O salto de Moya ecoava com confiança pelos corredores da Yamada Corp. Naquela manhã, ela usava uma saia justa preta, batom vermelho e um sorrisinho atrevido. Sabia o poder que tinha — e sabia ainda mais quem estava observando tudo de dentro da sala de vidro no último andar.
Akira.
Ele estava lá em cima, de braços cruzados, observando-a descer com uma pasta na mão. Ela estava indo entregar uns documentos no setor de marketing. Simples. Rápido. Inofensivo. Mas o que ela não esperava era que um dos funcionários daquele setor fosse ousado o bastante pra tentar algo tão descarado.
Ao entregar os papéis, Moya virou-se de lado, e foi então que aconteceu.
Hiroshi
— Com licença.
— murmurou um tal de Hiroshi, um dos assistentes de coordenação, passando muito perto… e encostando claramente no quadril dela com a mão.
Um toque proposital. Lento. Atrevido.
Moya o encarou, surpresa — não porque estava chocada, mas porque sabia que isso teria consequências.
E teve.
Segundos depois, a voz grave ecoou pelo andar.
Akira Yamada
— Moya. Na minha sala. Agora.
Ela virou devagar e viu Akira parado na entrada do andar, as mangas da camisa arregaçadas, o olhar escuro, furioso. Todos os funcionários silenciaram imediatamente. O ar ficou denso. Ninguém ousava dizer nada.
Moya caminhou até ele com calma, provocante, mas por dentro… excitada com o que estava prestes a acontecer.
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Na sala do chefe...
A porta bateu. Akira estava com as mãos na cintura, andando de um lado pro outro como uma fera irritada.
Akira Yamada
— Ele encostou em você
— disse, com os dentes cerrados.
Moya
— Foi só um esbarrão
— ela respondeu, fingindo inocência.
Akira se aproximou em dois passos, colando seu corpo ao dela.
Akira Yamada
— Não brinque comigo, Moya. Eu vi. Vi a mão dele no meu lugar.
Ela mordeu o lábio, fingindo surpresa.
Moya
— Então esse lugar... já tem dono?
Akira agarrou a cintura dela com força e a prensou contra a parede.
Akira Yamada
— Tem. E eu não gosto de dividir o que é meu.
Moya soltou um suspiro leve, sentindo o calor do corpo dele colado ao seu.
Moya
— Vai me punir por deixar outro me tocar?
Ele rosnou baixo no ouvido dela.
Akira Yamada
— Vou marcar cada pedaço seu. Pra ninguém mais ousar sequer pensar em tentar.
E ele fez exatamente isso. A beijou com força, possessivo, intenso. As mãos dele percorriam seu corpo como se quisessem apagar o toque de qualquer outro homem. Como se quisessem deixar bem claro que Moya era dele — e de ninguém mais.
Ali, entre a raiva e o desejo, Moya entendeu algo: Akira podia ser o chefe, mas com ela… ele perdia o controle.
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