Capítulo 01 | A Cláusula Quarta

📜 CLÁUSULA QUARTA – DAS CONDIÇÕES DE ACESSO À DIRETORIA E HERANÇA.

Fica expressamente determinado que os bisnetos legítimos do Sr. Giuseppe Moretti, fundador do Grupo Moretti, somente poderão assumir cargos executivos na diretoria da empresa, bem como fazer jus, em caráter pleno, à herança e às cotas societárias a que tiverem direito, desde que estejam legal e civilmente casados até a data em que completarem 30 (trinta) anos de idade.

Considera-se "casamento legítimo", para os fins desta cláusula, aquele que:

I – esteja regularmente registrado em cartório competente;

II – esteja vigente há, no mínimo, 12 (doze) meses completos à data do requerimento sucessório;

III – não configure arranjo de conveniência, acordo contratual ou qualquer fraude à boa-fé objetiva.

O descumprimento de quaisquer dos requisitos acima implicará exclusão automática e irrevogável dos direitos sucessórios e societários previstos neste testamento.

Fica ressalvada a aplicação desta cláusula nos casos de invalidez permanente ou falecimento precoce do herdeiro, mediante comprovação documental idônea.

...----------------...

• Dias atuais •

A casa estava silenciosa demais para uma manhã de sábado. No quarto, Celine ainda dormia — deitada de lado, como sempre fazia, com a mão estendida no espaço vazio da cama.

Vlad a observava como quem assiste a um filme distante: a mulher perfeita, no lugar errado, na hora errada. Faltava exatamente um mês para completarem um ano de casamento.

E ele queria fugir.

Como já suspeitava, não conseguia sentir absolutamente nada por sua esposa. Nesses onze meses, sua vida se resumia a duas coisas: trabalhar e beber. Beber muito. Como se a embriaguez anestesiasse o mundo, abafasse o som da realidade, calasse o que ele não queria ouvir.

Ele não ouvia mais Celine falando sobre seu dia, sobre como estava animada com a formatura que se aproximava. Ela falava com brilho nos olhos — do estágio na clínica, dos pacientes, das aulas que amava. Ela falava sobre o futuro.

E Vlad... só queria apagar o presente.

Estava farto. Farto da casa, do silêncio, do “nós” que nunca existiu. Farto dela.

E, acima de tudo, farto de si mesmo por estar submetido a uma situação tão embaraçosa.

O sol filtrava-se timidamente pelas cortinas escuras, tocando o rosto de Celine com uma delicadeza quase divina. Ela se mexeu lentamente, os cílios trêmulos, até abrir os olhos inchadinhos de sono. Um leve sorriso se formou em seus lábios ao ver Vlad ali, sentado à beira da cama, ainda de costas.

Ela imaginou que ele estava a esperando acordar.

— Amor… — sussurrou, a voz rouca e sonolenta.

Estendeu o braço e tocou de leve as costas dele, subindo a mão para seu ombro. — Você tá acordado há muito tempo?

Ele não respondeu de imediato.

Ela se sentou devagar, ainda enrolada no lençol, e encostou o queixo em seu ombro, com a mesma ternura de sempre. Fechou os olhos por um instante e tentou envolvê-lo num abraço suave por trás, como fazia quase todas as manhãs.

Mas Vlad se levantou antes que os braços dela o alcançassem.

— Eu tenho que sair — murmurou, seco, sem olhar pra trás. Foi até o closet, fingindo procurar algo com pressa.

Celine ficou ali, parada, os braços ainda meio erguidos no ar, abraçando o vazio.

— Mas é sábado… — disse ela, tentando manter o tom leve, como se fosse só mais uma manhã qualquer. — Você disse que hoje a gente ia tomar café juntos. Lembra?

Vlad enrugou as sobrancelhas, vagando sua mente em busca do momento em que ele mencionou isso e lembrou-se, finalmente: ontem à noite. Enquanto estava bêbado, ouvindo Celine reclamar de como ele já não tem tempo para ela. Ele, de fato, prometeu que tomariam café juntos hoje.

