Me Esforcei até Me Perder
Capítulo 1
~Pov Autora~
Aleatoriamente escrevendo palavras, textos, significados distintos... como se, no meio da confusão dos pensamentos, algo finalmente fizesse sentido. Você já parou para pensar sobre o que realmente faz no seu dia a dia? Já se questionou se cada esforço, cada pequena atitude, cada passo cansado é, de fato, reconhecido?
Será que tudo o que você faz é suficiente? Ou será que, aos olhos deles, tudo o que você entrega, mesmo com o coração, mesmo com o corpo exausto, se torna absolutamente igual ao nada?
Você já deu tudo de si. Já perdeu horas de sono, já segurou o choro, já engoliu a vontade de desistir só para continuar tentando. Se esforçou. Se dedicou. Se moldou para caber nas expectativas deles. E, no fim, foi você quem ficou com o cansaço mental, com a mente sobrecarregada, com o peso de tentar ser perfeito em um lugar que exige, mas nunca acolhe.
Tudo porque eles foram rígidos demais com você... como se sentimentos fossem invisíveis, como se o seu cansaço não importasse. Mas você continua. Porque no fundo ainda tem esperança de que, algum dia, alguém veja além da aparência. E enxergue você.
Tem pessoas que falam "pelo seu bem". Que cobram, que apontam o dedo, que colocam metas inalcançáveis como se fossem obrigações. Dizem que você precisa dar orgulho, que precisa ser exemplo, que não pode errar. Mas nunca perguntam como você está. Nunca se importam se você está em pedaços por dentro. Para elas, você é só um reflexo do que elas gostariam de mostrar para o mundo. E isso dói.
A escola, que deveria ser um lugar de aprendizado e acolhimento, se tornou mais uma fonte de pressão. Provas, trabalhos, metas, apresentações, desempenho constante... tudo exige mais, mais e mais. E se você falha uma vez, já é o suficiente para rotularem você. E se você quer caber no tal "clube" dos alunos perfeitos, populares, os que têm tudo, tem que fazer o dobro, o triplo, sorrir mesmo quando tudo dentro de você grita por descanso. Mas nem isso basta.
Porque no final, por mais que você tente, o esforço nunca é suficiente. E você acaba caindo em um grupo pequeno, quase invisível. Um grupo com apenas três pessoas - aquelas que também não cabem, que também foram jogadas para fora do círculo de aceitação. E essas três... essas três são odiadas pelos populares da sala. Porque não seguem o padrão, porque não fingem ser quem não são, porque, mesmo rejeitadas, continuam sendo reais.
E é aí que você percebe: talvez o problema nunca tenha sido você. Talvez o problema seja um mundo que exige perfeição, mas não sabe lidar com sentimentos humanos. Um mundo onde ser sensível é visto como fraqueza, e ser verdadeiro é motivo de exclusão.
E no meio disso tudo, ainda existe aquele garoto. O popular. O engraçadinho. O que todos da sala aplaudem mesmo quando ele é cruel. Ele escolheu uma delas - uma das três - como seu alvo preferido. A garota que carrega um olhar diferente, um jeito estranho, um silêncio que ele não entende... e talvez por isso ache que tem o direito de zombar dela sempre que quiser.
Ele faz piadas. Ri alto. Puxa atenção da sala inteira. Finge que é só uma brincadeira, mas para ela, nunca foi. É humilhante. É cruel. E o pior: é cansativo. Não tem motivo, não tem lógica. Ela só existe... e isso, para ele, já é suficiente para virar chacota.
Toda vez que isso acontece, a sala ri. Como se rir do sofrimento de alguém fosse o preço para se manter no topo da cadeia social. Como se se calar diante da injustiça fosse o passaporte para continuar pertencendo ao grupo dos aceitáveis. E ela? Ela abaixa a cabeça. Fica em silêncio. Nunca responde. Nunca retruca. Porque tem medo de se tornar ainda mais o centro das atenções. Porque, no fundo, ela ainda acredita que, se não reagir, ele vai parar.
Mas ele nunca para.
Ultimamente, ela tem pensado se deveria mudar. Se deveria começar a fingir também, se esconder, se tornar outra pessoa só para não ser o alvo. Ou então se deveria responder, atacar de volta, usar palavras afiadas como escudo. Mas será que isso a protegeria? Ou só a transformaria em alguém que ela nunca quis ser?
As amigas dela, as únicas duas que sobraram, às vezes tentam intervir. Às vezes. Na maioria das vezes. só trocam olhares de solidariedade ou sussurram um "deixa pra lá". Elas se importam, mas também estão cansadas. Cansadas de lutar contra um grupo inteiro, contra um sistema silencioso que protege os que machucam e ignora os que sentem.
~Autora off~
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 32
Comments
Yuzinha 🥰
nossa isso foi.... de fazer reflete
2025-08-26
1