Capítulo 5 – Rivalidade Fingida

Capítulo 5 – Rivalidade Fingida

O sol estava alto, queimando a aldeia como se quisesse mostrar que o mundo não perdoa ninguém. Naruto caminhava pelo pátio com a cabeça erguida, respirando fundo, tentando manter a fachada de “eu odeio esse maldito Uchiha”. Mas todo mundo que o conhecia sabia que isso era uma mentira ridícula.

Sasuke caminhava alguns metros à frente, a postura firme, os olhos sempre na direção do loiro. Um beta qualquer poderia ignorar, mas qualquer alfa ativo sentia: a tensão entre eles era quase tangível. E, porra, qualquer idiota que observasse perceberia que aquela rivalidade era fachada.

“Naruto, você tá atrasado de novo,” Sakura comentou, cruzando os braços. Naruto bufou e fingiu raiva, mas o rubor no pescoço traía o que Sasuke tinha feito na noite anterior. Ele desviou o olhar, tentando não encarar o maldito Uchiha. Sasuke, claro, percebeu e sorriu de leve, só o suficiente pra irritar o ômega.

“Fica aí tentando me ignorar, ômega? Ridículo,” Sasuke murmurou baixo, apenas pra Naruto ouvir. O loiro arfou, mas respondeu com a raiva que não sentia: “Vai se foder, Sasuke! Não vai conseguir me intimidar!”

E era mentira. Todo músculo de Naruto gritava que ele queria exatamente o contrário. Sasuke era um alfa dominante que sabia como mexer com o corpo dele, mesmo sem tocar. O beijo escondido da noite anterior ainda queimava na memória do ômega, tornando impossível qualquer disfarce completo.

A missão do dia exigia colaboração, mas eles transformaram cada passo em teste de paciência mútua. Cada toque acidental de mãos, cada aproximação na corrida ou na subida de um terreno acidentado era carregada de eletricidade e tensão. Todos os betas observavam, e ninguém podia negar: os dois malditos pertenciam um ao outro, mesmo fingindo que não.

“Por que diabos você sempre consegue me irritar tanto, Sasuke?” Naruto bufou, tentando manter a postura. Sasuke se aproximou de forma lenta, quase casual, apenas para que o ômega sentisse a presença dele, sentisse o calor e os instintos aflorarem.

“Porque você é meu, ômega. Sempre foi. E vai continuar sendo,” Sasuke disse, baixo, quase inaudível para os outros, mas cada palavra era um soco no peito de Naruto. O loiro engoliu seco, tentando esconder o rubor e a respiração acelerada.

Enquanto caminhavam, Kakashi observava de longe, coçando o queixo com aquele ar de quem sabe demais. Sakura suspirou, claramente percebendo que algo estava acontecendo, mas ninguém ousava comentar. O cheiro de Sasuke sobre Naruto era quase insuportável, e eu sabia que qualquer distração podia fazer o ômega perder o controle completamente.

Eles continuaram fingindo ódio diante de todos, mas cada gesto, cada palavra, era um lembrete silencioso do que acontecia quando ninguém estava olhando. O beijo escondido da floresta não era esquecido; ele estava gravado no corpo de Naruto e na mente de Sasuke, tornando impossível negar a atração, o desejo e o amor que não podiam admitir.

Quando a missão finalmente terminou, os dois voltaram para a aldeia lado a lado, ainda fingindo rivalidade, ainda controlando instintos que queimavam por dentro. Mas o mundo exterior não podia perceber a verdade: Naruto e Sasuke eram um do outro, e cada segundo juntos só aumentava o maldito laço que ninguém podia quebrar.

E eu, observando de longe, sabia que os próximos capítulos seriam ainda mais insanos, porque fingir rivalidade enquanto se ama alguém é a pior tortura que existe… e eles ainda tinham que lidar com famílias que jamais aceitariam esse amor.

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CAPÍTULO 5

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