— Mudei de ideia. Tenho coisas pra resolver — respondeu, agora já vestindo a camisa como se estivesse atrasado pra um compromisso que não existe.

Ela mordeu o lábio inferior, engolindo a pontada no peito. Queria perguntar o que estava acontecendo. Queria entender a distância. Mas engoliu tudo.

Ela sempre engolia.

— Tudo bem — sussurrou, mais pra si mesma do que pra ele. Fingindo que suas palavras não a haviam machucado.

Vlad pegou a carteira, o celular, e antes de sair do quarto, deu uma última olhada para ela. Celine ainda estava sentada na cama, o lençol cobrindo as pernas, o cabelo bagunçado, os olhos esperançosos e perdidos ao mesmo tempo.

Ele desviou o olhar.

E saiu.

Na verdade, ele estava indo a uma cafeteria com o seu melhor amigo. Izachiel. Ele já o estava aguardando. Tem sido o seu confidente, desde o casamento.

Izachiel o ouve reclamar sobre a sua vida, sobre tudo. Silenciosamente. Mas hoje isso mudaria.

O sino da porta soou com um tilintar abafado quando Vlad entrou. Izachiel já estava lá, encostado no estofado marrom da cafeteria, girando a colherzinha dentro da xícara com a paciência de quem já conhece o atraso do amigo.

O cheiro predominante na cafeteria era de café e croissant amanteigado. Vlad se sentiu em casa... Ele odiava sentir cheiro de lar em lugares que estavam longe de ser, mas a verdade é que qualquer que fosse o local, este seria mais confortável para ele do que estar em sua casa, na companhia de sua esposa.

Vlad sentou-se em silêncio, largando o celular sobre a mesa. A garçonete chegou sem que ele pedisse, deixando um café preto fumegante à sua frente.

— Você saiu cedo hoje, — comentou Izachiel, com um meio sorriso. — Ou fugiu?

— Precisava de ar. — respondeu Vlad, com o olhar fixo na rua molhada do outro lado da vidraça.

— E a esposa perfeita? — Izachiel provocou, pegando sua xícara. — Ainda te olha como se você fosse a última esperança da humanidade?

— Ela tentou me abraçar — disse Vlad, seco. Um gosto amargo na boca ao relembrar cada parte da cena — Acordou sorrindo, falando sobre o café da manhã que eu prometi a ela quando estava bêbado ontem, toda feliz... E eu não consegui fingir.

Izachiel bufou uma risada baixa. — E você fez o quê?

— Saí. Disse que tinha coisa pra resolver.

— Você sabe que tá vivendo com uma mulher que te ama de verdade, né? — disse Izachiel, encarando-o com seriedade. — Você trata ela como se fosse um boleto vencido, mas ela continua lá. Firme.

— Ela é boa demais — Vlad disse, quase como um insulto. — Ingênua até demais.

— Ou talvez só tenha fé onde você já não tem mais nada. — rebateu instantâneamente, como se já soubesse que essa seria a resposta dele.

Vlad apertou a ponta do nariz, visivelmente incomodado. — Não começa com esse papo, Izachiel.

— Tá, então me diz. Qual é o plano? Esperar o mês passar, pegar a herança, assumir o cargo, meter o pé e deixar ela com o coração em frangalhos?

— Não sei ainda. — respondeu ele. Dizer que não pensou nessa alternativa seria uma grande farsa.

— Mentira. Você sabe. Você só não quer admitir.

— Admitir o quê

— Que você tem medo, Vlad. Não dela. De você mesmo. — Vlad desviou o olhar, fixando-o na fumaça que subia da xícara.

— Eu só quero terminar o que comecei. Cumprir o que esperam de mim. Depois disso, cada um segue o seu caminho. — ele falou como se fosse fácil.

Izachiel deu um sorriso sarcástico. — E você acha mesmo que vai sair ileso disso tudo?

