Capítulo 5: O Jogo Começa

James e a equipe chegaram à casa da última vítima, examinando o local em busca de qualquer pista que pudesse esclarecer o motivo dos crimes. A moto estava ali, exatamente como o assassino havia indicado, uma provocação silenciosa. Nem uma impressão digital, nem uma marca visível; o assassino tinha uma precisão assustadora. Ele parecia entender o sistema policial, cada passo que tomariam, cada pista que procurariam. James se perguntava que tipo de mente poderia planejar tudo aquilo com tamanha frieza e meticulosidade, deixando apenas rastros o bastante para atormentá-los, mas nunca o suficiente para alcançá-lo.

Enquanto observava a moto, James sentiu um desconforto crescer em seu peito. Era como se o assassino estivesse não apenas desafiando sua capacidade de resolver o caso, mas também tentando entrar em sua mente, forçando-o a confrontar as próprias limitações. Ao lado dele, os outros agentes analisavam cada detalhe ao redor, mas a frustração era palpável. O assassino brincava com eles, ciente de que o tempo estava a seu favor. A tensão aumentava a cada segundo, cada um deles sentindo-se aprisionado no jogo sádico que o criminoso havia criado.

James sabia que, se quisesse uma chance real de capturá-lo, precisaria pensar de maneira diferente. Ignorando a moto, ele começou a pensar sobre o perfil do assassino, sobre o motivo de cada escolha meticulosa que ele fazia. Se o objetivo era provocar e humilhar a polícia, talvez houvesse um ponto em comum entre as vítimas e a própria investigação. As perguntas pareciam se multiplicar na mente de James, mas uma ideia começava a se formar: se ele conseguisse prever o próximo passo do assassino, poderia finalmente estar um passo à frente e quebrar o ciclo de terror.

Na delegacia, o ambiente estava tenso e carregado de frustração. Os poucos agentes que ainda estavam ali passavam pelos corredores em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos sobre o caso que parecia cada vez mais sombrio e complexo. Ethan, preocupado com o estado de James, se aproximou e sugeriu que ele descansasse um pouco. “Você precisa de clareza para continuar, James. Isso está te consumindo,” disse, colocando uma mão firme no ombro do colega. Mas James recusou com um olhar decidido. Para ele, esse caso havia ultrapassado o limite do profissional. Agora, era pessoal. O assassino parecia estar provocando não apenas a polícia, mas James diretamente, e o detetive não conseguia se afastar.

James não conseguia ignorar o peso daquela obsessão. O assassino estava ali, na escuridão, orquestrando cada movimento e manipulando todos ao seu redor como peças em um tabuleiro. Era um psicopata frio e calculista, um verdadeiro gênio do mal, alguém que estudava suas vítimas e os policiais que tentavam pegá-lo com a mesma meticulosidade. “Por onde eu começo?” ele se perguntou em silêncio, os olhos fixos no quadro de evidências na parede. Ele sabia que não poderia confiar apenas nos métodos tradicionais. Precisava pensar como o assassino, se quisesse uma chance de encontrar algo que ele havia deixado para trás, algo pequeno, talvez proposital, mas que pudesse finalmente dar a James o controle da investigação.

Enquanto refletia, cada cena do crime revivia em sua mente. As vítimas encontradas de maneira semelhante, os detalhes brutais dos ferimentos, a violência metódica. Ele sabia que o assassino deixava aquelas pistas visuais com um propósito, talvez até para enviar uma mensagem. Mesmo sem provas concretas, James sentia que tudo tinha um padrão que ele ainda não havia captado. A voz do assassino no telefone ressoava em seus pensamentos, cada palavra cruelmente calculada para desestabilizá-lo. “Eles merecem… todos vão pagar.” Aquilo o corroía, mas também o impulsionava. Ele não poderia descansar até entender qual era a lógica sombria por trás dessas mortes.

Lentamente, ele começou a organizar os detalhes em sua mente, tentando ver o que estava escondido nas entrelinhas. E se as cenas fossem um quebra-cabeça que apenas ele poderia montar? Cada ato de violência, cada escolha feita pelo assassino, poderia ser uma pista, uma peça do jogo. Mas como decifrá-lo sem perder o controle? James respirou fundo e sentiu a pressão em seus ombros aumentar. Ele sabia que esse caso exigiria mais do que apenas habilidade investigativa. Precisaria ser mais resistente, mais frio e, acima de tudo, mais esperto. Afinal, não era apenas sobre capturar um assassino. Era sobre vencê-lo em seu próprio jogo mortal.

James mal chegou em casa e sentiu o peso da exaustão bater, mas o sono parecia algo impossível naquele momento. As imagens das cenas dos crimes passavam pela sua mente em um loop perturbador, cada detalhe brutal, cada pista que não levava a lugar algum. Ele se jogou no sofá, tentando forçar sua mente a encontrar algo que poderia ter passado despercebido, algo que explicasse o padrão do assassino, uma conexão que ele não havia notado. Estava claro que o assassino o estava manipulando, mas o que ele queria que James enxergasse? Que verdade estava oculta nas entrelinhas de tanta violência?

Enquanto os minutos se arrastavam, o silêncio da casa só aumentava a sensação de inquietação. James se pegou olhando para o teto, tentando analisar o caso sob um novo ângulo. Ele sabia que precisava manter a mente afiada, mas sentia como se estivesse travado em um labirinto de intenções e mensagens ocultas. O assassino estava jogando com ele, fazendo com que cada passo fosse cuidadosamente calculado para afastá-lo da verdade. E, no fundo, James se perguntava se o criminoso estava à sua frente, rindo de cada tentativa frustrada, aguardando o momento certo para agir novamente.

Incapaz de suportar a frustração, James se levantou e começou a andar pela sala, as mãos na cabeça, buscando alguma clareza no meio de tanto caos mental. "E se ele tiver deixado algo de propósito?" pensou em voz alta. Talvez houvesse uma pista não na cena do crime, mas nas próprias ações do assassino. Cada morte parecia uma peça de um quebra-cabeça complexo, e o assassino certamente não era alguém que agia por impulso; tudo era friamente calculado. "Ele quer que eu o encontre," disse para si mesmo, "mas apenas quando ele decidir que é o momento." A ideia o deixava ainda mais inquieto, mas também lhe trazia uma ponta de esperança: talvez houvesse uma maneira de virar o jogo e antecipar o próximo movimento.

Mas, enquanto se perdia nessas reflexões, a sensação de impotência não o abandonava. Estava claro que, naquele momento, ele era mais uma peça controlada pelo assassino do que um detetive investigando um caso. Ele sabia que não poderia continuar assim, perdido na própria obsessão e isolado de todos. Precisaria descansar, precisava de clareza. O caso não seria resolvido apenas com força de vontade; exigiria precisão e uma mente fria. Ele respirou fundo e se obrigou a sentar-se, prometendo a si mesmo que, na manhã seguinte, enfrentaria esse jogo de maneira diferente.

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