segundo capítulo: A mulher na poltrona

Luna ainda sentia o eco daquelas palavras no fundo do peito:

"Meu nome é Enzo DeLuca."

Ela já tinha ouvido esse sobrenome. Era impossível não ouvir, mesmo para alguém que evitava as manchetes. A família DeLuca era como um mito moderno — envolta em negócios escuros, cercada por rumores e protegida por um poder invisível que ninguém ousava desafiar. E agora… ela estava no meio disso. Respirando o mesmo ar. Contratada. Morando ali.

Enzo a observava com atenção, como se pudesse ler seus pensamentos apenas pelo modo como ela piscava.

— Espero discrição, senhorita Santoro. Minha mãe é uma mulher frágil, mas com olhos muito atentos. Se você tiver segundas intenções… não vai durar nem dois dias aqui.

Luna engoliu em seco.

— Eu só preciso de um emprego. E respeito a dor dos outros.

— Veremos — ele disse, e então fez um gesto leve com a mão. — Assunta vai levá-la até ela.

A governanta reapareceu com a mesma expressão inalterada. Luna a seguiu pelos corredores em silêncio, até chegarem a uma sala iluminada por janelas altas, com cortinas esvoaçando ao sabor da brisa. O ambiente era mais acolhedor do que o restante da mansão — quadros florais nas paredes, poltronas macias, um aroma suave de lavanda no ar.

Ali, sentada junto à janela, estava uma mulher de cabelos totalmente brancos, presos em um coque delicado. Usava um xale cinza sobre os ombros e segurava um livro aberto no colo, embora seus olhos estivessem voltados para o jardim do lado de fora. Ela não se virou quando Assunta falou:

— Senhora Eleonora, esta é Luna. Ela veio cuidar da senhora.

A mulher piscou devagar, como se acordasse de um sonho distante.

— Finalmente. — Sua voz era baixa, mas firme. — Tive que ameaçar meu próprio filho para que me deixasse contratar alguém.

Luna sorriu, meio sem jeito, e deu dois passos à frente.

— É um prazer conhecê-la, dona Eleonora.

A senhora virou o rosto com calma. Seus olhos eram incrivelmente azuis, da mesma tonalidade gélida dos olhos de Enzo — mas neles havia doçura e dor, não frieza.

— Não me chame de “dona”. Isso me faz sentir um móvel antigo. Apenas Eleonora, por favor.

Luna riu.

— Combinado.

Os primeiros dias passaram de forma silenciosa, quase solene. Luna aprendeu rápido que naquela casa nada era dito diretamente. Havia segredos nos olhares dos seguranças, nos telefonemas de madrugada, nas visitas que nunca entravam pela porta da frente. Mas o maior mistério de todos era Enzo.

Ele parecia surgir e desaparecer pelos corredores como uma sombra elegante. Sempre impecável, sempre calado. A única vez que a olhou por mais de dois segundos foi durante o jantar do segundo dia, quando Luna ajudava Eleonora a cortar a carne.

— Você cozinha? — ele perguntou, repentinamente.

— Sim… nada chique, mas sei o básico. Por quê?

Ele deu de ombros.

— Vamos precisar de alguém assim em breve.

E saiu.

Sem explicações, sem contexto.

Luna olhou para Eleonora, que apenas sorriu, como se soubesse de algo que ninguém mais sabia.

— Meu filho é muito mais complicado do que parece — disse, pegando outra garfada. — E se ele está prestando atenção em você, minha querida… significa que alguma coisa já começou a mudar.

Luna franziu o cenho.

Ela mal tinha começado o trabalho. E já sentia que estava afundando num mar de coisas não ditas.

E talvez… num tipo de destino que ela nunca imaginou encontrar.

💬 Ei, leitor(a) querido(a)!

Se você chegou até aqui, já faz parte do meu coração e do universo dessa história. 🥹✨

Essa é a primeira vez que estou escrevendo algo assim, então cada comentário, sugestão ou reação sua significa o mundo pra mim! 🌍💖

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– O que você achou do capítulo?

– Alguma cena te deixou curiosa?

