Giovanna Bianchi: — Não desista, lice. Nós iremos dar um jeito. Você merece mais do que ter que se preocupar com dinheiro. Você merece a universidade que você quiser.
O apoio de Giovanna era a âncora de Alice, mas, naquele momento, as palavras soaram ocas. O futuro parecia uma porta trancada, e Alice sabia que precisaria de mais do que a boa vontade da amiga para abri-la.
Giovanna, percebendo o humor pesado, decidiu mudar o foco para algo mais leve e familiar.
Giovanna Bianchi: — Aliás, mudando de assunto sério... Sábado! Você não vai me dar o bolo, não é? O jantar na minha casa.
Alice Ferrari: — Jantar? Ah! Gi, não sei... Sabe como é, a mamma está cansada. E eu ainda tenho que ver essas bolsas…
Giovanna Bianchi: — Nada disso! A Teresa Bianchi (minha mãe) fez você prometer. E, olha, a tia Manuela já confirmou a presença. E o Bernardo também vai! Minha mãe precisa de você lá.
Alice Ferrari: — Precisa? O que está acontecendo? O jantar é por algum motivo especial?
Giovanna sorriu, um sorriso estranhamente feliz, mas com um toque de alívio.
Giovanna Bianchi: — É uma comemoração. Minha mãe finalizou o divórcio com o papá.
Alice Ferrari: — O quê?! Mas... como assim? Seu pai é o Carlos Bianchi, dono daquela marca de carros, certo? Pensei que vocês fossem…
Giovanna Bianchi: — Fôssemos o que? O casal-modelo de Roma? Não. Eles se separaram amigavelmente. Sem drama, sem brigas. Vão continuar sócios nos negócios,
Mas não são mais marido e mulher. Meu pai vai continuar rico e minha mãe está comemorando a liberdade. Ela disse que precisa dos "seus amores" por perto. E você e sua mãe são da família.
Alice piscou, surpresa com a naturalidade com que Giovanna falava de um divórcio milionário. Era mais uma evidência do abismo entre as realidades delas: enquanto Manuela lutava por um auxílio de viúva, Teresa celebrava uma separação de forma festiva e cordial.
Alice Ferrari: — Uau. Bem, se a mamma confirmou, acredito que não tenho muita escolha, não é?
Giovanna Bianchi: — Perfeito! Você não pode faltar. Minha mãe está preparando tudo. Só espero que a Valentina não estrague a noite com algum discurso corporativo insuportável.
Ao ouvir o nome de Valentina, Alice sentiu um arrepio. A empresária estaria no jantar? Seria ela capaz de usar a própria casa da família para alguma nova investida?
Alice Ferrari: — A Valentina vai estar lá?
Giovanna Bianchi: — Claro, ela é filha também. Por quê? Não me diga que isso vai te fazer desistir!
Alice Ferrari: — Não. — Alice engoliu em seco. A ideia de passar a noite na mansão Bianchi sob o olhar da empresária era desagradável, mas o olhar determinado da mãe em confirmar a presença dizia algo. — Eu vou. Mas só porque a sua mãe me chamou.
Giovanna a abraçou com força, feliz.
Giovanna Bianchi: — lo sapevo! (Eu sabia!). Sábado à noite, então. Vista algo lindo.
Alice forçou um sorriso, mas a preocupação não era mais sobre o vestido. Ela havia acabado de concordar em entrar, voluntariamente, no covil da mulher que parecia cada vez mais determinada a controlá-la.
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Atualizado até capítulo 43
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