O cheiro de café fresco tomava conta da cozinha enquanto o sol nascia preguiçoso pela janela da mansão. Ana, de avental florido e cabelo preso, mexia a colher de pau com a calma de quem sabe mais do que fala.
Leonardo, com o paletó jogado nos ombros e a testa franzida, surgiu encostado no batente da porta.
— Mamãe…
— ele disse com voz baixa.
— O que a minha filha tá escondendo?
Ana não parou de mexer o café. Nem piscou.
— Uma relíquia. Da máfia.
Mas isso... ela vai te dizer quando for a hora.
Leonardo soltou uma gargalhada desacreditada, passando a mão pelo rosto.
— Essa menina… só por Deus mesmo. Se alguém a viu com aquilo, teremos problemas.
Vou mandar investigar. Discretamente.
Ana sorriu, com aquele orgulho escondido no olhar.
— Sua filha, Leonardo. Sua menina.
Na cidade, Sofi descia de um carro elegante com Júlia, sua melhor amiga e confidente, não se viam muito mais cresceram juntas …
Júlia perdeu os pais em uma missão ainda novinha o dom Heitor e sua esposa Luna a criaram como uma filha ela é Sofi sempre foram próximas ,Enzo sempre foi protetor com ela e a protegeu do mundo ela foi criada pra ser uma dama perfeitinha aquela que sempre está ajudando aconselhando e sempre fazendo tudo pra agradar igual Luna.
Ela tinha uma paixão guardada no coração desde novinha e sua vida sempre foi assim silenciosa só tinha barulho ao lado de sofi.
Júlia 19 anos
Foram direto para o centro, onde boutiques exclusivas guardavam vestidos que mais pareciam armas de sedução.
— Vou comprar algo decente pro jantar de amanhã
(disse Sofi, pegando um modelo preto com fenda lateral. )
— Maledetto noivo, caspita!
(praguejou com charme.)
— Ele é lindo, amiga! Já viu ele?depois de mais Velho tá um gato meu irmão
— Júlia riu, puxando o celular.
— Me mostra esse monumento, vai.
Assim que a imagem de Enzo Romano apareceu na tela, o mundo de Sofi parou por um segundo.
— Mamma mia!
— exclamou, em voz alta.
— Ma que diavolo!
— É ele! O dono da arma!
— gargalhou.
— Que bom... é meu dote agora!
— Você não tem medo, Sofi? Ele é conhecido como o homem mais frio da máfia.
Para você não sabe nada dele nadinha ?
Sofi ergueu uma sobrancelha, com aquele sorriso afiado.
— Pois então… somos o par perfeito. Eu também não fico pra trás.
Eu não me lembro quando vinha aqui brincávamos e você ia na casa de campo eu quase não convivi com seu irmão jamais imaginei que ele era o dono da arma que peguei kkk
Júlia segurou uma macacão preto de couro e encarou a amiga com um sorriso genuíno.
— Amiga… você mudou mesmo. Está tão linda, tão poderosa. Sério. Parece outra mulher.
— E você continua linda também — disse Sofi, abraçando-a de lado. — Olha essa roupa, essa pele!
Quem diria que ia ser lindo assim
Aliás… quero esse vestido. E esse perfume. Faz tempo que não compro nada.
— E o enxoval pré-nupcial?
— brincou Júlia, rindo.
— Non ci avevo pensato!
(— Sofi arregalou os olhos. )
— Nem pensei nisso!
— Então vamos! Quero te ajudar.
As duas passaram horas experimentando lingeries finas, vestidos de seda, sapatos elegantes e perfumes importados. Saíram das lojas com sacolas demais e risadas ainda mais altas.
À noite, já na mansão, os cabelos de Sofi flutuavam soltos enquanto ela mergulhava na piscina com Júlia.
Riram, nadaram, e falaram de tudo… menos da guerra invisível que se aproximava.
Sofi estava prestes a jantar com o homem que queria matar… ou talvez beijar.
Mas por enquanto…
Ela só queria respirar.
...----------------...
O sol mal tinha subido quando Giovane Mancini estacionou sua Maserati preta na entrada da Villa Romano. A expressão era séria, mas o andar, despreocupado. Como sempre.
Heitor já estava no jardim, tomando café e lendo os jornais da máfia como quem lê contos de fada. Enzo, por outro lado, circulava feito um leão enjaulado.
— Amigo…
— disse Giovane, tirando os óculos escuros.
— Nenhuma pista da sua arma. Sumiu. Nenhuma câmera captou o rosto dela. Nenhuma digital. Nada.
Heitor ergueu os olhos do jornal, resmungando:
— Madonna santa… Isso está começando a me assustar. Quem é essa mulher? Uma ilusão? Um fantasma?
— Um inferno pessoal, isso sim.
— Enzo passou a mão pelos cabelos.
— Não é possível. Ela me ajudou, sim. Mas roubou… como se fosse uma ladra profissional. Sem deixar rastros. Nenhum. Como pode?
— Porque, talvez, você tenha subestimado ela.
— disse Giovane, divertido.
Enzo girou nos calcanhares, irritado.
— Velhote, não começa com teus palpites. Você também não achou nada!
— Velhote é o diabo!
— Giovane bufou.
— Tenho dois anos a mais que você, no máximo. E ainda pareço mais jovem, inclusive.
Heitor riu em silêncio.
— Vocês dois são crianças de terno. Mas a situação é séria.
— Eu revisei tudo
— disse Enzo.
— O momento exato do atentado… aquele beco estava vazio. Os homens vieram do nada. Me cercaram. E ela apareceu. Rápida, precisa… me ajudou. Depois… sumiu. Como fumaça.
Giovane cruzou os braços, pensativo.
— Alguém que conhece tática de combate. Sabia onde atingir, como derrubar. E o mais interessante… saiu antes que seus homens chegassem. Sabia o tempo.
Heitor franziu a testa.
— Você acha que foi uma armação? Que o atentado era isca?
— Talvez não isca. Mas…
— Giovane estreitou os olhos
— alguém muito treinado aproveitou o caos pra agir. Roubou a relíquia, sumiu e deixou o príncipe Romano em chamas.
Enzo passou a mão na nuca, o coração batendo forte.
— Essa mulher… me irrita e me fascina. Isso é perigoso.
Mais perigoso do que qualquer arma.
Heitor largou o jornal devagar.
— Pois trate de se recompor, filho. Porque hoje à noite, você vai encontrar sua noiva. E seja ela quem for… você vai sorrir.
Enzo fechou os olhos, respirou fundo e disse entre dentes:
— Ótimo. Que seja só uma garota comum. Porque se for ela…
—vai ser guerra
— Giovane completou, com um leve sorriso no canto dos lábios.
Gionvane 32 anos
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Atualizado até capítulo 115
Comments
Daisy Conceicao
porque os amigos são sempre mais bonitos do que os protagonistas?
2025-08-19
6
Anatalice Rodrigues
Eiita,a treta vai ser das brabas. /Grin//Grin//Grin//Grin/
2025-08-19
0
Joicy
eu ainda não vi a foto da sofi
2025-09-06
0