O desconhecido

Na chegada no Hospital Alvorada sou informada na recepção que Tom foi transferido para o quarto, sigo para o quarto pensando na falta que ele me fez quero abraçá-lo tão forte e não deixá-lo escapar nunca mais da minha proteção.

A enfermeira Mady acompanha-me nos corredores do hospital, ela abre a porta do quarto vejo Tom que está com os olhos abertos, vou ao seu encontro e o abraço agora com lágrimas de alegria.

Mady se aproxima de mim dizendo em voz baixa:

- A sua memória foi afetada, quando acordou perguntou o que fazia— Quem e não respondeu quando o chamamos Tom Choper.

Ele me olha o seu olhar está confuso, tirando a sua mão junto a minha, tenta falar algumas palavras e finalmente consegui:

-Quem é você? Ele diz com um olhar perdido.

-Sou sua esposa Aretha, você não me reconhece Tom?

— Quem é Tom? Ele diz me olhando nos olhos.

— Você! Você é o Tom meu amor! Sou eu Aretha sua esposa,estou tão feliz que você acordou.

— Não tenho esposa. Diz seriamente.

-Que? É claro que tem, sou eu Aretha. Chego perto da enfermeira Mady e digo em voz baixa:

— Ele perdeu a memória é isso que você quer dizer Mady?

Ela me olha um pouco desapontada:

— Paciente com traumas graves pode acarretar perda total o parcial da memória e Tom Choper permaneceu morte por alguns minutos agravando a situação do seu cérebro. Temos que lhe dar o tempo para que ele possa se recuperar.

Seguro nas suas mãos dizendo:

-Vai ficar tudo bem amor, vamos recomeçar tudo de novo, eu te amo, não sabe o quanto eu senti a sua falta Tom.

Ele novamente tira a sua mão da minha dizendo:

— Esse, esse não é o meu nome. Diz tentando puxar o ar dos pulmões.

— É sim, Tom você vai melhorar prometo que vou-te ajudar meu amor.

Mady avisa:

— O horário de visita acabou agora que o paciente está no quarto poderá vir diariamente visitá-lo até a sua alta.

Seguro nas suas mãos para me despedir ele solta-a novamente me fazendo sentir uma desconhecida para ele.

Saio do quarto acreditando que tudo será como antes que ele vai recuperar a memória e voltaremos viver as nossas vidas junto.

Lembro do seu olhar naquele quarto não era o seu olhar faltava algo que não conhecia mais Tom realmente parece um desconhecido.

As noites sem o Tom em casa ficarem ainda mais frias e silenciosas, o sofá da sala preto ficou grande sem a presença dele e agora é minha cama.

Ligo para a família de Tom contando a boa notícia de sua recuperação, seus pais Lori Choper e James Choper são advogados em Denver, sua irmã Susan estuda Veterinária na Universidade em Oslo.

Na manhã seguinte o alarme do celular toca em vão não consegui dormir pensamentos e sentimentos tomam a minha mente, seu olhar sem sentimento para mim ficou tão notável, que realmente parece que ele não me conhece.

Ligo para Brenda avisando que estarei na loja a tarde, envio o e-mail para o fornecedor de argila para a confecção de vasos.

Depois da formatura decidimos virar sócias de um sonho que transbordava dentro de nós, "fazer o que ama" e "viver da arte".

E assim surgiu o "Atelier Life" trabalhamos com quadros, esculturas, vasos e roupas feita na sua grande maioria por nós mesmas com vendas físicas e online.

Chegando no hospital dirijo-me a recepção que me autoriza a ir no quarto onde Tom está, passando pelos corredores cinto meus batimentos acelerarem estou ansiosa para vê-lo, abro a porta branca e lá está ele deitado, aproximo-me parece dormir, passo a mão nos seus cabelos e lhe dou um beijo na sua boca.

Ele acorda o seu olhar e o mesmo do dia anterior parece não entender o que estou fazendo naquele lugar com ele:

— Tom, você conseguiu se lembrar de mim? Digo com esperança de ouvir um sim.

— Não, não sou Tom. Diz ríspido.

Notei que sua voz estava melhor que ontem mas o comportamento é o mesmo:

-Eu quero ir embora daqui, eu preciso ver ela, preciso ver ela. Diz ele nervoso.

— Ver quem Tom? Falo um pouco mais alto que o habitual.

- O meu nome não é Tom, o meu nome é..é. Seus olhos se fecham.

Ele adormece deixando sem entender aquela conversa, a enfermeira Mady entra no quarto neste momento:

-Pensei que viria a tarde. Perguntou ela.

— Decidir vir mais cedo hoje.

— O paciente Tom está tendo melhoras significativas a cada dia. É realmente impressionante. Diz ela sorrindo.

— Ele ainda não se lembra de mim. Digo desapontada.

— Pode levar dias, meses ou até anos para a sua total melhora, vai depender muito da gravidade do trauma.

— Tenho que ir. Obrigado Mady.

— Quem é Elisa? Perguntou desconfiada.

— Elisa? Fico sem entender a pergunta.

— Algum parente ou amiga do Tom? Mady instiga.

— Não, não conheço nenhuma Elisa. Digo ainda sem entender.

— Essa noite ele ficava repetindo esse nome o seu corpo estava agitado, tivemos que aplicar um tranquilizante na sua veia por isso está sonolento.

-Qualquer novidade me informa, tenho que ir agora Mady. Respondo indo em direção a porta.

Elisa quem é Elisa porque Tom chamou esse nome? Tom nunca havia mensionado esse nome, não lembrou o meu nome? Não lembrou de mim.

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Comments

Quản trị viên

Quản trị viên

Envolvente demais.

2025-08-06

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