ter ficado daquele jeito. Ele mesmo pareceu não querer nada daquilo no início.

─ Nem eu entendi porquê ele parecia chateado.

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Já longe dos olhares de Anna e Paulo, Mikael se encontrava ao canto de um cômodo, escondido dos demais para não ter que ouvir brincadeiras idiotas ou fofoquinhas desnecessárias.

─ Aquele idiota! Eu fui um besta, nossa como eu pude pensar que ele iria mesmo me beijar? ─ Murmurava em sussurros para si mesmo enquanto abraçava os joelhos. ─ Mas que merda, porquê estou me preocupando com isso? eu nem... quero dizer... poxa, se ele não queria era só não ter feito nada... sei lá.

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─ Você realmente se preocupa com ele não é?

Paulo olha para o rosto de Anna sem saber o que responder ao certo, simplesmente não sabia e já estava a um fio de surtar internamente com tudo o que estava acontecendo.

─ Eu o amo, e pra mim não importa se Mikael  sente o mesmo, só quero ele bem e ao meu lado, mesmo que eternamente só "amigos". Isso já basta.

A respondeu vendo a mesma desviar o olhar meio corada e cabisbaixo, Paulo até pensou em a questionar o porquê daquilo tudo se ela mesmo já sabia sobre os sentimentos dele com Mikael, porém foram interrompidos por um garoto magro e de cabelos castanhos.

─ Paulo! Achei o Mika...

─ Daniel? Cadê a Carol? "Ela deve estar aprontando alguma coisa." ─ Questionou Anna, porém, para Paulo aquela não era sua prioridade.

─ Onde viu ele? ─ Questionou já tendo a atenção sobre o garoto.

─ No quarto de hóspedes, ele estava aos prantos. Tadinho, até que vê-lo chorar é fofo, seu rostinho de anjo fica tão...

─ Ele está chorando?

─ DANIEL! JÁ CHEGA... CALA ESSA SUA BOCA E DEIXA O PAULO QUIETO! VOCÊ NÃO TEM ESTE DIREITO...

─ Ai Anna fica quietinha vai, você está é com inveja porquê o doce Mikael roubou o coração do Paulo e não você!

─ (...) ─ Paulo depois de ouvir aquilo, somente ficou em silêncio observando por hora.

─ Como? do que está falando seu idiota? Paulo, não acredite nele... ele, esse idiota só fala merda.

─ Onde ele está, Daniel?

─Já disse... no quartos de hóspedes.

Daniel sorriu ladino despois que o respondeu, mas Paulo nem ligou pra isso no momento e foi direto ao encontro de Mikael.

─ Bom vou indo lá.

─ Paulo eu vou com voc-... ─ Anna iria sugerir ir junto, mas uma adulta a interrompeu.

─ Ei! Anna, sua mãe te procura...

─ Logo agora?! Argh!

"Espero que a Carol não faça nada além do que combinamos..." pensava o menino que a pouco teria avisado onde estaria Mikael, enquanto observava Paulo e Anna seguirem caminhos diferentes.

Logo Paulo seguiu atrás dele, subiu as escadas e se deparou com o quarto aberto e escuro, não ouvia nada no local. Adentrou no quarto para conferir e ter serteza de que ele não estaria ali e assim que entrou a porta se fechou seguido de um barulho, era alguém trancando-a. Paulo deu alguns passos para trás tentando se desviar quando escorregou e caiu ao chão.

Sem entender nada tentou procurar algo para se apoiar e se levantar. Ouviu leves risadas, não era as de Mikael, eram maliciosas e com tom feminino, sentiu alguém tocar em seu corpo, no mesmo instante tentou se esquivar para trás onde já não havia mais pra onde ir se não uma parede fria.

Uma mão passava por debaixo de sua blusa e sem hesitar, Paulo logo as tirou de cima dele e se levanto.

─ Por que está fazendo isso?

─ Ora bobinho, mas que pergunta tola...

De imediato Paulo reconhece a voz irônica, de repente a luz se ascende e ele pôde ver o corpo nu de uma mulher, seus olhos embaçavam por causa da claridade mas logo pôde realmente reconhecer o rosto, era a Carol ela estampava um sorriso malicioso em seu rosto o qual podia claramente expor seus desejos.

─ Finalmente consegui ficar sozinha com você, lindinho. ─ Completou.

─ Do que diabos está falando?! Ficou louca?

─ Não se faça de bobo Paulo, você sabe quais são as minhas intenções com você, e seu belo corpo.

Ela se aproxima-va lentamente de Paulo enquanto pronunciava suas palavras.

─ E você sabe quais são as minhas, eu não quero nada com você. ─ A respondeu de imediato mantendo sua expressão séria.

─ Awn! Como o de costume, sendo grosseiro, o que fica guardado ai também é? ─ Questionou apontando com o indicador para a calça de Paulo.

─ Carol, pare com isso...