— Quando eu entrei nessa situação já não estava bem.

— É. Mas dessa vez... você vai perder algo que talvez nem mereça. Mas que te faria bem.

Vlad não respondeu.

Ficou apenas ali, encarando a rua, ignorando o café e fingindo que as palavras do melhor amigo não o haviam atingido.

Mas tinham. E ele sabia.

Izachiel recostou-se no assento, cruzando os braços e observando o amigo como quem analisa uma bomba-relógio.

— Cara, eu realmente não queria ser você — disse, sem rodeios. — Tá na cara que você tá odiando esse casamento. E não adianta dizer que a culpa é da Celine, porque é sua. Toda sua.

Vlad soltou uma risada seca, sem humor.

— Obrigado pela solidariedade.

— Não é piada, Vlad. Você parece um prisioneiro com aliança no dedo. Você vai pra casa como quem volta pra cela.

— Eu tô fazendo o que precisa ser feito — rebateu, o tom mais defensivo do que queria demonstrar.

— Tá fazendo o que mandaram você fazer — corrigiu Izachiel. — E tá fingindo que tá tudo bem. Só que não tá.

Vlad apertou a xícara entre os dedos, a mandíbula travada.

— Você acha que eu queria isso? Que eu escolhi essa porra de vida?

— Você escolheu mentir pra ela. Escolheu se calar. Escolheu continuar. E agora tá aí, preso num casamento com uma mulher que daria tudo por você, enquanto você fica fingindo que é a vítima.

Vlad soltou o ar com força, encarando o amigo.

— Eu não sou a porra da vítima. Mas também não sou o vilão.

— Não? Então o que você é? — Izachiel provocou. — Um cara confuso demais pra ir embora, orgulhoso demais pra ficar de verdade?

Vlad ficou em silêncio.

Izachiel se inclinou um pouco pra frente, baixando o tom, como quem vai direto no centro da alma:

— Você tá odiando esse casamento, Vlad, porque não teve coragem de amar. E agora, tá com medo do que vai sobrar de você quando tudo acabar. Você está enganando a Celine, impediu ela de conhecer um cara que gostasse dela de verdade. Você sabe que vai pagar por isso, não sabe?

Vlad desviou o olhar, encarando a rua nublada mais uma vez. A cidade continuava viva lá fora. Mas dentro dele, tudo estava em ruínas.

— A culpa não foi minha, Izachiel. Eu não tinha escolha.

Izachiel soltou uma risada curta, quase incrédula. — Não tinha escolha? —, repetiu, encarando o amigo como se não acreditasse no que ouviu. — Você sempre teve escolha, Vlad. Só não teve coragem.

Vlad não respondeu. Apenas firmou os olhos no asfalto molhado lá fora, tentando não demonstrar que a frase tinha entrado como faca.

— Você podia ter dito não. Podia ter sido honesto com ela. Podia ter ido embora antes do altar. Mas não. Você preferiu prender uma mulher incrível num casamento sem amor só por dinheiro. A verdade é essa, cara. Você está fazendo ela passar por tudo isso só pelo seu bem financeiro.

Izachiel fez uma pausa, pegou a xícara e bebeu o resto do café já frio, antes de continuar, mais baixo:

— E o pior... é que ela ainda acredita em você. Acha que você tá só estressado. Que com o tempo, as coisas vão melhorar. Mal sabe ela que tá casada com um homem que já desistiu antes mesmo de tentar. Que só está com ela por causa de uma droga de testamento ridículo. Tô te falando, cara... Você acha que vai ser fácil, mas essa situação vai te destruir por dentro. Não se brinca com os sentimentos dos outros desse jeito, Vlad.

Vlad fechou os olhos por um instante, sentindo a nuca pesar. A frase ressoou fundo — mais do que ele admitiria.

— Você sabe que vai perdê-la, né? —, completou Izachiel. — E quando perder... vai ser tarde. Não vai ter volta. Essa garota gosta de você de verdade, Vlad. Ela te ama.

