A Volta de Adam
Caminhando por uma floresta sinto medo e grito por socorro, parece não haver ninguém que me ouça.
Andando percebo que as árvores parecem todas iguais, desespero-me correndo até ver um pequeno banco branco, aproximo-me e lá está um rapaz que está admirando aquelas árvores grandes e pequenas. Ele olha para mim e sorrindo estente a sua mão direita, não entendo aquele gesto mas o toco vejo uma luz brilhando saindo do seu corpo e não consigo soltar a sua mão.
Acordo com o celular tocando que sonho estranho, minha mão direita ainda está quente, procuro o celular que está no chão com alguns recibos de venda do trabalho.
Olho para lado e não vejo Tom, ele já saiu, tem sido assim nos últimos dias antes de muito trabalho na loja.
O som do vento trazendo as folhas que batem na janela anuncia a chuva que está prestes a cair, neste momento a minha pele se arrepia.
E com um bocejo atendo a ligação:
— Alô?
— Senhora Foster? Uma voz feminina responde.
— Sim, quem está falando?
— Sou a enfermeira Mady do Hospital Alvorada, a senhora é a esposa de Tom Foster? Se sim, precisa comparecer com urgência no hospital.
— O que aconteceu com ele? Me diz?
O que aconteceu com ele? Digo preocupada com a sua fala.
-Estamos aguardando a sua chegada. Diz querendo encerrar a ligação.
-O que aconteceu? (Grito)
Ela desliga me deixando desesperada pensando que o pior aconteceu.
Lágrimas começam a descer do meu olho corro para o banheiro, lavo o rosto, escovo os dentes, volto para o quarto vestindo calça jens e sueter preto e o sapato branco que está do lado do guarda-roupa.
Desço as escadas e pegando as chaves do meu carro um Toyota Corolla preto, tento respirar fundo mas minhas mãos estão tremendo volante me impedindo de dirigir.
Saio do carro, corro para a avenida mais próxima fazendo o sinal com as mãos táxis passam e não param, a chuva começa a cair, duas gotas se misturam com o meu corpo e as minhas lágrimas.
Passo alguns minutos assim até um taxi parar. Sigo molhada, com frio e com medo, muito medo.
Chegando no hospital me dirijo ao balcão de informações, uma senhora pega o telefone e faz uma ligação para o outro setor me pedindo para esperar.
Após alguns minutos uma senhora branca, de estatura baixa, cabelos grisalhos e com um jaleco branco vêm em minha direção:
— Sou Mady a enfermeira chefe desse hospital acompanhe-me até a minha sala por favor senhora.
— Onde está o Tom? Eu quero ver ele?
— Onde está ele? (grito)
— Vamos até a minha sala conversar. Ela parece estar um pouco abalada com a minha reação.
Entramos em uma sala pequena com apenas uma mesa, há papeis de prontuários dos pacientes pendurados na parede, duas cadeiras nos acomoda e uma pequena garrafa de café em cima do balcão.
Ela me pede para sentar:
— O paciente Tom Choper sofreu um acidente, ele sofreu uma contusão miocardica que é a lesão no músculo cardíaco, e várias lesões no corpo,está passando por cirurgia.
Suas chances de sobreviver são remotas.
Agora percebo que seus olhos também estão tristes em ter que dar essa notícia:
-Ele morreu? Ele vai morrer é isso que está me dizendo? Meu tom de voz aumenta com o meu choro.
— Está em cirurgia. Ela volta a dizer.
— Eu quero ver ele. Digo tentando sair daquela sala.
— Não pode! Preciso que aguarde na recepção informaremos quando a cirurgia terminar. Diz colocando a mão no meu ombro.
Nessa hora uma outra enfermeira entra na sala pedindo para Mady comparecer na sala de cirurgia, elas correm, me deixando ali sentada sem entender a real situação do Tom.
Passaram-se alguns minutos que mais pareciam horas, permaneci sentada com lágrimas caindo no meu rosto.
Depois de algum tempo Mady entra na sala e ficando surpresa ao ver-me lá ainda sentada esperando, o seu semblante agora é ainda mais triste:
— Sinto muito. Diz sem olhar nos meus olhos.
— Não, ele não, não. (grito)
— Ele está morto. Ela confirma a sua morte.
Caio no chão chorando, gritando a outra enfermeira entra na sala e fala algo no ouvido de Mady que fica arregala os olhos.
Ela pede para a enfermeira me trazer um copo de água, enquanto sai novamente.
A enfermeira trouxe água ela me colocando sentada e assim consigo beber um pouco da água.
Ela permanece ali sentada comigo, a sala está em silêncio, passaram se alguns minutos até Mady entrar novamente com um homem de cabelos pretos, olhos verdes, também está de jaleco e com expressão incrédula, ele se aproxima de mim dizendo:
— Como vou-te explicar isso?
Sou o cirurgião geral, o paciente Tom Choper foi declarado morto às 9:43 fizermos a reanimação por cinco (minutos) 9:49 o paciente apresentou pulsação.
— O que isso significa? Digo sem entender.
— Ele voltou! Está entubado, mas têm frequência cardíaca.
Posso dizer que isso é quase impossível de acontecer.
Nesta hora fiquei sem palavras Tom voltou para mim, não morreu ele voltou e vai sair dessa situação.
Esses pensamentos positivos invadiram a minha mente.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 30
Comments