Tetsuya ficou imóvel por um segundo, como se o pedido de Renji tivesse arrancado o chão sob seus pés. Os olhos dele, antes carregados de contenção, agora ardiam com algo impossível de disfarçar. A respiração se aprofundou, o ar entre eles ficando denso, quase palpável.
— Você... não sabe o que está pedindo. — murmurou, mas a voz soava mais grave, como se lutasse contra um instinto que já o dominava.
Renji não recuou. Ao contrário, segurou o colarinho da camisa de Tetsuya, puxando-o com força, encurtando qualquer distância. O alfa resistiu por um instante, o suficiente para que a tensão se tornasse quase dolorosa, até que cedeu. O cheiro dos feromônios o consumia.
O beijo veio como um impacto — não havia nada de hesitante ali. Os lábios se encontraram com urgência, como se cada segundo sem aquilo tivesse sido uma espera insuportável. Tetsuya o segurou pela nuca, aprofundando o contato, e a mão livre deslizou pela linha das costas de Renji, sentindo o calor febril que queimava sua pele.
Renji arfou contra a boca dele, mas não o afastou. Ao contrário, se colou ainda mais, prendendo o corpo de Tetsuya contra o seu. Era como se o beijo fosse uma batalha silenciosa: de um lado, a fome crua; do outro, a necessidade desesperada de se provar no controle.
O gosto era intenso — misto de febre, desejo e algo que só poderia ser Tetsuya. Os dedos de Renji se enroscaram nos cabelos dele, puxando levemente, arrancando um baixo grunhido que vibrou entre eles. O alfa, como resposta, pressionou-o contra a parede fria do banheiro, deixando-o sentir o peso e a firmeza de sua presença.
A mão de Tetsuya seguiu até a barriga de Renji, descendo até seu membro enquanto ele se arrepiava. Seu pau já estava latejando e pingando. Tetsuya começou tocá-lo, com movimentos com a mão para cima e para baixo em todo o comprimento do membro de Renji, que começou a desbotoar a calça de Tetsuya, que tirou suas mãos e as pressionou contra a parede.
— Não, Só você vai gozar hoje, Renji...
O mundo ao redor desapareceu. Só havia o som acelerado das respirações, o roçar urgente dos lábios e o calor que parecia devorar qualquer raciocínio. Tetsuya interrompeu o beijo apenas por um instante, a testa colada à de Renji, respirando de forma descompassada enquanto ainda o tocava em seu membro.
— Não me pede pra parar agora. — disse baixo, quase suplicando.
Renji sorriu, um sorriso breve, cansado, mas provocador.
— Eu não ia...
Tetsuya voltou a beijá-lo, dessa vez mais lento, profundo, como se quisesse memorizar cada segundo. O toque não tinha mais pressa, mas carregava um peso que deixava claro: aquilo não era só instinto. Era algo que, mesmo reprimido, sempre esteve ali. Percorreu o beijo até seu pescoço e seus dedos desceram até penetrá-lo. Fazendo Renji dar um leve gemido, soltando suas mãos e envolvendo em volta do pescoço de Tetsuya.
— Está tão molhado... Está sentindo, Renji...? Meus dedos dentro de você? —"Preciso me controlar...! Eu quero fazê-lo meu..." Tetsuya não poderia seguir dali, senão, pelo calor do momento, poderia acabar marcando Renji.
— Caralho... Eu acho que vou gozar... Haah...
Tetsuya seguiu o beijo mais intenso enquanto seus dedos pressionavam o seu interior. Renji o agarrou com mais força, a ponto que seus dedos escorregaram e arranharam o pescoço dele.
Quando finalmente chegou ao apse, eles se afastaram, o ar parecia rarefeito. Renji ainda estava encostado à parede, o peito subindo e descendo rápido, enquanto Tetsuya mantinha as mãos firmes em seus ombros, como se garantir que ele não fosse cair.
— Parece que seu cio acalmou...— sussurrou o alfa, o olhar fixo nos olhos dele.— Eu disse que não sou como os outros.
Renji não respondeu. Mas, pelo brilho intenso em suas pupilas, Tetsuya sabia que ele tinha acreditado.
— Droga... Eu só quero me deitar agora...
continua....
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Atualizado até capítulo 22
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