O dia seguinte à marcação começou mais quente que o normal — e não era só o clima. Era Theo, parado na frente do espelho do vestiário, levantando a camisa do uniforme devagar, deixando à mostra o que vestia por baixo.
A calcinha preta rendada subia firme pelas coxas, escondida sob o short. O sutiã combinava, envolvia o peitoral magro dele com tiras finas e provocantes. Ele se olhou por um segundo, depois mordeu o lábio.
— Aposto que o Leon vai surtar hoje…
A sala estava abafada. Leon entrou já suado, inquieto. O cheiro de Theo — seu cheiro, agora — estava mais forte. A marca o deixava sensível a tudo, e o cheiro doce e carregado de feromônios que Theo exalava depois de ser marcado parecia grudar nas narinas.
Theo estava deitado sobre a mesa, como se estivesse cansado, o short justo subindo um pouco a cada movimento. A camisa do uniforme colada no corpo. A gravata solta.
E os olhos dele… encontraram os de Leon com uma provocação silenciosa.
Ele estava usando algo por baixo. Leon sentia.
— Theo — rosnou ele baixo, já passando por trás da carteira dele. — O que você tá usando por baixo dessa roupa?
— Uniforme, ué — respondeu Theo com uma carinha inocente.
Leon se curvou sobre ele, colando a boca no ouvido do ômega:
— Se você estiver usando o que eu acho que está... eu te pego ainda hoje.
Theo engoliu em seco. Mas um sorriso safado surgiu.
— Então me pega, alfa.
Durante o intervalo, Theo desapareceu do refeitório.
Leon o seguiu sem nem pensar, os instintos no controle. O cheiro do ômega já o enlouquecia, e o vínculo da marca pulsava em sua pele como um chamado.
Theo estava entre os andares, no canto escuro da escada lateral do prédio. Ninguém passava por ali. E ele sabia disso.
Estava de costas, encostado na parede, e ao ver Leon, levantou a barra do short só o suficiente para revelar a renda preta da calcinha colada ao quadril estreito.
— Você é maluco — Leon rosnou, já caminhando rápido até ele.
— E você ama isso — Theo provocou, puxando Leon pela gravata.
Leon o beijou com força, colando os corpos, a língua invadindo a boca do ômega com fome. Suas mãos desceram rápidas, enfiando-se sob o short, sentindo a renda macia da lingerie.
— Você tá implorando pra ser fodido aqui mesmo, né?
— Quem disse que não tô?
Leon virou Theo de frente pra parede da escada, abaixando o short e a calcinha num só puxão. O ômega arfou alto, já sentindo a pulsação entre as pernas aumentar.
— Tá molhado — Leon rosnou. — Tá quente. Tá se abrindo pra mim como se estivesse em cio.
— Talvez eu esteja… — Theo sussurrou, trêmulo. — Desde ontem, depois da sua mordida, eu tô mais... sensível.
— Merda…
Leon o penetrou de uma vez, fundo, com os dentes cravados no ombro do ômega. Theo mordeu a mão pra não gritar, a cabeça jogada pra trás, os olhos virando.
O som dos corpos se chocando preenchia o corredor silencioso. Gemidos abafados, pele contra pele, e o cheiro dos dois se espalhando, denso, proibido, irresistível.
— Você é meu, Theo. Só meu. Vou te deixar tão marcado que ninguém mais vai ousar te olhar.
— Me marca de novo, Leon… me prende em você…
Leon gemeu alto, os movimentos ficando mais brutos, mais intensos, até que os dois chegaram juntos ao limite. Theo desabou nos braços dele, os joelhos fracos, a respiração curta.
Quando voltaram pra sala, Leon estava com a gravata torta, o cabelo bagunçado. Theo? Ainda com a calcinha por baixo — mas agora encharcada.
Helena olhou para Leon e franziu a testa.
— Você tá com a camisa suada… tudo bem?
Leon limpou o pescoço com a manga e riu sem humor.
— Provas. Tô estudando demais.
Ela assentiu.
Theo mordeu o lábio e piscou para o alfa escondido.
A guerra estava só começando.
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