O Príncipe Daquela Noite

O Príncipe Daquela Noite

Capítulo 1

1- O Drama

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Moro na cidade de Avita, desde os nove anos de idade. Uma cidade pequena, mas bem evoluída. Meus pais sempre me ensinaram que devemos ter planos para o futuro, e sempre me apoiaram nos estudos. Infelizmente, não puderam me apoiar em tudo. Quando fiz dezesseis anos, eu descobri que gostava de garotos. Ao contar aos meus pais, Estraguei a família. Eles se separaram, e eu fiquei morando só com a minha mãe, que não me apoiou de cara, mas ela aceitava, porque me amava muito. E mesmo sabendo bem que homens me atraiam, eu tive uma grande dificuldade para arrumar um namorado. Eu passei por essa etapa da minha vida, e continuei seguindo para o meu sonho, o plano que fiz na vida. Eu queria trabalhar em uma empresa grande, e famosa. Queria ser um executivo renomado, e conhecido. Eu me chamo Mariano Átila, tenho vinte e um anos, e nesse momento estou prestes a conquistar o que sonhei.

...****************...

Todas os dias, quando eu entro no prédio Terrano, chamo atenção primeiramente pelos meus olhos verdes, que se destacam na pele morena, e nos cabelos encaracolados negros. ''Sou bonito, e sei disso". Mas aqui eu também sou braço direito do Ceo, Pietro Velas. Por esse motivo, eu posso mandar em muita gente. ''Calma! Não sou um tirano.'' Eu realmente dou ordens, mas trato todos de forma educada e digna, por isso, eles gostam mais de mim. Entretanto, o problema deles gostarem mais de mim, é o ciume do senhor Breno Velas, irmão do Pietro, e o homem que deveria ser o braço direito dele. Meu trabalho é de coordenar os setores, e eu mando bem nisso.

Recentemente, Pietro anunciou uma viagem para a capital, onde vai inaugurar a segunda sede da Terrano. Com isso, eu ficarei como Ceo temporário. Tudo o que eu preciso fazer agora, é o que eu faço sempre; mostrar o meu melhor, e assim garantir o título de Ceo fixo, já que com outra sede da Terrano, teremos ''dois Ceos.''

A semana passou voando e quando vi já era sexta feira. Eu tinha marcado um jantar especial, com o meu namorado, Charlie. ''Sem querer me gabar, mas Charlie era um estrangeiro loiro de olhos azuis muito sarado''. Um perfeito deus grego, que tive muita sorte de conquistar. Estávamos há dois meses juntos, e eu estava pronto para me entregar de uma vez ao nosso amor. Naquela noite, esperei ele chegar com uma mesa maravilhosa posta na sala. Em cima dela, uma garrafa de vinho, duas taças, e comida italiana que comprei e coloquei na travessa, para dar a entender que fui eu que cozinhei. Para ele não desconfiar, fui inteligente o suficiente, para sujar algumas panelas com molho e deixar algumas louças na pia da cozinha. No meu quarto, a cama estava arrumada, e o quarto iluminado com velas. A caixa de som, tocava uma música romantica, principalmente para me deixar mais relaxado. E no móvel ao lado, coloquei alguns itens necessários, como preservativos, e um gelzinho, caso as coisas ficassem piores do que eu pensava. Eu fiquei ansioso demais, era a nossa primeira noite juntos, e a minha primeira vez.

A campainha tocou, e lá veio Charlie. Ele estava usando uma camisa vermelha, que combinava muito com o tom de pele dele. Alguns botões abertos, que me deixaram querendo pular o jantar, e ir direto para o quarto. Ele estava todo produzido, até mais do que o normal.

Charlie: Boa noite Mari.

Ele me deu um selinho seco. Estranhei, claro. Mas não dei muita importância. Fui a frente o guiando até a mesa.

- Da só uma olhada! E pode se sentar. Eu preparei tudo isso para você!

Charlie: O cheiro... Parece ótimo!

Ele olhou para a mesa, e em seguida ao redor.

Charlie: Não pensei que fosse mesmo cozinhar.

- Pois é? O amor nos inspira.

Nesse momento ele baixou a cabeça. Enquanto eu tirava as tampas, e espalhava os talheres.

Charlie: Não... Não Mari! Não precisa me servir ainda.... Eu acho melhor, porque eu não vou conseguir comer. Queria conversar com você, antes de mais nada.

- Nossa! O que houve? Parece sério. Aconteceu alguma coisa amor?

Segurei o braço dele, e o guiei até a cadeira, mas ele tirou o braço de mim, e não se sentou.

Charlie: Eu quero terminar Mari!

