O expediente tinha acabado mais tarde que o normal. As nuvens já estavam carregadas quando Moya desceu o elevador, os braços cruzados por causa do vento gelado. Akira a esperava do lado de fora, encostado em seu carro preto importado, segurando um guarda-chuva e com aquele olhar sério de sempre.
Akira Yamada
— Entra logo antes que comece o dilúvio
— ele disse, abrindo a porta do carona pra ela.
Moya
— Que cavalheiro
— Moya respondeu, entrando no carro com um sorriso de canto.
Moya
— Vai me levar pra casa ou me sequestrar?
Akira Yamada
— Talvez os dois.
O trajeto começou tranquilo. No carro, o silêncio entre eles era denso, cortado apenas pelo som suave da música no rádio e os olhares rápidos que trocavam. A tensão ali não precisava de palavras. Estava no ar, no jeito que ele segurava o volante com força, no jeito que ela cruzava as pernas devagar só pra provocar.
Mas então a chuva caiu.
E não foi qualquer chuva.
Foi um temporal.
Relâmpagos iluminavam o céu e a água batia contra os vidros com violência. A estrada começou a alagar, e Akira teve que encostar o carro num refúgio à beira da via, desligando o motor.
Akira Yamada
— Ótimo.
— ele resmungou.
Akira Yamada
— Vamos ter que esperar.
Moya
— Presos aqui, sozinhos, sem nada pra fazer...
— Moya disse, se virando pra ele com um olhar malicioso.
Moya
— Que tragédia.
Akira a encarou de lado, tenso. A luz do trovão iluminava o rosto dele de forma dramática, e Moya mordeu o lábio. Ele era simplesmente irresistível naquele modo sério e contido… mas ela sabia que bastava um empurrão pra ele explodir.
Akira Yamada
— Moya…
— ele começou, com a voz rouca.
Moya
— Sim, chefe?
Akira Yamada
— Se você continuar me olhando assim… eu não vou conseguir me segurar.
Ela se aproximou, devagar, o rosto a centímetros do dele.
⚠️Hot⚠️
Moya
— E quem disse que eu quero que você se segure?
Foi o suficiente. Akira virou-se e a puxou pela nuca, colando seus lábios aos dela com urgência. O beijo foi molhado, quente, desesperado. A chuva do lado de fora fazia o carro tremer, mas nada ali dentro se comparava ao que acontecia entre os dois.
Moya subiu no colo dele sem hesitar, os joelhos apoiados de cada lado, os corpos colados. As mãos de Akira exploravam suas coxas por baixo da saia, enquanto os lábios dele desciam pelo pescoço dela com fome.
Akira Yamada
— Você me deixa louco...
— ele rosnou contra a pele dela.
Moya
— Então me enlouquece também.
As janelas do carro começaram a embaçar, o som da chuva se misturava aos suspiros abafados, aos toques apressados e à tensão finalmente explodindo entre eles. Era como se o mundo lá fora não existisse. Ali, no meio da tempestade, só existiam eles dois.
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