O Primeiro Enigma

O livro antigo nas mãos de Maria tremia ligeiramente, como se percebesse a tensão no ar. Entre as páginas amareladas, havia desenhos de símbolos estranhos e rituais esquecidos pelo tempo. Cada nome de desaparecido estava ligado a datas e locais específicos no vilarejo. Ela percebeu um padrão: todos os encontros das entidades sombrias aconteciam perto de construções antigas, como a igreja abandonada, o moinho e o cemitério no limite da vila. E, em uma página, algo chamou sua atenção — um símbolo incompleto, acompanhado de uma anotação:
Somente a coragem de quem conhece o medo pode selar a passagem.
Maria respirou fundo. Talvez ali estivesse a chave para enfraquecer os fantasmas ou até detê-los. Mas algo dentro dela a avisava que qualquer passo em falso poderia acelerar o ataque deles. Determinada, ela guardou o livro e fez um plano: precisaria explorar os locais marcados, uma pista de cada vez, tentando descobrir como selar o poder dos quatro fantasmas — três homens e uma mulher — que ainda a perseguiam.
Maria
Maria
Se eles não me encontrarem primeiro… talvez eu consiga virar o jogo. "Pensou , apertando o livro contra o peito."
O sol começava a se pôr sobre Pluckley, lançando sombras longas sobre o vilarejo. Maria sabia que a noite seria o verdadeiro teste, pois era quando os fantasmas se tornavam mais fortes e ousados.
Maria
Maria
Não posso mais fugir… agora, eu preciso enfrentá-los. " Disse pra si mesma".
O crepúsculo mergulhava Pluckley em tons alaranjados e cinzentos quando Maria chegou à igreja abandonada, o primeiro local marcado no livro. As portas de madeira estavam gastas, rangendo ao menor toque do vento. Um odor de mofo e cinza preenchia o ar, tornando a atmosfera ainda mais opressiva. Maria respirou fundo e entrou, segurando o livro como se fosse um escudo. O silêncio era absoluto — até que as vozes começaram a sussurrar, baixas, envolventes:
Fantasma 3
Fantasma 3
Você voltou… tão determinada, Maria.
Fantasma 1
Fantasma 1
Veio sozinha? Coragem admirável… ou insana.
A escuridão da igreja parecia se movimentar, e sombras começaram a se formar nas paredes, tomando contornos humanos. Os três homens e a mulher surgiram diante dela, flutuando alguns centímetros acima do chão. Maria sentiu o medo subir pelo corpo, mas lembrou das palavras do livro: “Somente a coragem de quem conhece o medo pode selar a passagem.” Aperte o livro contra o peito, ela murmurou para si mesma:
Maria
Maria
Não vou deixar vocês me vencerem.
O primeiro fantasma se aproximou lentamente, os olhos vermelhos brilhando como brasas:
Fantasma 1
Fantasma 1
Então vamos ver até onde sua coragem alcança…
Maria fechou os olhos por um instante, reunindo toda a determinação que podia. Quando abriu, uma luz fraca começou a emanar do livro, iluminando o interior da igreja. Os fantasmas recuaram, surpresos, e por um momento, o silêncio absoluto tomou conta do espaço. Ela sabia que aquilo era apenas o começo. Cada fantasma tinha sua fraqueza, e descobrir isso seria crucial para sobreviver. Mas agora, pela primeira vez, Maria sentiu que podia lutar.

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