Lívia Bernadini
Lívia _ 💭desde que saí de Bristol, só retornei para a formatura de Júlia, ela se formou em artes e hoje é uma das melhores professoras da universidade estadual. Então já fazem 4 anos que não retorno a este lugar, a última vez que vim aqui não tive uma boa experiência, fiquei na casa de Júlia, pois não consigo olhar para meu pai ainda. Não consigo superar o que houve naquela época.💭
(8 anos atrás)
Lívia _ estava eu e Júlia na minha casa era por volta das 14:00 da tarde de sábado, minha mãe e minha irmã haviam saído para uma feira de moda no centro da cidade. Meu pai bom meu pai era para está na empresa. A família de Júlia também havia saído, os pais dela e os irmãos foram há um jogo de futebol, Júlia era vizinha de lado da minha casa, vivíamos juntas, e estávamos planejando qual a melhor faculdade cursar. Fomos aceites em várias e estávamos escolhendo a melhor, estávamos com dificuldade em decidir qual seria melhor pras duas, quando Júlia recebeu um telefonema de seu irmão mais velho Danniel. Na ligação ele pedia a Júlia para ir olhar se a mãe deles havia chegado bem em casa, pois a mesma não tinha se sentido bem e voltou para casa. Juntas decidimos ir até à casa dela, ao sair de casa estranhei o carro do meu pai está do outro lado da rua, mais imaginei que ele estaria no quarto e não o vi chegar. Entramos na casa de Júlia e ouvimos o que sabíamos ser a mãe dela gritando e gemendo, corremos até lá, pois pensamo que ela estava muito mal. Quando entramos no quarto dos pais de Júlia, a cena que me atormenta dia e noite estava lá, estampada ao vivo e a cores. Meu pai e a mãe de Júlia na cama pelados, um pesadelo para mim e para Júlia, ela gritava amarrada com os braços para trás, enquanto meu pai estava atrás dela puxando e batendo nela. Eu fiquei paralisada com a cena, voltei a ter reação quando escuto o grito de Júlia ao meu lado.
Júlia não gritou para eles pararem nem ao menos para chamar a atenção deles, foi um grito de desespero, ela gritou tão alto que penso que o vizinho da frente ouviu, pois, só assim faz sentido ele ter vindo tão rápido para dentro da casa ver o que estava acontecendo. Meu pai olhou para gente puxando o lençol da cama para se esconder enquanto a mãe de Júlia gritava mandando nós sairmos do quarto. Eu não consegui me mexer nem ao menos gritar como a Júlia. não sei em que momento mais o vizinho me puxou para fora do quarto. Não via a Júlia em lugar algum da casa, desci e procurei ela por toda parte, não achava ela, voltei a sala e só estava o vizinho.
Ficamos os dois um olhando para o outro, e parecia que ele tava mais desesperado que eu naquele momento. Quando olho para cima meu pai desce as escadas e me chama para acompanhá-lo, a Soraia mãe de Júlia estava no quarto ainda, não tinha coragem para descer. Assim como antes eu não mexi um dedo, estava imóvel. O vizinho saiu da casa e foi embora e meu pai me aguarda a acompanha-lo.
Quando tive reação eu andei para fora da casa, saí e fui em sentido contrário a minha casa, eu escutava meu pai falar comigo me ordenando a voltar e eu não lhe dava ouvidos continuei a andar sentido a lugar nenhum.
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Atualizado até capítulo 45
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