Capítulo 2

A sociedade é dividida em três categorias: Alfas, Ômegas e Betas.

Cada um ocupa seu lugar numa pirâmide social quase imperial, onde os mais fortes governam e os mais fracos obedecem.

Alfas

No topo dessa pirâmide estão os Alfas — líderes natos, dominantes, e quase sempre privilegiados. Muitos são milionários ou bem-sucedidos em alguma área; nascer Alfa é, para a maioria, nascer campeão.

Eles mantêm a ordem, seja pela força, pelo carisma ou pela influência.

Sua marca é a presença avassaladora e os feromônios potentes, que lhes garantem liderança e poder reprodutivo.

Todos os Alfas são férteis e podem engravidar qualquer Ômega ou mulher, independentemente do gênero desta.

Embora nem todos passem por isso, alguns enfrentam o cio: um período raro, mas extremamente perigoso e fértil. Durante o sexo, o corpo do Alfa pode provocar o chamado nó — um inchaço na base do membro que “amarra” os dois parceiros até que o corpo decida que a fecundação foi garantida. O processo é intenso e doloroso para ambos, mas também profundamente instintivo.

Ômegas

Minoria absoluta, especialmente os homens, os Ômegas são diretamente ligados à reprodução.

Todos possuem útero, independentemente do sexo biológico, e podem engravidar dentro ou fora do cio (embora o risco seja muito maior nesse período).

O cio costuma surgir entre os 14 e os 25 anos e desperta um desejo quase incontrolável por um Alfa, único capaz de satisfazer essa necessidade instintiva.

Por sua raridade e papel biológico, os Ômegas são frequentemente vistos como parceiros “destinados” a pertencer a um Alfa.

Betas

Os Betas representam a maior parte da população e, em termos biológicos, são humanos comuns.

Eles não têm cio, não produzem feromônios potentes, e os homens não possuem útero.

Estão abaixo de Alfas e Ômegas na hierarquia social, e entre eles não existe vínculo ou nó.

Vínculos e Supressores

Quando um Alfa e um Ômega se unem — seja pelo corpo, pela mente ou por ambos — podem criar um vínculo.

Ele se forma quando o Alfa marca o Ômega com uma mordida profunda no pescoço durante o sexo. Essa marca é eterna e não pode ser desfeita.

Nem sempre há consentimento: em períodos de cio, o controle pode desaparecer, e uma marca pode ser deixada no calor do momento.

Para evitar essas situações, existem os supressores — medicamentos tomados mensalmente por Alfas e Ômegas para controlar o cio e prevenir gravidezes indesejadas.

 “O dever de um Ômega é pertencer a um Alfa. O dever de um Alfa é ter para si um Ômega.”

_______________________

Toda semana era daquele jeito para Renji, ele encontrava um Alfa de sua preferencia para se satisfazer, o fazia e na semana seguinte procurava por outro. Dessa forma sem se apegar e sem se vincular com ninguém.

"Nunca será meu sonho pertencer a um alfa" Esse pensamento ecoava na mente dele vez após vez que ele se deitava com alguém.

Passando quase uma semana ele encontrou aquele rapaz no bar ,ele foi chamado na escola onde sua filha estudava a Hanna a diretoria ligou dizendo ela via espancado três meninas que tentaram seu cabelo fora simplesmente a escola chamou não para alertar a situação mas sim para comprá-lo da resposta dela a situação .

Assim que entrou na escola ele foi direcionado até a diretoria onde estava a sua filha com um olho roxo e as três meninas com o rosto todo ensanguentado então na cadeira de frente para ela junto com os pais das meninas diretora começou então explicar a situação :

— A sua filha quebrou a cadeira nas costas de uma delas e quando se virou pegou a outra começou a bater a cabeça na parede e assim que ela viu o sangue na cabeça da mesma Ela voltou para ir até a outra que tinha corrido pelo Pátio fugindo dela ela correu atrás dela e fez a mesma coisa com amenina..

— Mas elas tá vamos perturbando minha filha? Não estavam?

— Senhor Sato, violência nunca é a resposta, e se for pra ser uma reação que seja na mesma intensidade em que foi recebida. Hana fez por pura crueldade, o que me preocupa com o tipo de criação que ela possa estar tendo em casa. —Renji respirou fundo e continuou discutindo com a diretora.

— Minha filha não foi criada para apanhar na rua, se ela sentir que está sofrendo por algo ela tem que se defender.

Um pai das meninas então se levantou bruscamente e gritou com Renji, que já estava completamente sem paciência:

— Sua filha é uma sem noção igual a você! Como pode ensinar algo assim para uma menina! Ela quebrou o nariz da minha filha!

Renji apenas o observou falando, respirou, pegou a mochila de Hana e a chamou, se retirando da secretária mesmo os outros o chamando de volta para dentro.

O som do motor do carro era quase um alívio para Renji. Ele sempre preferia dirigir a pegar transporte público — não que fosse luxuoso, mas era uma barreira física entre ele e o resto do mundo.

Hana estava no banco de trás, as perninhas balançando, o olhar perdido na janela enquanto mastigava um chiclete.

— Hana… — Renji chamou, sem tirar os olhos da rua estreita e mal iluminada. — Eu tô pensando em mudar você de escola.

