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📖 Capítulo 5 – A Decisão de Mudar

Luna respirou fundo, sentindo o coração disparar.

— Pode entrar — disse com firmeza, tentando controlar a voz trêmula.

A porta se abriu lentamente, e ela entrou no escritório. Henrique estava em pé, os olhos fixos nela, sério, mas atento a cada detalhe de sua postura.

— Sente-se, Luna — disse ele, indicando a cadeira à frente da sua mesa. — Precisamos conversar sobre como tudo vai funcionar.

Ela se acomodou, as mãos entrelaçadas no colo, tentando esconder o nervosismo.

— Claro, senhor.

Henrique passou a mão pelos cabelos, respirando fundo antes de iniciar.

— Primeiro, preciso que entenda que este emprego não é apenas um trabalho comum. Você mora aqui, entendeu? — Seus olhos penetrantes buscavam medir a reação dela.

Luna engoliu em seco.

— Entendo, senhor. — respondeu com firmeza, mas seu coração acelerou.

— Muito bem. Você terá um quarto só seu, horários rígidos para cada tarefa, e deverá estar disponível durante todo o dia para qualquer necessidade da casa. — Ele fez uma pausa, observando a expressão dela. — Existem áreas restritas que você não poderá acessar, e certas rotinas que devem ser seguidas à risca.

Luna assentiu, respirando fundo.

— Eu vou me esforçar, senhor. Prometo.

Henrique levantou-se e caminhou até a janela, cruzando os braços.

— Ótimo. Mas tem algo importante: você precisará se despedir da sua família hoje. Depois, poderá buscar suas coisas em casa e vir morar aqui. A casa será sua residência oficial.

Luna sentiu o peito apertar.

— Sim, senhor… eu… — engoliu seco — vou falar com eles.

— Muito bem. — Henrique voltou a se sentar, apoiando os cotovelos na mesa. — Sobre suas tarefas: limpeza de todos os cômodos, organização, preparação de refeições e cuidados básicos com a manutenção do lar. Além disso, será responsável por pequenos detalhes que exigem atenção constante.

Luna ouviu atentamente, anotando mentalmente cada instrução.

— Entendi, senhor. Vou fazer tudo com dedicação.

Henrique a observou por um instante, percebendo a sinceridade em seu olhar. Algo nela o intrigava: não era apenas a determinação, mas a forma simples e direta como encarava cada detalhe, sem medo nem arrogância. Ele pigarreou, voltando a adotar a postura fria.

— Bom… isso é o básico. Agora, sobre os horários: você terá uma lista de tarefas diárias, e espera-se que as execute sem atrasos. Qualquer deslize poderá causar problemas sérios.

— Compreendo, senhor. — Luna respondeu com firmeza, mas seu corpo ainda tremia levemente.

Henrique inclinou-se para frente, apoiando os braços sobre a mesa.

— Sobre sua família… — disse em tom mais sério — você precisa se despedir agora. Se preparar emocionalmente. Não quero surpresas amanhã. Entendeu?

Luna respirou fundo, tentando se controlar.

— Entendido. Vou me despedir agora.

— Ótimo. Depois disso, pode ir à sua casa buscar suas coisas. Aqui será sua residência a partir de hoje. — Henrique fez uma pausa. — Espero que esteja ciente de que isso exige responsabilidade, disciplina e dedicação.

— Estou ciente, senhor. — respondeu Luna, a voz firme, mas com uma pontada de emoção que ele percebeu imediatamente.

Henrique assentiu, erguendo-se.

— Então vá. Faça o que precisa. Assim que estiver pronta, venha para cá.

Luna se levantou, sentindo o coração acelerar. Cada passo até a saída parecia levar uma eternidade. Quando chegou em casa, o pai, o irmão e a tia a aguardavam, preocupados e curiosos.

— Luna… — começou o pai, a voz baixa — você está pronta para isso?

— Estou, pai. — disse ela, segurando as mãos dele. — Vou me esforçar ao máximo. Prometo que cuidarei de tudo e voltarei sempre que puder.

O irmãozinho correu até ela, abraçando-a com força.

— Não me esquece, Luna… — disse, a voz embargada.

— Nunca, meu pequeno. Nunca. — respondeu ela, apertando-o contra si.

A tia ajudou Luna a organizar suas coisas, enquanto ela se despedia da casa que sempre foi seu refúgio, da família que tanto amava. Cada objeto empacotado era uma lembrança, cada abraço um lembrete da responsabilidade que carregaria dali em diante.

Quando Luna finalmente entrou no carro, sentiu o coração apertado, mas a determinação cresceu dentro dela.

— Por vocês, eu consigo. — murmurou, olhando pela janela.

Na mansão, Henrique a aguardava. Ele estava de pé, os braços cruzados, observando a chegada dela com a expressão impassível de sempre. Mas por dentro, sentia uma tensão curiosa.

— Bem-vinda, senhorita Luna. — disse, indicando o corredor. — Hoje será seu primeiro dia oficialmente.

Luna entrou, sentindo o peso da responsabilidade e a ansiedade do novo. Cada passo ecoava pelos corredores imensos da mansão, e Henrique a acompanhava, atento a cada movimento dela, cada gesto, cada reação.

— Aqui está o seu quarto. — disse ele, mostrando o espaço reservado para ela. — Será seu refúgio, seu espaço privado.

— É perfeito, senhor. — respondeu Luna, emocionada, tentando controlar a voz.

Henrique manteve a postura firme.

— Agora vamos começar com a rotina da casa. Cada detalhe importa.

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