[•••]
Assim que chegado na casa de Paulo e já com o carro guardado na garagem, o garoto de cabelos loiros observava por um curto período seu amigo Mikael adormecido no banco do passageiro.
Cena singela mas que havia conseguido arrancar dos lábios de Paulo um sorriso bobo. Assim que desceu do carro seguiu até a porta do passageiro abrindo e pegando Mikael ao colo, fechou a porta a empurrando com o pé e então seguiu para dentro da casa.
─ Senhor Lion... ─ Cumprimentou Allfred ao ver o jovem adentrar pelas portas com o garoto em seu colo. ─ Deseja que eu o carregue para o senhor?
─ Não é necessário, obrigado, Allfred.
O respondeu passando pelo mesmo e subindo as escadas rumo ao quarto de Mikael onde o deixou em sua cama, cobriu-o e tão logo se retirou do quarto fechando com cautela a porta.
─ Senhor Lion, como foi seu passeio?
─ Allfred! Não chegue assim do nada. ─ Paulo o repreendeu tendo em vista o leve susto que teve ao fechar a porta, se virar e dar de cara com ele. ─ O passeio foi bom, não tive nenhum problema se é o que deseja realmente saber.
─ Fico feliz que o senhor esteja feliz ao lado dele. Desde o acidente o senhor pareceu tão triste que pensei ser impossível vê-lo sorrir novamente.
─ Allfred... ─ O repreendeu enquanto o olhava sério.
─ Mil perdões senhor Lion, não quis ser tão intrometido em sua vida. ─ Allfred se desculpou por ter falado de mais sobre algo que Paulo já havia dito para não ser comentado. Mas de fato não podia deixar de reparar o quão diferente o loiro ficava perto de Mikael.
─ Está tudo bem, vou tomar um banho e me deitar. Caso precisem de mim é só chamar.
─ Sim, senhor.
[•••] Algumas semanas depois...
Era manhã de sábado, e Mikael já estava de pé. Muito animado por sinal, se encontrava no quarto de Paulo o chamando em alto e bom som.
─ BOM DIA!!! PAULO!!! PAULO!!! PAULO!!
─ Hmm! já está acordado? diga... ─ murmurou enquanto abria os olhos e sorria para Mikael.
─ Nada não, só quis te acordar mesmo. ─ O respondeu de modo travêsso dando leves risadas.
─ Ah! Seu... você é um menino malvado.
─ Sou?
─ Sim é... ─ Afirmou franzindo as sobrancelhas pegando-o pela cintura e o tacando na cama assim começando a fazer cócegas em Mikael que gargalhava e pedia para que o loiro parasse com aquilo.
─ Hahahaha! Para! isso... isso já e maldade... Paulo!
─ Maldade? vou te mostrar a maldade já já Hunf! ─ Depois que Paulo deu por si já estava em cima de Mikael entre as pernas dele enquanto o segurava pelos pulsos acima da cabeça o olhando nos olhos tão próximos que podiam sentir a respiração um do outro.
"Eu havia me esquecido que essa peste dorme so com a roupa de baixo..." Pensava Mikael já corado, mas logo Paulo sai de cima dele e se senta na cama questionando:
─ Então por que acordou cedo?
─ Estou sem sono, me desculpa por isso.
─ Tudo bem.
─ B-bom, vou descer e te esperar lá em baixo ok?
─ Tudo bem, já já eu desço.
[•••]
Já com a ausência de Mikael em seu quarto, Paulo se encontrava em conflito consigo mesmo, já que seu corpo não coperava tanto ao pensar em Mikael.
─ A-ah! meu corpo... eu tenho que me controlar mais, se não... eu... argh! logo hoje fui resolver ficar deste jeito... ─ Sussurrava para si mesmo enquanto que corado massageava a rigidez que se formou por debaixo do tecido. ─ Mas ele, ele também não cooperou muito comigo né...
Não aguentando mais, Paulo finalmente colocou-o para fora e se tocou ali enquanto que com o braço livre abraçava o travesseiro que ainda tinha vestígios do perfume de Mikael se entregando ao que sentia no momento.
[•••]
Depois que se lavou, Paulo voltou ao quarto com a toalha envolto da cintura e seguiu até o guarda roupas procurando algo até ouvir batidas na porta e Mikael o chamar.
─ Paulo?
─ Sim? ─ O respondeu pegando uma cueca e a colocando as pressas e logo procurando uma calça.
─ Está tudo bem ai, Posso entrar?