— Ela não vai embora —, respondeu Vlad, baixo. — Ela é o tipo de mulher que aguenta até o fim. Mas sou eu quem vou. Eu só estou com ela até os 12 meses se completarem. Depois disso, ela está livre para ir.

Izachiel encarou-o, sério. — Você é louco, cara. Você poderia ter escolhido uma moça que gostasse. Isso tornaria as coisas mais fáceis pra você. Estaria com uma mulher que ama e não plantando frutos amargos que você vai odiar colher mais tarde.

Vlad passou as mãos pelo rosto, como quem tenta tirar o peso das palavras do ar. Mas o peso estava dentro dele.

— Não é sobre gostar, Izachiel — respondeu, seco. — É sobre cumprir um maldito testamento. Eu precisava de alguém confiável, que não fosse escandalosa, que mantivesse as aparências, que fosse decente. E a Celine... servia.

Izachiel arregalou os olhos, quase derrubando a xícara.

— Servia? —, repetiu, indignado. — Você tá ouvindo o que tá dizendo? Ela não é uma peça de xadrez, Vlad. É uma mulher. Uma mulher que tá se entregando inteira a um casamento que, pra você, é só um prazo.

— Não torna isso menos verdade —, murmurou Vlad, evitando o olhar do amigo. — Tá, ela é boa. Boa demais. Mas não pra mim. Por isso vou liberá-la depois de conseguir o que eu quero.

Izachiel se inclinou na mesa, o semblante carregado.

— Você sabe que ela vai se despedaçar quando souber. Sabe disso, né? Ela não é do tipo que simplesmente junta os pedaços e segue. Você vai quebrar ela num ponto que talvez nem se reconstrua.

— Por isso eu não vou contar —, disse Vlad, frio. — Pelo menos não tudo. Ela vai entender quando acontecer. Vai me odiar. Vai embora. E segue a vida.

— Você vai continuar fingindo mais um mês? Comendo do prato que ela faz com amor, dormindo ao lado dela toda noite, ouvindo ela planejar um futuro que você já sabe que não vai existir?

— É só um mês. — ele rebateu, como se tentasse se convencer também.

Izachiel balançou a cabeça, incrédulo.

— Você é o homem mais frio que eu conheço. E, sinceramente, espero que um dia você sinta na pele o que é amar alguém e não ser correspondido.

Vlad sorriu de canto, amargo. — Você é meu amigo ou não? Está contra mim agora, Izachiel?— indagou, com uma sobrancelha erguida.

— Eu só não concordo com o seu posicionamento e frieza quanto aos sentimentos alheios, Vlad. Ela é um ser humano e, cara, te ama. — ele continuou insistindo. Na verdade, já estava com o coração na mão por essa situação há um tempo. A crueldade de Vlad estava o assustando, ele não conseguia nem imaginar o que seria dessa garota ao descobrir tudo o que ele estava fazendo.

Vlad se levantou, irritado. — Já chega. Estou indo embora. Izachiel, se você não vai me ajudar, não atrapalhe. Você sabe as minhas razões e motivos, eu precisava fazer isso — murmurou, a voz rouca, carregada de tensão. — Mas eu não te devo satisfação. Se você não vai me entender, eu prefiro não falar mais nada.

E foi embora. Carregando o mundo nos ombros.

No fundo, ele também não estava bem com toda a situação. Mas não tinha muito o que se fazer sobre isso. Vlad não tinha escolhas.

Ele só queria se ver livre daquele casamento.

...❀ • ❀ • ❀ • ❀ • ❀ • ❀ • ❀ • ❀...

