SN acordou cedo naquela manhã, os raios de sol entrando pela janela do quarto. Ela desceu as escadas e encontrou o pai tomando café da manhã, concentrado nos documentos à sua frente. Respirando fundo, ela falou com firmeza e um pouco de curiosidade:
— Papai… eu assinei o contrato de casamento. Mas… o marido me deu um cartão de crédito. Posso usar como quiser?
O pai da SN levantou os olhos, surpreso, mas logo sorriu com orgulho da maturidade da filha.
— Sim, querida. O cartão é seu, use com responsabilidade. Mas lembre-se: cada decisão precisa ser consciente. Ele confiou em você, mesmo sem ter se encontrado pessoalmente. — disse ele, tomando um gole de café. — O casamento é um contrato, mas você também precisa aprender a lidar com o mundo adulto e com dinheiro.
SN assentiu, sentindo uma mistura de empolgação e nervosismo. Era um passo enorme, e embora ela ainda não tivesse visto o marido, aquele cartão representava poder, confiança e uma nova fase de sua vida.
Meses se passaram…
Do outro lado, Kang Minseok, o marido frio de SN, ligou para seu secretário. A voz dele era impassível, fria e calculista, cada palavra transmitindo autoridade:
— O cartão foi entregue à SN? — perguntou, direto.
— Sim, senhor. Ela já recebeu e está usando de acordo com as instruções. — respondeu o secretário.
— Ótimo. — disse Minseok, sem demonstrar emoção. — Quero que acompanhe de perto, sem falhas. Ela deve se acostumar com o novo estilo de vida sem problemas.
Enquanto isso, SN estava prestes a descobrir mais sobre o marido — e sobre si mesma. Ela começou a trabalhar na empresa do grupo da família do marido, sem sequer saber que fazia parte do império que ele controlava. Era um mundo novo, cheio de responsabilidades e oportunidades.
Primeiro encontro inesperado
No escritório, em meio à correria do dia, SN tropeçou e acabou caindo em cima de alguém. Ela levantou os olhos, vermelha de vergonha, e percebeu que havia esbarrado justamente em Kang Minseok.
— Desculpa, senhor! — balbuciou, ainda corada, tentando se afastar rapidamente.
O marido, com a voz fria e intensa, gritou:
— SN! Preste atenção onde anda! — disse ele, a frieza na voz cortando o ar.
Ela engoliu seco, sentindo o coração disparar. A primeira aproximação física com o marido tinha sido desastrosa, mas ela não podia deixar de notar o quão imponente e sério ele era.
Um gesto de gentileza
Alguns dias depois, SN caminhava pelos corredores do prédio quando percebeu um senhor idoso passando mal. Sem pensar duas vezes, pegou um copo de água e se aproximou, preocupada:
— Senhor… está bem? — perguntou, ainda toda vermelha.
O idoso sorriu gentilmente e, em tom carinhoso, disse que precisava de ajuda para subir até o elevador.
— Vovô… — murmurou SN, o rosto ainda corado — deixa eu ajudá-lo.
Ela segurou a mão do idoso e o acompanhou até o último andar, falando com cuidado:
— Senhor, sente aqui. O ar condicionado vai ajudar.
O idoso agradeceu e pediu que ela fosse trabalhar antes do almoço, prometendo vê-la novamente mais tarde. SN respirou fundo, tocada pelo gesto, mas com pressa para não se atrasar.
O avô observa tudo
Enquanto SN se dirigia para sua sala, o idoso foi até o neto — Kang Minseok — com passos firmes, mas com um sorriso discreto:
— Vovô… o senhor está bem? — perguntou Minseok, com a voz séria e preocupação contida. — O que aconteceu? Por que está aqui hoje?
— Eu precisava conversar com você. — respondeu o avô, com tom firme, mas acolhedor. — Você passou mal? Toma remédio?
— Vovô… — disse Minseok, suspirando levemente — deixa isso de lado.
O avô sorriu, batendo levemente no ombro do neto:
— Minseok… sobre sua esposa… Quando você vai conhecê-la? Seu pai me ligou e me contou que vocês se casaram… e você ainda não viu a SN. — disse o idoso, olhando nos olhos do neto, transmitindo sabedoria e paciência.
Minseok permaneceu em silêncio por alguns instantes, com o olhar fixo em algo distante. Ele respirou fundo, sua frieza habitual misturada a uma ponta de inquietação. Aquela conversa, embora breve, acendeu algo em seu interior — a ideia de que, cedo ou tarde, precisaria enfrentar não apenas o contrato de casamento, mas também os sentimentos que começavam a surgir, mesmo que relutantemente.
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Atualizado até capítulo 52
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