─ Por quê?! Vai me dizer que você não gosta disso? ─ Ela se aproximou de Paulo começando a passar a mão pelo seu corpo fazendo gestos os quais faziam o loiro desviar o seu olhar.

─ Não! Eu não gosto...

─ Sei... Mas, e se fosse com o Mikael? aquele corpinho delicado... e tão fofo... você passando a mão pelo corpo dele, desfrutando cada pedacinho de gente que ele possuí...

─ Carol! para por favor... ─ A interrompeu de imediato sentindo as bochechas queimarem.

─ Olha que fofo! achei uma maneira de te deixar louquinho imagine só... apenas comentando sobre ele você já fica assim todo bobinho e coradinho, imagine quando o tiver por completo dentre quatro paredes, nossa que delícia, tenho até inveja dele...

─ Carol! Já disse... para...  eu não quero...

Agora, tão perto quanto antes de Paulo, com suas provocações e o seu corpo por mais que rejeitasse mentalmente, ele não o obedecia, aliás seu corpo já estava no  limite e qualquer coisa que o levasse a pensar e imaginar sobre Mikael,  deixava-o em um estado "desagradável".

Assim que ela conseguiu encostar seu corpo completamente ao dele o colocando contra a parede novamente, ela começou a passar sua sua mão sobre o corpo do mesmo.

─ Sabe, eu achei que estava brincando... mas você realmente fica muito agitado quando se trata dele não é? o seu corpo queima gritando por ele... eu sei, sua respiração... Ah! que bela e excitante... Hmm!

A garota beija o pescoço dele o provocando, ele por sua vez não conseguia se mover, afinal, as imagens de Mikael vinham em sua cabeça e ele não conseguia se controlar deixando alguns suspiros e arfares escapar.

─ Isso! Porquê se segurar tanto assim? ele não vai lhe agradar como eu. Mas se quizer imagine ele... o imagine lhe tocando com aquela doce boca a qual o seu corpo deseja tanto... ─ Ela dizia tentando colocar suas mãos dentro da calça de Paulo, mas ele no mesmo instante abriu os olhos a segurando E a afastando.

─ JÁ CHEGA! Para já com isso Carol, eu...

Por mais que ele estivesse fora do controle, Paulo não a desejava e também não aceitava ela falar daquele jeito, realmente seu corpo o deseja sempre... mas não podia deixar se levar a aquele ponto.

Então a empurrou para cama onde ela caiu  abrindo suas pernas e começa a rir.

Paulo segue em direção a porta mas a mesma estva trancada.

─ Cadê a chave Carol? anda logo...

─ hahaha! Você acha que ia ser fácil assim se livrar de mim, Paulo?

─ Sua vadia, pare com essa brincadeira ridícula e me dê a chave.

─ Você sabe que ele não te ama, não sabe? Ele não sente nada por você e o que você faz? fica ai sofrendo por alguém que nunca irá retribuir esse amor, ai que peninha... quem sabe eu me divirta com ele, aquele corpo delicado com certeza deve ser um arraso na cama, imagina ele dentro de mim... Ahh!

Paulo se vira e vai em direção a ela onde lhe dá um tapa  que se ouve o estalo com nitidez  e já pôde se ver as marcas em seu rosto.

─ Como ousa...?! "Aquele olhar medonho dele... de novo..." ─ Exclamou, mas logo se interrompe pensando enquanto o viu apontando-lhe o dedo falando seriamente a ela.

─ Nunca mais ouse falar assim dele ou ao menos tentar tocar nele ouviu? Você não tem um pingo se quer de caráter para se manter valorizada e isso me dá nojo! pessoas como você nunca deveriam se quer ter nascido.

Enquanto dirigia palavras duras a garota, podia ver escorrer lágrimas pelo rosto da mesma.

─ Isso dói... ─ Murmurou devido ao tapa ganho na face.

─ Dói, não dói?! Vai doer mais ainda se não me der a porra da chave.

─ T-toma... ─ Disse por fim retirando a chave de debaixo do colchão e assim tacando para o mesmo que logo abriu a porta.

─ Ah e tem mais uma coisa Carol... ─ Comentou antes que saísse do quarto, prosseguindo. ─ Se tentar mais uma de suas gracinhas para me tocar novamente, eu acabo com a tua raça e te faço nunca mais querer um homem na vida, ta bom? "Lindinha"...

A garota nada disse, e assim, Paulo foi atrás do Mikael novamente. Depois de algum tempo desistiu de procurar na casa de Anna e conseguiu achá-lo em uma praça ali perto onde sabia que o garoto gostava de ir quando visitavam a amiga. Ele realmente parecia estar chateado então Paulo o leva para casa onde seguiram caminho sem conversar um com o outro. O clima estava tenso ele simplesmente não sabia o que falar.

Chegando em casa, Mikael vai direto ao banheiro, e Paulo fica do lado de fora sentado e encostado na porta, podendo ouvir o choro do garoto.

─ "Ele não muda mesmo, bom chegou a hora..."

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