Capítulo- O Alfa cruel

A chuva descia pesada, escorrendo pelo meu corpo como se a própria noite quisesse me lavar.

Mas nada poderia apagar o cheiro que vinha com o vento.

Doce. Raro. Inconfundível.

Era ela.

Depois de tantos anos, era impossível me enganar.

Nome: Caleb

Idade: 21

ele é: Alfa

🕰️ Alguns anos atrás…

Em uma noite como qualquer outra, eu estava caçando.

Naquela época, eu era apenas um garoto que havia perdido a mãe por ser considerada uma “ômega fraca”.

E foi cedo demais que aprendi a odiar.

Odiar os que julgam.

Odiar os que prendem.

Odiar a fraqueza.

A noite estava fria, mas havia algo de diferente no ar…

Era como se alguma força me chamasse, como se eu devesse estar exatamente ali.

Caminhei esperando encontrar qualquer presa.

Mas, em vez disso, eu a vi.

Nome:Elena.

Idade: 10 anos.

momento: passado.

Uma garota, talvez três anos mais nova que eu, estava acorrentada a uma árvore pelo pescoço, como um animal descartável.

A visão me atingiu como uma lâmina, porque, por um instante, era como se eu tivesse visto a minha mãe no lugar dela.

E isso me trouxe raiva.

Raiva da covardia daqueles que fizeram aquilo.

E, junto dela, uma estranha vontade de protegê-la.

Ela se debatia, tentando se soltar, mas já estava fraca de fome e sede.

Eu deveria ter virado as costas. Mas não virei.

Cacei. Busquei água.

E quando voltei, me aproximei cautelosamente, temendo assustá-la.

Ela me olhou com desconfiança, mas aceitou quando a fome venceu o orgulho.

Eu não disse quem eu era. Apenas entreguei. Apenas fiquei.

O que me marcou não foi só a fragilidade dela, mas os olhos.

Olhos que diziam mais do que palavras:

“Podem me prender, podem me odiar, mas nunca irão me quebrar. Minha dignidade é minha, e ninguém poderá me controlar.”

Foi isso que me atraiu nela.

Não apenas uma garota acorrentada, mas uma força que eu reconhecia… e desejava para mim.

Eu nunca esqueci o cheiro dela.

Nem aquele olhar.

E mesmo sabendo que ela não guardaria memória de mim… eu sorri.

Porque eu nunca, jamais, a esqueceria.

🌑 De volta ao presente…

E agora, anos depois, ela corria diante de mim.

Descalça, ensopada pela chuva, fugindo como se o próprio inferno a perseguisse.

Ela não sabia quem eu era.

Não lembrava.

Mas eu lembrava.

E isso era o suficiente.

Eu me coloquei no meio da estrada de terra, bloqueando a fuga dela.

Quando nossos olhos se encontraram, senti a mesma chama antiga.

— Fugindo, pequena? — deixei que minha voz cortasse a noite como um aviso.

Ela estacou, o peito subindo e descendo rápido, tentando parecer mais corajosa do que realmente estava.

— Fique… longe de mim — disse, a voz tremendo.

Eu poderia ter rido. Poderia ter recuado.

Mas não fiz nenhum dos dois.

Dei um passo à frente.

Senti o cheiro dela se espalhar, doce e arrebatador.

O instinto rugiu dentro de mim, o mesmo que rugiu anos atrás na floresta.

Sorri, não com bondade, mas com a certeza de um predador diante da presa que esperou tanto tempo para reivindicar.

— Você não faz ideia do quanto eu esperei por isso.

Ela não entendeu. Ainda não.

Mas logo entenderia.

Naquela noite chuvosa, a ômega acorrentada do passado voltava a cruzar meu caminho.

E desta vez, não havia correntes de ferro… havia apenas as minhas.

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Comments

Em không đanh đá chỉ hay phá người ta

Em không đanh đá chỉ hay phá người ta

Espetacular 😍

2025-09-06

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