A menina parou de balançar as pernas.

— Por quê? Eu gosto da minha.

Ele respirou fundo.

— Eu sei… mas lá tem muita gente que… não é boa companhia. Quero um lugar melhor pra você.

— “Melhor” significa mais longe? — ela perguntou, franzindo o nariz.

Renji quase sorriu. A sagacidade dela lembrava a dele mesmo quando era criança.

— Talvez um pouco. Mas vai valer a pena. — Olhou pelo retrovisor, encarando-a de relance. — E vai ter biblioteca grande. Você não vive reclamando que lá só tem livro velho?

— Se tiver biblioteca, eu penso — ela respondeu, fingindo indiferença, mas escondendo um sorriso.

Renji suspirou e, para quebrar o peso da conversa, mudou de assunto:

— Tá com fome?

— Sempre.

Minutos depois, estacionaram perto de uma lanchonete 24h, uma dessas que nunca fecha e sempre cheira a óleo quente e café fresco.

Renji empurrou a porta, o sino tilintou, e um aroma familiar de fritura misturado com pão recém-tostado envolveu os dois.

Eles se sentaram numa mesa no canto, Hana já folheando o cardápio como se estivesse negociando um contrato importante.

Renji apenas encostou na cadeira, analisando o lugar com o olhar automático de quem sempre mede riscos.

Foi então que um garçom apareceu. Alto, postura impecável, camisa social preta ajustada ao corpo. Ele trazia uma bandeja equilibrada numa das mãos como se fosse extensão do próprio braço.

Quando o olhar dele pousou em Renji, algo mudou. Os olhos escuros se estreitaram num misto de surpresa e… interesse?

— Boa noite… — disse o garçom, a voz grave, polida. — Acho que já nos vimos antes.

Renji ergueu o olhar, analisando o rosto dele. Nada. Nenhuma lembrança clara.

— Será? Não me lembro.

Um canto da boca do garçom se curvou num sorriso mínimo, quase provocador.

— Tenho boa memória para rostos, Sato-san.

O “Sato-san” fez Renji arquear uma sobrancelha. Pouca gente se dava ao trabalho de usar formalidade com ele, especialmente um estranho.

— Então sua memória deve estar te pregando peças — respondeu, seco, desviando o olhar para o cardápio.

O garçom não insistiu, mas permaneceu mais um segundo do que o necessário.

— Meu nome é Tetsuya Mori. Vou cuidar da mesa de vocês esta noite.

Quando ele se afastou, Hana inclinou-se na mesa.

— Ele te conhece, papai?

— Ou pensa que conhece — disse Renji, sem tirar os olhos do cardápio. Mas no fundo, algo nele sabia: aquele tipo de olhar não era de quem “pensa”. Era de quem tem certeza.

Tetsuya voltou minutos depois com dois copos d’água. Colocou o de Hana com cuidado, o de Renji um pouco mais próximo do seu braço do que o necessário.

— Já decidiram o pedido?

Renji respondeu sem olhar muito para ele:

— Hambúrguer simples pra ela, sem molho. Pra mim, o mesmo, com molho extra.

Tetsuya anotou. A caneta deslizou no bloquinho, mas o olhar continuava preso nele, como se estivesse mapeando cada detalhe — da tatuagem que aparecia no pulso de Renji até a forma como ele mexia os dedos sobre a mesa.

— Entendido, Sato-san. — E saiu, mais uma vez com aquela postura controlada de quem sabe exatamente como ocupa o espaço.

Renji bebeu um gole d’água, disfarçando o incômodo. Hana, claro, não deixou passar.

— Ele não para de olhar pra você.

— Você repara demais — retrucou Renji, sem graça.

— Você que não repara o suficiente — ela disse, voltando pro suco como se não tivesse acabado de jogar uma bomba.

Enquanto esperavam, Renji se forçou a focar no ambiente: o ruído de talheres batendo, o cheiro de pão tostado, uma música baixa vinda de um rádio velho. Mas cada vez que Tetsuya passava, mesmo sem falar nada, ele sentia aquela presença — como se o alfa ocupasse o ar ao redor.

Quando a comida chegou, Tetsuya inclinou-se ligeiramente sobre a mesa.

— Espero que gostem. — O tom era educado, mas carregava algo… denso. Algo que não pertencia a um simples “bom atendimento”.

Renji apenas assentiu. Hana agradeceu sorridente.

Ele tentou comer normalmente, mas era impossível ignorar que, no balcão, Tetsuya encontrava desculpas para olhar na direção deles. Não era o tipo de olhar de ameaça, nem de curiosidade banal. Era como se o alfa soubesse algo que Renji não sabia — ou lembrasse de algo que ele havia esquecido.

Quando terminaram, Renji levantou-se e levou Hana até a porta. Antes que ele pudesse sair, a voz baixa de Tetsuya soou atrás dele:

— A gente vai se ver de novo.

Renji se virou devagar. O garçom estava a poucos passos, ombros relaxados, mas o olhar… o olhar era de quem não faz promessas vazias.

— Não conte com isso — disse Renji, mas sabia que, de alguma forma, já estava contando.

continua....

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