Flávia - É estranho voltar para cá, depois de tanto tempo, você não acha?
Lívia - eu vim ha 4 anos, você que depois que foi embora não voltou mais.
Flavia- estou ansiosa pra saber como está as coisas por aqui. Será que mudou muito?
Lívia - é claro, já fazem 8 anos. Tem que mudar.
Na verdade não mudou muito não. Da última vez que eu vim, tinha muita coisa igual, inclusive a nossa casa, quer dizer a casa do Carlo.
Ana Lúcia- estamos chegando, finalmente. não aguento mais essa viagem.
Estamos à 17 horas viajando da Escócia para cá.
O porquê estamos de volta, bem. Senta que lá vem história. Desde que fomos embora minha mãe namorou uma vez, mais não deu certo o homem era "certinho' demais.
Eu nunca namorei ninguém, não me sentia confiante para namorar, digamos que todos os homens da Escócia gostam das mulheres mais magras e altas, sim, minha irmã era do agrado deles.
E eu me dedicava demais ao meu trabalho e faculdade, tive alguns pegas com um ali, outro ali, mais não passou disso, graças a Deus, os escoceses são bem obcecados.
Minha irmã é a prova viva disso, ela também é o motivo de voltarmos para Bristol. Ela estava num relacionamento bem maluco com Peter, um escocês galego, ele era muito obsessivo com ela. Não permitia ela fazer as fotos com modelos homens e nem queria que o fotógrafo fosse homem, e isso era o de menos que ele aprontava.
Desde que ela começou esse namoro ela passava menos tempo em casa, dormia fora por noites, e a vida seguia normal para mim e minha mãe. Na manhã do dia 5 de agosto recebemos uma ligação da assessora de Flávia.
Na ligação ela disse que Flávia não aparecia para fazer os trabalhos tinham dois dias. Aquilo foi um alerta para mim e minha mãe, fomos a casa de Peter e recebemos a informação que não viam minha irmã lá já fazia dias. Conseguimos contato com Peter, ela alegou ter brigado com ela, e não sabia onde ela estava.
No mesmo dia eu achei o endereço da mãe de Peter e fui até lá com um amigo de trabalho. E adivinha, a velha tava ajudando o filho a manter minha irmã em cárcere privado.
Ameaçamos a senhora de colocar ela e o filho dela, na cadeia.
Ela passou mal, foi quando entramos na casa e achamos minha irmã num quarto trancada ela não tava amarrada só presa. não tinha sinais de tortura nem nada. Só estava presa.
Tiramos ela de lá, e fugimos para casa, como Peter é filho de um político local, ficamos com medo do que poderia acontecer.
E resolvemos voltar para Bristol. Na verdade eu não ficarei em Bristol, somente minha mãe e Flávia ficarão aqui. Eu estou de férias para ajudar elas no processo de mudança. E acredite também queria ver como está as coisas por aqui.
E finalmente chegamos. Vendemos a casa dos meus avós e com a grana, minha mãe comprou um apartamento no centro, é um apartamento simples, maior o suficiente para caber nós três.
Resolvemos descansar antes de arrumar as coisas, dormindo muito. E quando acordamos já era noite. Tentamos organizar o que fosse possível, e saímos para jantar.
Apos o jantar demos uma volta para ver o que tinha de novidade na cidade, minha mãe e Flávia estavam admirando cada local, como se fossem turistas.
Eu estava no telefone tentando falar com Júlia, minha mãe e Flávia se afastaram um pouco, estávamos no parque central, eu me sentei em um dos bancos, fazendo a ligação para Júlia que não atendia. Quando percebi que minha mãe e Flávia não estavam mais a minha vista.
Iniciei uma busca por elas, e nada encontrava, era uma noite quente, o parque estava cheio de pessoas buscando ar fresco.
Eu estava em cima de um dos bancos tentando ver a minha irmã, por ela ser muito alta se destacaria. Mais nada achei, comecei a ligar para minha irmã, estava no celular distraída quando esbarro em alguém.
Eu- aí, meu Deus... Me desculpe....- que droga, Danniel.
Danniel- desculpa Lívia, você tem que ser mais atenta, ainda vive caindo?
Eu - eu não cai você que esbarrou em mim.
Danniel- o que faz em Bristol? Veio a passeio?
Eu- é uma entrevista de emprego por acaso?
Danniel- jamais deixaria te contratarem na minha empresa, você é muito desastrada.
Eu - eu que não aceitaria um emprego seu, você é um idiota.
E parece que estou gritando com ele, o que chamou a atenção das pessoas ao redor. E inclusive minha mãe e minha irmã que estavam desaparecidas aparecem nessa hora.
Ana Lúcia - Danniel... Meu Deus como você está lindo.
Ela se aproximou dele abraçando, claro que ela fica minúscula perto dele.
Flávia - não acredito nisso... - ela tá chocada ou emocional, não entendi- Você está incrível.
Flávia ao contrário de minha mãe não ficou tão pequena perto dele, eles também se abraçam e eu abaixo a cabeça, o abraço foi demorado e cheio de saudades.
Danniel- caramba quanto tempo que eu não vejo vocês. Tia a senhora está incrível. Flávia você continua linda. E Lívia acho que você engordou um pouco desde a última vez né.
O comentário dele me atingiu como um balde de água fria, eu estava numa fase de auto estima, tava treinando e me cuidando. Mais parece que o corpo invejável será sempre o da minha irmã. Fingir não me importar e sair caminhando fingindo mexer no celular.
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Atualizado até capítulo 45
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