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Comments

MARIA RITA ARAUJO

MARIA RITA ARAUJO

nossa, como usa uma pessoa assim para benefício próprio sem se colocar no lugar dela!?🙆🏻‍♀️

2025-07-10

1

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Capítulos
1 Prólogo
2 Capítulo 01 | A Cláusula Quarta
3 Capítulo 02 | Deslize.
4 Capítulo 03 | A Mensagem Inesperada.
5 Capítulo 04 | O Diagnóstico.
6 Capítulo 05 | Eu Não Quero Te Perder.
7 Capítulo 06 | A Cláusula Quinta.
8 Capítulo 07 | Doce Momento.
9 Capítulo 08 | Entre a Cruz e a Espada.
10 Capítulo 09 | Finalmente, Fora do Hospital.
11 Capítulo 10 | Coragem Para Contar a Verdade.
12 Capítulo 11 | Sem Alternativas
13 Capítulo 12 | A Realidade Dói
14 Capítulo 13 | Foi Tudo em Vão?
15 Capítulo 14 | Força Para Seguir
16 Capítulo 15 | Verdades À Flor Da Pele
17 Capítulo 16 | Existe O Perdão?
18 Capítulo 17 | O Preço Do Legado
19 Capítulo 18 | O Plano De Reconquista
20 Capítulo 19 | Pisando No Orgulho
21 Capítulo 20 | Ajuda Extra
22 Capítulo 21 | O Cerco
23 Capítulo 22 | Acordo Frio
24 Capítulo 23 | Baixar A Guarda
25 Capítulo 24 | O Retorno
26 Capítulo 25 | Preparativos
27 Capítulo 26 | Irredutível.
28 Capítulo 27 | O Preço da Armadura
29 Capítulo 28 | Tela Em Branco
30 Capítulo 29 | Invasão Gentil
31 Capítulo 30 | O Muro Rachando
32 Capítulo 31 | Desistir Não é Uma Opção Viável
33 Capítulo 32 | A Honra “Anônima”
34 Capítulo 33 | O Limiar Da Ausência
35 Capítulo 34 | O Regaste da Ternura
36 Capítulo 35 | Recomeço
37 Capítulo 36 | Jantar em Paz
38 Capítulo 37 | Amor Sobre Lençóis
Capítulos

Atualizado até capítulo 38

1
Prólogo
2
Capítulo 01 | A Cláusula Quarta
3
Capítulo 02 | Deslize.
4
Capítulo 03 | A Mensagem Inesperada.
5
Capítulo 04 | O Diagnóstico.
6
Capítulo 05 | Eu Não Quero Te Perder.
7
Capítulo 06 | A Cláusula Quinta.
8
Capítulo 07 | Doce Momento.
9
Capítulo 08 | Entre a Cruz e a Espada.
10
Capítulo 09 | Finalmente, Fora do Hospital.
11
Capítulo 10 | Coragem Para Contar a Verdade.
12
Capítulo 11 | Sem Alternativas
13
Capítulo 12 | A Realidade Dói
14
Capítulo 13 | Foi Tudo em Vão?
15
Capítulo 14 | Força Para Seguir
16
Capítulo 15 | Verdades À Flor Da Pele
17
Capítulo 16 | Existe O Perdão?
18
Capítulo 17 | O Preço Do Legado
19
Capítulo 18 | O Plano De Reconquista
20
Capítulo 19 | Pisando No Orgulho
21
Capítulo 20 | Ajuda Extra
22
Capítulo 21 | O Cerco
23
Capítulo 22 | Acordo Frio
24
Capítulo 23 | Baixar A Guarda
25
Capítulo 24 | O Retorno
26
Capítulo 25 | Preparativos
27
Capítulo 26 | Irredutível.
28
Capítulo 27 | O Preço da Armadura
29
Capítulo 28 | Tela Em Branco
30
Capítulo 29 | Invasão Gentil
31
Capítulo 30 | O Muro Rachando
32
Capítulo 31 | Desistir Não é Uma Opção Viável
33
Capítulo 32 | A Honra “Anônima”
34
Capítulo 33 | O Limiar Da Ausência
35
Capítulo 34 | O Regaste da Ternura
36
Capítulo 35 | Recomeço
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Capítulo 36 | Jantar em Paz
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Capítulo 37 | Amor Sobre Lençóis

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