Ser uma Rossi não era tarefa fácil, sou a Bella, tenho 21 anos, meus pais Serena e Lucca são minha base, meu foco em futuro, a forma como ele a exalta a cada dia, como ela o engrandece, são o exemplo que quero muito seguir, minha mãe diz que sou uma romântica incurável, mas que isso, ver os sorrisos, o amor, a saudade que sentem quando não se veem, é lindo.
Com a idade que temos era para todas já estarem casadas, mas graças a Deus, nossos pais não são como os outros, Martina casou com amor, passou por vários problemas, mas casou, Helena com amor, Aurora focada em ser médica, e eu? Com as fotos que fizemos para o primeiro desfile da Martina, desenvolvi um desejo muito forte... ser modelo.
Meu primo Leonardo sempre foi meu melhor amigo, até minha cabeça estragada o ver como algo mais, ele sempre esteve ali, todas às vezes que precisei, eu tinha certeza que ele sentia algo por mim, mas essa noite vi que não, ele parece nunca querer me ver bem, parece que está sempre com dez pedras na mão, mas vou explicar melhor.
Já faziam duas semanas que uma agência vinha me chamando, queriam me apresentar uma opção de trabalho, não que precisasse do dinheiro, mas era como se aquilo me chamasse, falei com meus pais, minha mãe que já tinha feito fotos quando era nova gostou da ideia, meu pai que era superprotetor como o resto da família foi contra, mas com a investigação, e com a reunião que mostrou a confiança da empresa, e não fez o agente desistir mesmo com todas as ameaças do meu pai, consegui a chance de talvez, talvez fazer a minha primeira sessão de fotos.
Estava no jardim, contava para minha amiga que talvez fosse com ela para Paris, o ambiente era tranquilo, a família estava dentro de casa, o jardim com luzes acesas estava lindo, e somente um segurança caminhava por ali.
Meu primo gritou que eu deveria entrar, mas ele sabe, sabe o quanto odeio gritos, quando o confrontei ele pareceu se arrepender, mas quando me puxou para um abraço e senti seu cheiro, era como se tivesse perdido a razão, olhei para seus olhos firmes, seu perfume inebriante, suas tatuagens tão sexys, por Deus... como aquilo soava errado, mas como queria me perder em cada uma delas.
— Entre nós nunca vai acontecer nada, eu te amo, sim, mas como prima. — pronto, foi só o que ouvi, depois foram somente falácias, nada que importasse para mim, ele não sabia, mas não me veria mais, eu aceitaria a viagem, a única coisa que me faria ficar era ele, e mesmo sem saber disso ele assinou minha ida.
Aquela noite nem dormiria, disse para meus pais que queria viajar, a emoção que senti, eles achavam que era só pela viagem, mas não, era a dor de desistir do amor da minha vida.
— Papa? Posso ir? Ingrid vai amanhã meio-dia, posso ir com ela, meu segurança e os dela, vai ser bem legal, em uma semana voltamos. — falei.
— Sabe das regras, somente nos lugares que foram escritos, com a segurança no perímetro primeiro, sem fotos com acompanhante homem, e sem fotos de lingerie e biquíni. — os mesmos avisos de sempre, eu amava ouvir, meu pai me protegia de tudo, mas talvez fosse hora de dar um passo sozinha, e mesmo com medo eu sabia... ia vencer, com ou sem Leonardo.
— Filha, estou te sentindo tão triste, preocupada, está tudo bem? — questionou minha mãe.
— Tudo bem, mãe, acho que é só uma crise existencial, nem deveria, já que tenho tudo no mundo, mas sei lá, às vezes me sinto tão boba, e sinto que a vida real não é nada disso. — respondi.
— Filha, vai dar tudo certo, você nasceu privilegiada, vai poder escolher com calma, e no momento de tomar decisões difíceis você saberá o que fazer. — ela respondeu me beijando suavemente.
Dormir foi complicado, quando se sabia que o homem da minha vida estava a caminho de Las Vegas, lugar de sexo fácil, pecados e diversão sem culpa, e eu ia para Paris realizar um sonho, porem cercada de seguranças e precisando explicar cada passo.
Quando amanheceu estava revigorada, decidi correr mais cedo, o sol estava saindo e meu pai reclamava de como estava levando malas demais, era tudo que eu precisava, o drama do senhor Lucca e aquela corrida básica.
— Come primeiro filha, — falou minha mãe.
— Não mãe, vou fazer a corrida mais cedo hoje, vou para a ala norte, perto do lago, amo aquela floresta e o ar puro da despedida vai me fazer bem. — falei beijando ela e meu pai.
Sai com meu fone, ao som de Fucking perfect da cantora Pink, a música antiga parecia descrever perfeitamente a bagunça do meu coração, a confusão da minha cabeça e uma única certeza que eu não podia perder... eu era perfeita para caralho.
A batida era intensa, e meus passos também, ignorava o cansaço, a dor, o suor... só queria correr, ao final da música já tinha percorrido um longo caminho, quando dei por mim estava no final da propriedade, parei e com as mãos no joelho respirava com dificuldade, estava acalmando meu coração e quando vi um vulto atrás de mim e fui virar senti a batida, forte, seca na minha cabeça, me abaixei lentamente, mas um pano envolveu minha cabeça, não era possível, estava na propriedade, quem nos traiu, ouvi um veículo se aproximando e antes que pudesse gritar um pano cobriu minha boca, passei a ouvir com dificuldade, não via nada, mas aquela voz que dizia "Pegamos ela" parecia familiar, fui jogada em um porta-malas e acabei perdendo a consciência sem saber se alguém me acharia.
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Atualizado até capítulo 35
Comments
Irene Saez Lage
Quem será o traidor que sequestrou a Bella coitado dele está ferrado não vai sobrar nem capacete dele
2025-08-18
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Lívia Maria Esf
Ah, o traidor vai pagar muito caro por isso.
2025-08-19
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Dulce Tavares
ele assinou a sua sentença de morte aqui
2025-08-17
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