─ Pode sim. ─ Afirmou enquanto terminava de colocar o jeans vendo a porta se abrir e Mikael adentrar assim pegou uma blusa qualquer na frente e a vestiu.
─ Ainda está se vestindo? Que demora...
─ É que... eu estava tomando banho e acabei enrolando.
─ Isso explica as bochechas coradinhas. Espero que esteja tomando os remédios como orientou o médico, senhor teimoso. Não quero você com febre de novo. ─ Comentou levemente emburrado chegando perto dele a ponto de ficar sobre as pontas dos pés para medir a temperatura dele.
─ Eu tomei sim, só... que... por favor não...
─ O que foi, não posso chegar mais perto de você?
─ Pode! Mas é que... "Ah droga o que eu falo agora? "
─ É que...?
─ "Merda! merda! merda! eu tô lascado agora, o que eu falo?" V-vamos descer? ─ Questionou pegando a blusa junto da carteira e as chaves seguindo andando.
─ Por que está me evitando?
─ Não! eu juro que não estou... só... não é confiável eu ficar sozinho com você aqui. ─ Murmurou quase que inaudível.
─ O que disse?
─ Nada! ─ sorri ─ Vamos? "Na verdade não é nada confiável eu ficar sozinho com ele hoje..." Que tal irmos na casa da Anna hoje?
─ Sim vamos!!!
Paulo suspirou aliviado seguindo pra fora junto de Mikael. O mesmo pensava que talvez na casa de Anna não teria tanta chance de fazer algo por impulso com ele.
[•••] momentos mais tarde...
Assim que chegaram na casa de Anna, a mesma os recebeu bem, mas seus familiares estavam lá ou seja; isso daria bagunça. Paulo não gostou muito da ideia de ter ido pra lá mesmo que a ideia tivesse partido dele, mas também não queria voltar pra casa onde ficaria praticamente a sós com Mikael.
Não havia se passado muito tempo desde a chegada dos dois ali e não demorou muito pra surgir brincadeiras. Brincaram até tarde, e quando chegou a noite as primas de Anna resolveram se juntar para chamar o pessoal pra ir a casa na árvore para jogar "verdade ou desafio".
─ Ei gente bora pra casa na árvore?
─ Pra quê, Carol? ─ Questionou Anna enquanto cruzava os braços e não gostando nem um pouco da idéia dada por ela.
─ Pra quê?! que pergunta boba Anna, você não tá querendo brincar aqui perto dos nossos pais, quer?
─ Carol, Carol...
─ Que foi? Eu em... não vai ser nada de mais, bora gente vamos subir... ─ Comentando e assim ignorando completamente Anna. Carol e os demais seguiram andando atrás dela.
─ Vamos Paulo? ─ Questionou Mikael.
─ Não sei se é uma boa ideia Mikael. Acho que vou ficar por aqui, fazendo companhia pra Anna.
─ Ah! Paulo, vamos prometo que não vai se arrepender. ─ Ouvindo a conversa de Mikael com Paulo, Carol se intrometeu tentando fazer com que ele mudasse de ideia.
─ Carol! Para de graça. ─ Esbravejou Anna.
─ Ai Anna calma não vou morder o garoto não. Só se ele deixar... ─ A garota comentou assim piscando, nada discreto, para Paulo. O mesmo revirou os olhos e os desviou da garota. ─ Mikael, você vem né?
─ Eu vou! vem Paulo, por favor!
─ Argh! Tá bom, vamos... "Só porquê o Mikael pediu, senão nem iria passar perto da casa na árvore."
Anna somente os seguiu por não querer ficar sozinha, e também para ficar de olho na prima idiota que tinha.
[•••]
A brincadeira seguiu até tarde, todos já tinham tido sua vez sempre cumprindo desafios razoáveis. Tudo ia bem até Carol resolver fazer idiotices.
─ Anna olha só, vou animar essa brincadeira... ─ A mesma cochichou para Anna em provocação.
─ Carol para de gracinha! ─ A repreendeu ainda em cochicho.
─ Tá! já é a minha vez, vou girar a garrafa. ─ A garota sorriu de lado fingindo não ter ouvido Anna e assim fez, segurou a garrafa e a fez girar.
─ "Isso não vai dar certo..." ─ Anna pensou consigo mesma revirando os olhos e se lamentando por fazer parte de uma família com uma prima tão sem noção.
A garrafa girou duas vezes até parar no Paulo.
