Iniciando a Investigação...

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A palavra ELES ecoou na mente de Guilherme como um sino de alerta. Helena havia usado o plural, o que significava que havia mais pessoas envolvidas na perseguição.

- Você disse ELES? Quantas pessoas estão te seguindo?

Helena mordeu o lábio inferior, um gesto que Guilherme reconheceu como sinal de que ela estava decidindo o quanto podia confiar nele.

- Pelo menos três que eu já vi!!

O homem de terno escuro é o mais persistente, mas há uma mulher de cabelos loiros que aparece às vezes, e um homem mais velho de terno cinza, que fica sempre em carros diferentes.

Guilherme passou a mão pelos cabelos, uma rara demonstração de nervosismo em alguém tão controlado.

A situação estava se revelando muito mais complexa e perigosa do que qualquer desafio empresarial que já havia enfrentado.

A inteligência da menina era surreal para sua idade. Aos sete anos, ele se preocupava em brincar com carrinhos, enquanto ela estava fugindo de criminosos.

Guilherme pegou seu telefone e ligou para seu amigo e braço direito, Ricardo.

📲 Ricardo, preciso de você aqui. É urgente!

📲 O que aconteceu? A voz do outro lado da linha pergunta.

📲 Não pergunte nada, apenas venha.

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Ricardo chegou vinte minutos depois, um homem leal e de confiança, o único que Guilherme confiava cegamente.

Ele olhou para a menina no sofá e para Guilherme, que parecia mais tenso do que nunca.

- Ricardo, esta é Helena. Ela precisa de nossa ajuda, disse Guilherme.

- A mãe dela, é uma jornalista investigativa, ela desapareceu. Aparentemente, ela estava investigando algo grande, e agora a Helena está sendo perseguida.

Ricardo, um ex-policial que se tornou especialista em segurança privada, se agachou para ficar na altura de Helena.

- Onde está o homem agora, Helena?

- Ele me perdeu! ela disse, com um sorriso levemente vitorioso.

- Mas ele vai me encontrar de novo. Ele sempre encontra. A gente tem que ser mais espertos que eles.

Guilherme e Ricardo se entreolharam.

A garota era um gênio. Eles sabiam que essa não seria uma missão fácil.

Eles teriam que usar todos os seus recursos para protegê-la e, ao mesmo tempo, descobrir o que aconteceu com Júlia.

Eles estavam agora, oficialmente, no meio de uma guerra que não era deles, mas que se tornou sua responsabilidade.

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A primeira decisão foi a mais difícil: onde esconder Helena? A cobertura de Guilherme, por mais segura que fosse, poderia ser um alvo.

Eles sabiam que os vilões de Júlia não eram amadores. Eles precisavam de um lugar mais discreto e protegido, longe de qualquer radar.

Ricardo sugeriu uma de suas propriedades rurais, a cerca de duas horas da cidade.

- É um lugar isolado. Ninguém sabe que eu sou o dono, está no nome de uma empresa de fachada. É a única chance que temos de mantê-la segura, por enquanto.

Guilherme concordou.

A segurança de Helena era a prioridade.

Eles partiram na madrugada, com Guilherme dirigindo um carro discreto, e Ricardo os seguindo em outro.

Helena, exausta, dormiu no banco de trás.

Durante o trajeto, Guilherme pensava em todas as implicações.

Ele, um CEO bilionário, estava arriscando sua reputação e sua segurança para ajudar uma criança que mal conhecia.

Mas havia algo em Helena, em sua coragem e inteligência, que o impedia de desistir. Ela o fez se sentir vivo de novo, com um propósito além do dinheiro.

Chegando à propriedade, uma casa de campo charmosa e robusta, eles se instalaram.

A casa tinha alarmes silenciosos, câmeras de segurança e um bunker subterrâneo. Era uma fortaleza.

No dia seguinte, a investigação começou para valer.

Guilherme usou seus contatos para descobrir o máximo possível sobre Júlia. Ele descobriu que ela era uma jornalista premiada, conhecida por desvendar escândalos e expor a corrupção.

A última matéria dela, no entanto, havia sido arquivada e apagada do sistema de notícias. Um sinal claro de que ela estava se aproximando demais do poder.

Ricardo, por sua vez, usou suas habilidades de ex-policial para rastrear o homem de terno. Ele verificou as câmeras de segurança do prédio de Guilherme e de outras ruas próximas.

Ele conseguiu uma imagem clara do rosto do homem e, com a ajuda de seus contatos antigos, descobriu que ele era um ex-agente de uma força-tarefa especial, expulso por má conduta.

Seu nome era Marcos.

Guilherme e Ricardo sentaram-se na sala, olhando para a foto de Marcos no laptop.

- Ele não é um criminoso comum, disse Ricardo.

- É treinado, perigoso. Ele está aqui para uma coisa só: encontrar a garota. E se a gente está no meio disso, é porque eles já nos notaram!!

A missão agora era dupla: proteger Helena e, ao mesmo tempo, encontrar Júlia.

Eles estavam na mira de criminosos que não temiam a lei. Era um jogo perigoso de gato e rato, e o destino de duas vidas dependia do próximo movimento.

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