SN entrou na sala onde o pai trabalhava, o coração batendo acelerado. Ela respirou fundo e falou, ainda um pouco nervosa:
— Papai… eu acho que… posso casar pelo senhor.
O pai da SN, surpreso com a maturidade da filha, sorriu levemente.
— Ótimo, querida. — disse ele, ajeitando os óculos. — Eu vou falar com meu sócio. Tenho certeza que você vai gostar do filho dele.
SN assentiu, tentando esconder o frio na barriga. Ela sabia que estava prestes a dar um passo enorme em sua vida, mas confiava no pai.
Pouco tempo depois, o pai da SN saiu do quarto para finalizar o acordo de casamento. Pelo celular, ele conversou com o sócio, confirmando cada detalhe e acertando que o casamento seria realizado formalmente, mesmo sem que SN tivesse conhecido o futuro marido pessoalmente. Era um acordo entre famílias poderosas, com tudo planejado para proteger interesses e garantir segurança.
Os dias se passaram rapidamente. SN se preparou para o casamento, ajustando o vestido e arrumando os cabelos, mas no fundo seu coração se enchia de nervosismo e curiosidade. Ela esperava ansiosa pelo momento em que conheceria o marido, embora ainda não soubesse como isso aconteceria.
No dia do casamento, SN chegou cedo ao cartório, com o vestido impecável e as mãos trêmulas. Ela olhava ao redor, esperando ver seu futuro marido entrar, mas ninguém apareceu. Apenas o secretário do marido entrou, curvando-se respeitosamente diante dela.
— Senhorita SN, peço desculpas. — disse ele com tom formal, mas gentil. — Seu marido não pôde vir hoje, ele está fora do país. Em breve, vocês poderão conversar pessoalmente.
SN engoliu em seco, tentando não demonstrar a decepção. A cerimônia prosseguiu. O secretário assinou o contrato de casamento em nome do marido, entregou uma cópia da certidão de casamento para SN e lhe passou um cartão com o contato do marido.
— Aqui está, senhorita. — disse o secretário. — Obrigado.
Após a cerimônia, o secretário fez uma ligação pelo celular, falando com alguém do outro lado:
— O serviço foi concluído. Tudo conforme o combinado. Ela recebeu o contrato, a certidão e o cartão. — disse ele, com firmeza. — Está tudo pronto para os próximos passos.
SN ficou sozinha no cartório, segurando o cartão nas mãos, seu coração misto de curiosidade e ansiedade. Ela sabia que havia acabado de dar o primeiro passo em um casamento desconhecido, e que aquele homem frio, distante e ainda invisível para ela seria parte de sua vida de agora em diante. O mistério, o medo e a esperança se misturavam em seu peito, marcando o início de uma história cheia de segredos, desafios e descobertas.
Enquanto ela deixava o cartório, segurando firme o cartão do marido, SN prometeu a si mesma que faria o possível para enfrentar esse novo mundo — mesmo sem nunca ter visto o rosto do homem que agora era oficialmente seu marido.
Depois que o casamento foi formalizado no cartório, o secretário do marido da SN ligou imediatamente para informar que tudo havia sido concluído. Do outro lado da linha, a voz do marido soou gelada, firme e cortante, como uma lâmina:
— Está feito? — perguntou Kang Minseok, sem qualquer traço de emoção, apenas eficiência.
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, curvando-se enquanto falava. — A senhorita SN recebeu o contrato, a certidão de casamento e o cartão de contato do senhor.
Houve uma pausa breve, e a voz de Kang Minseok continuou, ainda mais fria:
— Ela não pode saber sobre nada além do necessário. Nenhum detalhe sobre minha agenda ou minha localização. Entendido?
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, firme. — Tudo será mantido em sigilo.
— Ótimo. — disse Kang Minseok, pausando enquanto ouvia o ambiente ao redor, avaliando cada detalhe. — Envie a certidão de casamento oficial pelo correio para meus registros. Certifique-se de que não haja falhas. Quero confirmação quando chegar.
— Entendido, senhor. Vou providenciar imediatamente. — respondeu o secretário. — E quanto ao encontro pessoal? Ela poderá contatar o senhor?
Kang Minseok suspirou, um som quase imperceptível, frio como gelo.
— Não. Por enquanto, nenhuma comunicação direta. Ela terá que esperar até que eu determine. Qualquer tentativa de contato não autorizado será ignorada. Ela precisa entender que nosso acordo não envolve emoções… pelo menos por enquanto.
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, mantendo o tom respeitoso e obediente. — Todas as instruções serão seguidas à risca.
A voz de Kang Minseok voltou, firme, calculista, deixando claro o seu controle absoluto sobre a situação:
— Boa. Quero que tudo seja feito de forma perfeita, sem falhas. Ela não deve desconfiar de nada que possa me comprometer ou interferir em meus negócios. O casamento é um contrato, não um relacionamento. Entendido?
— Entendido, senhor. Tudo será mantido conforme suas ordens. — confirmou o secretário, ainda se curvando.
— Muito bem. — disse Kang Minseok, encerrando a ligação de forma abrupta. — Certifique-se de que o cartão permaneça com ela, mas qualquer resposta será analisada cuidadosamente antes de eu decidir se devo atender. Lembre-se: qualquer desvio, por menor que seja, será reportado imediatamente.
O secretário desligou, respirando fundo, ciente da frieza absoluta do homem com quem trabalhava. Kang Minseok, do outro lado da linha, permaneceu em silêncio por alguns instantes, olhando pela janela de seu escritório luxuoso. O ar frio e impassível refletia seu caráter: ele não se permitia fraquezas, nem envolvia seu coração em acordos que considerava puramente estratégicos.
Enquanto isso, SN ainda segurava o cartão em suas mãos, sem imaginar o quão distante e inacessível seu marido era naquele momento. Cada palavra fria trocada entre ele e o secretário reforçava a barreira invisível que a separava dele — uma barreira que ela teria que atravessar sozinha, se quisesse descobrir quem era o homem que agora oficialmente era seu marido.
O casamento existia no papel, mas na prática, era um contrato de silêncio, mistério e regras não negociáveis. E mesmo assim, a curiosidade e a ansiedade de SN não diminuíam. Ela sabia que estava apenas no começo de uma história cheia de segredos, emoções contidas e encontros que poderiam mudar tudo — se algum dia ele permitisse que acontecessem.
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Atualizado até capítulo 52
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