- "O que?" Terminar? Tipo... se separar?

Charlie: Isso... Não consigo mais esperar você estar pronto. Eu... conheci uma pessoa e... Na verdade é o meu ex namorado. Nos aproximamos novamente, e acho que quero tentar de novo.

- Ei!? Calma! Espera! Eu estou pronto hoje! Eu preparei isso para nós. Vamos para o quarto então? Eu também deixei o quarto em clima...

Charlie: Foram meses! Você me entende né? Ninguém namora desse jeito. Eu... cansei. Perdi a vontade, não tem mais graça!

- Caramba! Sabe que é a minha primeira vez. Uma coisa assim... não fazemos do nada! Tem que ter um clima, um momento... Por favor, vamos? Fazemos isso agora, então vai?

Charlie: Desculpa Mari. Agora eu não quero mais. O que queria? Que eu me casasse com você? Isso não acontece mais nos dias de hoje. Como disse antes, eu voltei com meu namorado. Estou decidido.

- Então... Tá bom. Vai lá...

''Perdi a etiqueta nesse momento, gritei, falei um monte de palavrões e continuei.''

- SOME DAQUI CACHORRO! INSENSÍVEL, FILHO DA PTA! NÃO APARECE MAIS NA MINHA FRENTE! AAAH! SEU CANALHA! NOJENTO DESAPAREÇA!

Ele saiu pela porta antes de ser acertado pela tampa de vidro que arremessei. Eu chorei alto. Me joguei no chão, e dormi ali mesmo. Mas no fim das contas, eu era mesmo culpado. O Charlie era bom de mais para ser verdade, qualquer um se jogaria no colo dele, sem pensar duas vezes, mas eu, fiquei com medo, quando vi o tamanho do ''brinquedo'' dele, e continuei enrolando. De certa forma, não foi só medo, eu não me sentia confortável, eu achava que ia ter um momento para as coisas fluirem normal. Ao menos era isso que eu pensava que deveria ser.

No manhã seguinte, tomei um banho e me arrumei, fazendo um esforço enorme para esquecer. Que se dane o Charlie! O importante era o meu emprego, e as grandes conquistas da minha vida. No cargo que cheguei, eu ganhava o suficiente para comprar um apartamento para mim, e bancar a maior parte das despesas da minha mãe, que quis ficar na casa onde moravámos, ao envés de vir comigo para o centro da cidade. Como não era frequente trabalhar aos sábados, e depois da péssima noite que tive, quase perdi a hora. Cheguei no prédio Terrano, rapidamente, levando os olhares comigo como sempre, e fui direto para a sala do Pietro Velas, como de costume. Na primeira hora do dia, sempre fazíamos um resumo dos assuntos que iriamos tratar, antes de começarmos nossa rotina.

Pietro Velas: Bom dia Mariano! Fecha a porta, por gentileza; preciso conversar sobre um assunto com você.

O tom de voz de Pietro estava estranho. Não consegui entender se era triste, ou raivoso, mas com certeza, era sério.

- Algum problema senhor Pietro? Desculpe por chegar atrasado, eu não...

Pietro Velas: Atrasado? Não chegou atrasado.

- Ah, que bom. No meu relógio eu estava oito minutos.

Pietro Velas: Esquece isso! Não tem problema algum. Bem... Eu não converso muito sobre isso com você, mas quero que saiba, que gosto muito do seu trabalho. A Sua mente, bate muito com a minha. E com a mesma visão, faríamos grandes coisas aqui na Terrano. Esse... ainda é o meu pensamento. Porém, meu pai falou uma coisa entranha ontem... Como eu tinha me excedido na bebida, não entendi muito bem a conversa toda, mas eu ouvi a frase: "Agora vai ser a vez do Breno liderar"

Pietro tinha cabelos negros e lisos até o ombro. Os olhos castanhos claros, e um rosto meio retangular, que ficava elegante com o cavanhaque. Ele passou a mão nos cabelos e jogou para traz, deixando o rosto livre. Ele era mesmo um homem bonito, além de inteligente. De alguma forma, a beleza dele me chamou a atenção, como nunca chamou antes. Minha mente se perdeu do assunto, enquanto eu o observava.

Pietro Velas: Sabe o que isso significa?

- Ah, Desculpe... O que Senhor?

Pietro Velas: Meu pai quer deixar o Breno como Ceo quando eu sair!

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Comments

°❀⋆࿔Periwinkl𝒆🫐

°❀⋆࿔Periwinkl𝒆🫐

que babaca

2025-09-21

0

Valdiceia Santos

Valdiceia Santos

começando hoje 🥰

2025-09-06

1

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