Capítulo 4 – O Beijo Proibido

Capítulo 4 – O Beijo Proibido

A floresta estava silenciosa demais para o meu gosto. As árvores se erguiam como sentinelas mudas, e a brisa carregava cheiro de terra molhada e folhas quebradas. Perfeito pra missão de escolta de suprimentos, mas péssimo pra quem sabia que os dois malditos estavam prestes a explodir um sobre o outro.

Naruto tropeçou de novo, claro. Sempre tropeçava. Sasuke agarrou o braço dele sem cerimônia, puxando-o pra perto. “Você é um maldito ômega inútil mesmo,” ele rosnou. Naruto arfou, tentando se afastar, mas falhou miseravelmente. Cada passo deles aumentava a tensão, e eu podia sentir o calor que se espalhava como um incêndio invisível ao redor dos dois.

“Não me toque, Sasuke!” Naruto tentou gritar, mas a própria voz falhou, carregada de vergonha e desejo. Sasuke sorriu, um maldito sorriso torto que dizia que ele sabia exatamente o efeito que tinha sobre o ômega. “Você sabe que eu posso te fazer ceder, ômega. Sempre posso,” ele murmurou, e isso fez Naruto tremer de uma forma que não queria admitir.

Eles continuaram caminhando, lado a lado, cada passo carregado de eletricidade silenciosa. Eu me escondi atrás de uma árvore, o coração disparado, porque o que estava prestes a acontecer era totalmente impróprio para qualquer um que estivesse na vila. Se Kakashi ou Sakura vissem, o inferno seria instantâneo. Mas aqui, no silêncio da floresta, eles tinham liberdade.

Naruto olhou pra Sasuke com raiva fingida, mas o corpo denunciava outra coisa. O peito subindo e descendo rápido, a mão tremendo ao tocar levemente o cabo da kunai, os olhos brilhando de tensão. Sasuke percebeu cada detalhe, como sempre. Aproximou-se devagar, sem pressa, permitindo que Naruto sentisse cada passo dele, cada respiração, cada instinto de alfa dominador.

“Você não vai conseguir me controlar!” Naruto disse, tentando manter a postura, mas tropeçou de novo. Sasuke agarrou o queixo dele, inclinando o rosto do ômega para cima, obrigando Naruto a encarar os olhos negros que transmitiam mais do que qualquer palavra.

E então aconteceu.

Sasuke se aproximou sem aviso, e o beijo explodiu. Não foi tímido. Não foi gentil. Foi um beijo de posses, de fúria, de desejo contido. Naruto arfou, lutando, mas ao mesmo tempo cedendo. Cada toque das mãos de Sasuke, cada pressão do corpo dele contra o ômega, era um lembrete de que ninguém podia interferir ali.

O beijo era totalmente escondido. Nenhum som, nenhum movimento que denunciasse, apenas dois corpos entregues ao que não podiam mais controlar. Naruto tentou se afastar, mas Sasuke segurava cada centímetro dele, explorando cada reação. O ômega estremeceu, arfando baixinho, incapaz de mentir para si mesmo: ele queria aquele beijo, aquele contato, aquela merda toda.

Quando finalmente se separaram, Naruto estava sem fôlego, os olhos arregalados, o rosto queimando. Sasuke sorriu, arrogante, frio, mas havia algo ali que ninguém via: satisfação e vulnerabilidade só pra Naruto.

“Vai se foder se alguém descobrir,” Sasuke murmurou, aproximando a testa da dele, quase acariciando. “Mas eu não ligo.”

Naruto não conseguiu responder. A cabeça girava, o coração disparado, os instintos queimando. Mas o mais importante: ninguém podia saber. Ninguém. A vila inteira acreditava na rivalidade deles, mas isso era só fachada. E, porra, fingir ódio era cada vez mais difícil.

Eles continuaram a missão, andando lado a lado, como se nada tivesse acontecido. Cada gesto era cuidado, cada toque mínimo controlado. Mas por dentro, o fogo queimava. Cada olhar furtivo, cada aproximação controlada aumentava a tensão até quase insuportável.

Enquanto isso, eu me escondia atrás das árvores, respirando devagar, registrando cada detalhe, cada reação. Porque, se a vila soubesse, se qualquer um descobrisse, a merda seria total. Mas ninguém precisava saber. Apenas eles. Apenas o calor entre alfa e ômega, e o beijo que ninguém podia testemunhar, selando o pacto silencioso que mantinha os dois juntos… mesmo que o mundo inteiro fosse contra.

A noite caiu, e eles permaneceram lado a lado, não admitindo, não falando, mas conectados de uma forma que ninguém poderia quebrar. O primeiro beijo escondido não apagava os problemas com as famílias, mas criava algo que nenhuma barreira poderia destruir.

E eu sabia, porra, sabia que isso só ia ficar pior nos próximos capítulos.

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CAPÍTULO 5

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