No terraço da mansão, o sol da tarde batia forte enquanto Enzo girava lentamente o copo de uísque entre os dedos. O blazer estava jogado na poltrona e a expressão dele era pura insatisfação.
Giovane se aproximou com um charuto na mão e um sorriso preguiçoso no rosto.
— Tá com essa cara de enterro por quê, Enzo? — provocou.
— Porque eu tô indo pro meu próprio. — ele resmungou, encarando o horizonte. — Casar com uma caipira do interior... uma menina que eu vi quando era criança, cheia de trancinha e medo de passarinho. Não dá pra acreditar. Será que ela mudou?
Giovane soltou uma risadinha e deu uma tragada no charuto.
— Caipira? — balançou a cabeça. — Você devia rever seus conceitos, meu caro.
Passei no escritório do pai dela mais cedo... tinha um porta-retrato novo lá. Com a foto da sua noiva.
— E?
— E ela parecia uma motoqueira fantasma, não uma florzinha do campo.
Jaqueta de couro, olhar que mata, cabelo solto como fogo.
Se aquilo é interior, meu amigo… o inferno fica na roça.
Enzo arqueou uma sobrancelha, intrigado.
— Hum… Motoqueira fantasma?
— Do tipo que olha pra você e você confessa até o que não fez.
— Não tem nada a ver com a imagem que você tem na cabeça.
Enzo apertou o copo nas mãos, pensativo. A curiosidade estava começando a arder mais do que o desprezo.
— Interessante…
Giovane se aproximou, com aquele meio sorriso cínico de quem sabe mais do que fala.
— Vai com calma no jantar, Enzo.
ela é amiguinha da sua irmã Júlia ,não se lembra dela já que vivia nos treinamentos comigo …
Às vezes… a dama da noite é a própria sombra que você está caçando.
Enzo o encarou, em silêncio.
Algo dentro dele se acendeu.
Mas ele ainda não sabia que a tempestade já estava dentro da casa.
O quarto estava em silêncio, exceto pelo som da escova de cabelos sendo jogada de volta na penteadeira. Júlia, já pronta, de vestido elegante e salto fino, olhava para a amiga com as mãos na cintura e uma expressão de desespero contido.
— Sofi… você não vai de vestido? — perguntou pela terceira vez.
Sofi saiu do closet, firme, confiante, vestindo um macacão de couro preto, justo no corpo, sem um único acessório. Nada de brincos, colares ou maquiagem chamativa. Apenas ela. Crua. Direta. Intensa.
— Não. — respondeu com a voz firme, encarando o próprio reflexo no espelho.
— Mas… é um jantar com o seu noivo! Um Romano!
Meu irmão do coração
Você sabe o que isso significa?
— Significa que ele que se prepare.
Porque eu não vim pra agradar. Vim pra marcar território.
Júlia arregalou os olhos.
— Você não quer nem um brinco? Um batom mais forte? Um salto mais fino?
— Não. Sem enfeites. Sem máscaras.
Se ele quiser, ótimo.
Se não… paciência. Porque divórcio não é uma opção. E se ele me trair…
Sofi se virou devagar, olhando nos olhos da amiga.
— Eu arranco o couro. E se me faltar com respeito… arranco a pele. Devagar. Como se limpa bicho pra pendurar no galpão.
Júlia arregalou os olhos, chocada e maravilhada ao mesmo tempo.
— Santo Dio — sussurrou. — Você virou a própria sentença da máfia.
Igualzinho meu irmão a dona lunna vai amar conhecer sua nova versão ela sempre fala que eu devo ser mais brava mais não consigo kkk
Sofi puxou o zíper da jaqueta até o final, olhou no espelho mais uma vez e disse com um leve sorriso de canto:
— Eles esperam uma noiva. Vão encontrar uma tempestade.
— Então vamos, minha dama da guerra — disse Júlia, pegando a bolsa. — Que o mundo nos aguente.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Angel Pereira
bem feito essa vai abalar o tão intocável ,vai deixá-lo de quatro 🍀/Sly//Smirk/
2025-07-17
2
Denis
Noooosssssa, tanta prepotência e depois vira uma gatinha manhosa.
2025-07-13
1
bete 💗
❤️❤️❤️❤️❤️
2025-07-15
1