– Qual personagem já ganhou seu coração? 💘

Mesmo se for só um “Amei!” ou um emoji, já vai deixar meu dia mais feliz. 🥰

Vamos viver essa história juntinhos? Deixa seu comentário aqui! 💌

Capítulos
1 apresentação dos personagens
2 primeiro capítulo: o anúncio
3 segundo capítulo: A mulher na poltrona
4 terceiro capítulo: portas que não deveriam abrir
5 quarto capítulo: O quarto de rosas
6 Capítulo 5 – O Convidado de Terno Azul
7 Capítulo 6 – As Frestas da Armadura
8 Capítulo 7 – Um Pouco Mais Perto
9 Capítulo 8 – O Estalo na Escuridão
10 Capítulo 7 – O Início da Tempestade
11 Capítulo 8 – Cicatrizes Silenciosas
12 Capítulo 9 – O Cofre Invisível
13 Capítulo 10 – Verdades Entre Quatro Paredes
14 o que achou dos capítulos??
15 Capítulo 11 – Chegadas Inesperadas
16 Capítulo 12 – A Janela Aberta
17 Recado da Autora
18 Capítulo 14 – Tudo o Que Tentei Esconder
19 Capítulo 15 – Silêncio Que Abraça
20 Capítulo 16 – Sinais do Inimigo
21 Capítulo 17 – O Som do Perigo
22 Capítulo 18 – Peças em Movimento
23 Capítulo 19 – Laços que Queimam em Silêncio
24 Capítulo 20 – O Dia em que o Silêncio Gritou
25 Capítulo 21 – Quando a Noite Sangra Silêncio
26 Capítulo 22 – A Noite Que Mudou Tudo
27 Capítulo 23 – Um Pedido Que Não Sabia Como Fazer
28 Capítulo 24 – O Lado Sombrio do Amor
29 Capítulo 26 – Irmãos em Silêncio
30 Capítulo 27 – Verdades à Meia-Noite
31 Capítulo 28 – Entre Verdades e
32 Capítulo 29 – Quando o Silêncio Grita
33 Capítulo 30 – Segredos de sangue
34 Capítulo — Entre risos e segredos
35 entre o amor e a Sombra
36 Capítulo — Sussurros nas Sombras
Capítulos

Atualizado até capítulo 36

1
apresentação dos personagens
2
primeiro capítulo: o anúncio
3
segundo capítulo: A mulher na poltrona
4
terceiro capítulo: portas que não deveriam abrir
5
quarto capítulo: O quarto de rosas
6
Capítulo 5 – O Convidado de Terno Azul
7
Capítulo 6 – As Frestas da Armadura
8
Capítulo 7 – Um Pouco Mais Perto
9
Capítulo 8 – O Estalo na Escuridão
10
Capítulo 7 – O Início da Tempestade
11
Capítulo 8 – Cicatrizes Silenciosas
12
Capítulo 9 – O Cofre Invisível
13
Capítulo 10 – Verdades Entre Quatro Paredes
14
o que achou dos capítulos??
15
Capítulo 11 – Chegadas Inesperadas
16
Capítulo 12 – A Janela Aberta
17
Recado da Autora
18
Capítulo 14 – Tudo o Que Tentei Esconder
19
Capítulo 15 – Silêncio Que Abraça
20
Capítulo 16 – Sinais do Inimigo
21
Capítulo 17 – O Som do Perigo
22
Capítulo 18 – Peças em Movimento
23
Capítulo 19 – Laços que Queimam em Silêncio
24
Capítulo 20 – O Dia em que o Silêncio Gritou
25
Capítulo 21 – Quando a Noite Sangra Silêncio
26
Capítulo 22 – A Noite Que Mudou Tudo
27
Capítulo 23 – Um Pedido Que Não Sabia Como Fazer
28
Capítulo 24 – O Lado Sombrio do Amor
29
Capítulo 26 – Irmãos em Silêncio
30
Capítulo 27 – Verdades à Meia-Noite
31
Capítulo 28 – Entre Verdades e
32
Capítulo 29 – Quando o Silêncio Grita
33
Capítulo 30 – Segredos de sangue
34
Capítulo — Entre risos e segredos
35
entre o amor e a Sombra
36
Capítulo — Sussurros nas Sombras

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