─ Olha só, Paulinho... ─ um silêncio da parte do loiro que observava aquilo com certa hesitação ─ Verdade ou desafio, queridinho?
─ Verdade.
─ Ah! Paulo deixa de ser sem graça você escolheu verdade em todas as rodadas.
─ É Paulo!! DESAFIO... DESAFIO... DESAFIO... ─ Os meninos começaram a fazer algazarra enquanto ele se mantinha em silêncio e pensativo.
─ E ai Paulo, vai aceitar ou não?
─ (...) "Aceitando ou não, vindo dela vai ter treta de qualuer jeito." A-aceito...
─ Hm! Bom, vamos ver.
─ Ai!! anda logo Carol, para de enrolar. ─ Apressou um dos garotos ali presentes, que junto de Carol tramavam algo.
─ Ah! calma tá na minha vez, eu escolho... espera ai. Bom... Paulo, você... você vai ter que beijar... hm...
─ "Lá vem merda." ─ Paulo já se lamentava em ter concordado com tudo aquilo e pior, não esperava menos.
─ Carol para com isso! ─ Exclamou Anna já irritada com as atitudes da garota que parecia não ter nenhum limite.
─ Anna! fica quieta ai, Okay? Paulo eu te desafio a beijar o Mikael, não vale selinho em...
─ Quê?! ─ Levemente corado o rapaz tentava a todo custo ter uma expressão neutra na face.
─ Ãnn- porquê eu? ─ Mikael murmurou corado, não conseguindo olhar pra Paulo.
─ CAROL! JÁ CHEGA!... "Ah agora o Paulo me mata de vez, sério, a Carol me paga..."
─ Ue! o que qui tem Paulo, vocês dois não são super amigos? Um beijo não vai matar ninguém. E Anna fica quieta ai!
─ "Eu não vou fazer isso, eu não conseguiria ficar só no beijo e-eu não sei se ele quer algo do tipo, ainda mais comigo..." (...)
─ E ai Paulo vai ou não vai? as consequências serão piores.
─ "Sério isso? porquê eu? o Paulo nem gosta de meninos..." ─ Pensou Mikae enquanto via a discussão rolar e alguns até pressionando a decisão de Paulo até o mesmo os interromper.
─ E qual seria a consequência?
─ Se você não o beijar, terá que bater nele.
─ Ei! Isso é maldade eu não quero apanhar! ─ Exclamou Mikael ao ouvir qual seria a consequência do não cumprimento do desafio. ─ Affe! Por que diabos não pode ser outra pessoa? Justo ele...
─ "Eu não sei se fico muito feliz ou muito triste com esta resposta... só observo..."
─ Beija logo ele Paulo.
─ Depois eu cuido de você tá Carol... ─ Sussurrou Anna para a prima que pareceu pouco se importar.
─ Tá! mas beija logo!
Paulo se levantou e foi na direção em que Mikael se encontrava, logo se abaixou a sua frente colocando o seu cabelo atrás das orelhas e olhando fixamente em seus olhos sussurrou:
─ Me desculpa ta bom?
─ "Ele vai mesmo fazer isso?"
Chegando perto de seus lábios, ele segurou seu queixo se aproximando cada vez mais virando seu rosto, onde ele beija suavemente suas bochechas rosadas.
Todos ficaram indignados com a atitude de Paulo quanto ao beijo e começaram a murmurar.
─ Eu falei que não valia selinho!
─ Ta ai a questão, você disse que não valia o selinho mas não especificou o beijo...
─ "Uffa! pelo menos eu acho que o Paulo não vai me matar..." Errado não está... ─ Disse Anna em tom baixo segurando a risada ao ver a cara de todos ali. Mas se viu preocupada quando olhou para Mikael.
─ Ahhhh! não isso não é justo eu queria ver os dois se beijando!
─ Perdeu Carol, não foi dessa vez..
─ Cala a boca Anna, culpa sua.
[•••]
─ Ei! Onde o Mikael está indo?
─ Mikael?! Eu vou atrás dele, e vocês duas fiquem quietas aqui. ─ Informou Paulo se levantando e indo atrás dele.
─ Ala! Esta vendo Anna, culpa sua ele ter feito isso.
[•••]
─ Mikael!... "Onde ele foi? Droga! Eu realmente não deveria ter me metido nisso." Mikael?!! Argh!!
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Atualizado até capítulo 36
Comments
Eunice Alves Moreira Fernandes
pqp esse mikael é chato demais. cheio de frescura afff
2024-01-11
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