Dominic

Dominic

Capítulo 1 - Quero o seu sangue

A obra a seguir não é recomendada para menores de 18 anos, contém violências, drogas lícitas e ilícitas, descrição de atos sexuais e linguagem inadequada (palavrões), etc. Caso tenha gatilho com algum item, não leia.

Para uma imersão completa, leia esse capítulo ouvindo a música "I Hate Everything About You" da banda Three Days Grace.

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A adrenalina do embate grita em minhas veias, não sinto nenhuma dor ou medo. A minha recompensa será a queda do meu oponente na minha frente, e o meu triunfo. Estou lutando contra um feiticeiro muito poderoso e habilidoso, um velho conhecido meu, Rui Verrit. Ele me acerta com uma espada no meu braço, ele sorrir enquanto faz isso.

Sorrio de volta e falo:

— Não adianta arrancar meu braço, porque eu vou acabar com você. Passei anos da minha vida treinando e me preparando pra esse momento, eu quero seu sangue, Rui.

Ele me agarra e responde com firmeza:

— Estar aqui por vingança? Pensei que tinha sentido saudades de mim, Dominic.

Aproveito a proximidade, e acerto um feitiço que usa a luz para perfurar o corpo do meu oponente. Vejo sangue escorrer por sua boca, o empurro com um chute no estômago dele. A minha força é tão grande que ele é arremessado contra a parede, se ele fosse um feiticeiro normal, morreria ali devido ao impacto.

Porém, o filho da put4 levanta e conjura um feitiço que simula um raio amarelo, retiro a espada que estava cravada no meu braço e desvio na mesma velocidade do poder dele.

Vejo surpresa no seu olhar e ele exclama:

— A sua velocidade é surpreendente! Melhorou bastante!

Lanço uma série de feitiços proibidos de minha autoria, na direção de Verrit. Uso uma quantidade absurda de magia, mesmo assim não sinto nenhuma fraqueza. Rui conjura um círculo de defesa que acaba trincando e rachando em vários pedaços, até se quebrar. Lanço um ataque mais forte ainda, que o acerta, ele sangra bastante.

Aproveito sua distração e cravo a minha espada em seu abdômen, ele sorrir e fala:

— Você é mais forte que eu, de… de fato Heron estava certo. Obrigada, obrigada por dar um fim a minha existência, Dominic. Ser morto por você é algo que não sabia que queria, mas que me agradou saber que foi você. A mulher que mais amei e amo, não era mentira quando eu te disse que...que... eu te amaria até o fim dos tempos.

Movo a espada e o divido no meio, em seguida, retiro a espada e ele cai no chão morto. Uma tontura toma conta de mim. A adrenalina passou e usei muito poder mágico para matar esse desgraçado, tento ficar de pé com o auxílio da espada. Ouço Nix, minha loba, sim, sou um ser híbrido. Me transformo nela quando eu quero, ela diz:

— Dominic, você usou poder mágico demais. Vai perder a consciência em breve, por que estar sendo doloroso para você matar esse Rui?

— Calada, Nix. Não estar doendo, estou muito regozijada. Ai! Ai! O que dói são os meus ferimentos. Respondi com dificuldade.

— Então, por que aqui na sua mente chove tanto? Não gosto de me molhar, fora que sua mente estar muito triste. Rebateu Nix.

— A vingança é agridoce, Nix. Pode ser que ainda sentia algo além do ódio por ele, sei lá. Mas, cumpri a minha missão e serei a líder do clã Mízia.

A dor e a exaustão me derrubam, caio no chão e ouço gritos de uma voz conhecida:

— Dominic! Dominic!

Tudo escurece, me deixo levar e não ouço mais nada.

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Dez anos antes, desperto e Lyra Fourtner, minha prima que considero uma irmã me chama:

— Domi! Domi! Vamos descer logo, quero ir logo para a carruagem e embarcar para a Academia de Magia!

— Já vai, estava dormindo. Me dê dez minutos, ok? Respondi sonolenta.

— Tá bom, não demora.

Levanto com dificuldade, faço minhas higienes matinais. Visto uma camisa bege, o espartilho marrom e uma calça de montaria da mesma cor da peça anterior. Calço minha bota marrom, e chamo Lyra para me ajudar a amarrar essa porr4 de espartilho maldito. Ela entra e fala:

— Vai vestida assim? Por que não veste uma saia?

— Saias são desconfortáveis e nada usuais, principalmente quando precisa correr. Estou bem vestida, vou colocar meu blazer por cima e vai ficar perfeito. Respondi.

— Mas, estamos indo pro primeiro dia ainda. Desativa um pouco esse lado guerreira, os dias com a velha Hinami te deixaram paranoica. Disse Lyra.

— Não, sempre fui assim. Hinami apenas me ensinou como lutar, assim como fez com Nefeli. Falei.

— A tia Nefeli ia tá tão orgulhosa de você, né? Disse Lyra.

— Talvez, mas não ia demonstrar isso. Respondi saudosa.

Minha tia Helena entra no momento em que Lyra aperta e amarra o espartilho. Ela diz:

— Nossa, Dominic se arruma tão rápido. Vamos descer, comer algo e embarcarem. A viagem para Merl dura uns dois dias, ok?

— Sim, senhora. Respondi.

— Verdade, mãe. Vamos levar os broches? Indagou Lyra.

— Os seus broches sim, para indicar que são do Clã Mízia, para acessarem o dormitório da família na Academia. Coloquem nas roupas ok?

Pego o meu blazer, visto, abro a minha gaveta e coloco o meu broche de ouro cravejado com esmeraldas e rubi com o brasão da família. Helena diz:

— Isso mesmo, Domi. Estar impecável, Lyra vai colocar o seu.

— Obrigada, tia. Valeu, Lyra por me ajudar com o espartilho. Falei.

— De nada, Domi. Vou colocar, mãe. Depois volto aqui pra fazer seu penteado, viu. Falou Lyra.

A minha tia fala:

— Pode deixar que eu faço o penteado de Dominic.

Lyra responde:

— Tá bom.

Ela se retira e Helena diz:

— Quer tranças ou outro penteado?

— Trança, duas tranças de raíz. Falei.

A minha tia penteia meu longo cabelo, e começa a trança-lo. Helena diz:

— Domi, cuidado nessa nova etapa de sua vida. Sabe que o preconceito ainda é grande, me preocupo com você nessa academia.

— Eu sei, tia. Vou conseguir lidar com isso, já me acostumei com a hipocrisia dessas pessoas. Falei.

— Preciso te contar uma coisa, seu pai te enviou uma carta.

— O quê? Reagi.

— Segundo o mensageiro, Elrik quer que você visite-o.

— Por que isso agora?

— Sabe que sua transformação pode vir a qualquer momento, já tem quatorze anos. Ele quer que você aprenda mais sobre os Lycans, e uma visita seria apropriada para isso.

— Rei Elrik, né? Não quero isso, ele vai me impedir de sair do Reino dele. Quando acontecer a transformação, eu me viro. Confio na minha loba Nix e isso é o que importa.

— Teme que ele não deixe você voltar? Questionou Helena.

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