Capítulo 2 – Missão e Instintos

Capítulo 2 – Missão e Instintos

narrador por Hinata

O sol mal tinha aparecido, mas a aldeia já estava acordada com o barulho das portas batendo, shurikens sendo afiadas e gritos de recrutas reclamando de tudo. Naruto já tinha começado a correr de novo, como se o chão fosse explodir debaixo dele, e eu, por algum motivo masoquista, estava ali, tentando manter os olhos no chão, mas não conseguindo desviar do Sasuke.

Ele estava parado, observando, com aquela maldita postura impecável, que me dava vontade de socar o rosto dele só pra ver se ele se mexia. O cheiro dele… não, porra, o cheiro dele era impossível de ignorar. Cada passo dele pelo pátio fazia o ar ao redor ficar mais pesado. Naruto arfava perto dele, e dava pra ver o rubor subindo no loiro, mesmo que ele tentasse disfarçar. Um ômega tentando parecer indiferente enquanto o alfa que ele mais queria fazia questão de invadir cada porção do seu corpo com a presença… era ridículo. Mas lindo, de um jeito doentio.

“Tá pronto, Naruto?” Sasuke perguntou, sem nem olhar direito. Mas o tom dele era afiado, como se pudesse cortar aço. Naruto bufou e levantou a cabeça com orgulho, tentando fingir que não estava tremendo por dentro. “Claro que sim! Só não vai se atrasar, Uchiha!”

“Não me chame de Uchiha.” Sasuke cruzou os braços, o maldito sorriso quase imperceptível surgindo no canto da boca. “Isso é só entre nós. Você vai aprender a obedecer, ômega.”

Naruto engoliu em seco, e por um momento, eu achei que ele ia desabar ali mesmo. Mas ele respirou fundo e balançou a cabeça, tentando se recompor. Eu podia sentir a energia dele tremendo. Cada fibra do corpo dele implorando pra ceder, mas a cabeça… a cabeça dele dizia “não, eu não vou ceder, Sasuke”.

A missão do dia era simples na teoria: escoltar suprimentos até a vila vizinha e garantir que nenhum bandido ousasse atravessar o caminho. Mas a teoria nunca bate com a prática quando Naruto e Sasuke estão no mesmo espaço. Eu sabia que, se deixasse os dois sozinhos, a missão ia virar um inferno de ciúmes, provocações e… merda, instintos selvagens.

“Vamos logo,” disse Sasuke, a voz baixa, quase um rosnado. Naruto engoliu, bufando, e caminhou ao lado dele, sem perceber que já estava seguindo o ritmo do alfa. Sasuke andava devagar, calculando cada passo, e Naruto… Naruto corria pra tentar acompanhar, tropeçando e arfando. Cada vez que se aproximava demais, o cheiro de Sasuke batia nele como um tapa na cara. Mas, porra, ele não podia recuar. Nunca recuava.

Enquanto caminhavam, outros membros da equipe começaram a aparecer. Sakura ia à frente, reforçando que todo mundo tinha que manter a missão sob controle. Kakashi observava de longe, coçando o queixo com aquele ar de “eu sei de tudo e vocês não têm ideia”. E, claro, eu atrás, registrando cada detalhe. Porque quem não vê isso de perto não acredita: a tensão era quase física.

Sasuke parou de repente, e Naruto quase esbarrou nele. “Olha pra frente, idiota.” O tom de comando dele era tão firme que Naruto arfou de novo, corando até a raiz do cabelo. Eu podia ouvir a própria respiração do loiro se acelerando. E Sasuke? Sasuke parecia completamente indiferente. Mas eu sabia melhor. Todo alfa ativo deixa pistas. Ele não precisava fazer nada. Só estar ali já estava torturando o ômega.

A caminhada continuou, e eu percebi que Naruto tentava, a cada passo, parecer normal. Mas cada movimento dele denunciava: o corpo queria mais. O calor subindo, os gemidos contidos, a mão tremendo quando ele tocava qualquer coisa. Sasuke, por outro lado, parecia brincar com isso, andando devagar de propósito, encostando no loiro de leve só pra provocar. Era tortura, e ele sabia disso.

Quando chegaram perto da vila vizinha, o cheiro de Naruto estava quase impossível de ignorar. Sasuke parou, inclinando-se ligeiramente, como se pudesse sentir cada pensamento e instinto do loiro. “Você tá fodidamente obcecado por mim, ômega.” A voz era baixa, mas cortante. Naruto engoliu seco, tentando se afastar, mas falhando miseravelmente. O corpo dele tremia, os olhos arregalados, e por um instante, eu pensei que ele ia desmaiar.

“Eu não… não tô!” Naruto tentou protestar, mas o tom dele era traiçoeiro. Cada palavra denunciava o que o corpo dele gritava. Sasuke apenas sorriu, quase satisfeito, e continuou a andar, deixando Naruto tropeçar de leve, só pra sentir o calor do toque do alfa.

A missão continuou com tensão máxima, cada passo carregado de eletricidade e instintos. O grupo inteiro percebeu que algo estava acontecendo entre eles, mas ninguém ousou perguntar. Ninguém precisava. O cheiro de Sasuke sobre Naruto falava mais alto que qualquer palavra. E eu? Eu só podia observar, anotar e me preparar pro inferno que seria a noite, quando voltassem à aldeia e não pudessem mais negar o que estavam sentindo.

Porque eu sabia, e todo mundo deveria saber: Naruto não tinha defesa contra Sasuke. E Sasuke… Sasuke adorava testar cada limite.

E isso era só o começo.

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CAPÍTULO 2

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