PRONTO
Sala de reuniões – o silêncio que veio após a fala de Adrien é quase ensurdecedor. A tensão pesa no ar como uma tempestade prestes a estourar.]
Mãe de Adrien empalideceu por um instante. Depois, como se uma máscara tivesse se partido, seu rosto se contorceu em desprezo.
Letícia
*erguendo a voz, fria e venenosa*
— Então é isso? Vai cuspir na mão que te moldou? Vai trocar anos de esforço por um capricho de adolescente quebrado?
Adrien
*sem desviar o olhar*
— Eu só quero respirar... pela primeira vez.
Letícia
*levantando-se, furiosa*
— Você é um ingrato, Adrien. Um omega patético, histérico, que sempre precisou de mim pra não desmoronar!
*pisando firme até a porta*
— Quer cair? Então caia. Mas saiba: eu não estendo mais a mão. Nem pra te levantar, nem pra esconder seus fracassos.
Ela se virou para Diego, cuspindo as palavras com raiva controlada
Letícia
— Boa sorte com ele. Quando te arrastar pro fundo com a dor que carrega, não diga que eu não avisei
Ela saiu da sala batendo a porta com força, os saltos ecoando no corredor como uma sentença final.
Ravi, que assistia tudo com os braços cruzados, soltou um leve suspiro e se virou para Diego, depois para Adrien — que permanecia sentado, olhos baixos, sem mais o sorriso forçado… mas agora também sem medo.
ravi
*em tom leve, mas sério*
— Acho que vocês dois precisam de uns minutos.
Ele caminhou até a porta e, antes de sair, parou e olhou para Adrien com gentileza.
ravi
— Você já começou a quebrar a corrente. Isso assusta… mas também liberta.
(sorri de canto)
— Aproveita.
ravi
*Tropica*aí porra, bem na minha frase de efeito
Ravi sai e fecha a porta desastrada mente. Agora estão apenas Diego e Adrien, frente a frente
O silêncio ali agora é diferente. Intenso, íntimo. Diego permanece de pé, encarando Adrien como quem observa uma obra prestes a revelar sua alma.
Diego Marini
*(voz baixa, firme*
— Você ainda tá tremendo
Adrien
*erguendo os olhos devagar*
— Ela sempre faz isso comigo. Me quebra... e depois me culpa pelos cacos.
Diego Marini
*se aproximando devagar, sentando à frente dele*
— Eu não quero seus cacos.
— Quero você inteiro… mesmo que isso leve tempo. Mesmo que seja aos pedaços.
Adrien
*num sussurro*
— Você nem me conhece.
Diego Marini
*com um meio sorriso*
— Mas eu reconheço alguém que sobreviveu calado. Eu vejo isso... porque eu também fui assim.
Adrien respirou fundo, os olhos marejando discretamente. Pela primeira vez, havia algo diferente ali. Não era medo. Era a possibilidade de recomeço.
Diego Marini
*direto, com firmeza*
— Vamos iniciar a campanha principal da nova coleção na Espanha. Girona, especificamente.
— O projeto dura no mínimo três semanas. Estúdio fechado, equipe reduzida, locações externas.
— E você, Adrien… será o rosto da narrativa.
Adrien
Adrien *surpreso*
— Espanha?
Diego Marini
— Sim. Eu prefiro criar longe de Paris. Lá, o ar pesa menos.
— Só que tem uma condição: você vem como você. Sem gerenciadores. Sem vozes por trás. Sem sua mãe.
Adrien abaixa os olhos por um segundo. O convite soa como liberdade — mas também como um salto sem rede.
Adrien
*depois de uma pausa, hesitante*
— E... se eu pedisse pra levar alguém comigo?
Diego Marini
"franze levemente o cenho, curioso*
— Alguém… como?
Adrien
— Um amigo. Angel.
— Ele... me conhece de verdade. É a única pessoa que não tenta me modificar.Eu confio nele. E acho que, se for pra me encontrar de verdade, eu... vou precisar dele por perto.
Diego Marini
*sem hesitar, assentindo*
— Tudo bem.
— Se ele é seu chão agora, leve. Contanto que ele entenda que você estará lá pra trabalhar — e se expor. Em todos os sentidos.
Adrien
*um pouco surpreso com a resposta rápida*
— Você não vai tentar controlar isso?
Diego Marini
*olhando diretamente pra ele*
— Adrien, eu quero o melhor de você.
— E se isso significa ter alguém ao seu lado pra te lembrar quem você é… não vou impedir.
— Só não deixe que ninguém — nem mesmo ele — decida por você.
Adrien assentiu, respirando mais fundo. Pela primeira vez em dias, parecia que seu corpo relaxava minimamente.
Diego Marini
*abrindo um leve sorriso*
— Mas aviso logo: se Angel tiver mau gosto musical, vai ficar difícil dividir playlists no estúdio.
Adrien
*com um meio sorriso sincero*
— Ele ouve Lana Del Rey no repeat e chora em silêncio. Acho que vocês vão se entender.
Diego Marini
*rindo de leve*
— Perfeito. Então temos um acordo.
— Três dias. Voo às 10h. Você, e quem te mantém de pé.
Adrien
*mais firme agora*
— Estaremos lá.
Aeroporto de Paris – Terminal Internacional, três dias depois. Terminal mais calmo, com janelas altas e vista para a pista privada. Adrien e Angel aguardam sentados, observando os aviões à distância
Adrien cruzava as pernas, vestindo um conjunto de alfaiataria preto com transparência leve na camisa. Óculos escuros escondiam parte do nervosismo. Angel, casual e irreverente como sempre, mexia no celular ouvindo música por um lado só do fone
angel
*olhando de canto, tom brincalhão*
— Última chance pra fugir. Eu ouvi dizer que tem um ônibus indo pra Suíça. Podemos abrir uma cafeteria vegana. Ninguém vai saber.
Adrien
*sem olhar pra ele*
— Eu sou alérgico a montanha e você odeia silêncio. Ia durar dois dias.
angel
*sorri*
— Verdade. Mas pelo menos teria menos expectativa.
Um homem de terno preto e aparência impecável se aproxima. Ele usa crachá com o logo da VOLTAGE. Postura reta, voz firme, mas educada.
segurança
— Sr. Adrien Roche?
Adrien
*levantando-se com leveza*
— Sou eu.
segurança
*olha para Angel*
— E o Sr. Angel Durand?
angel
*ergue uma sobrancelha com charme fingido*
— Em carne, osso e deboche.
segurança
*sem se abalar*
— Ótimo. As bagagens foram recebidas. Estou aqui para acompanhá-los até o embarque. O jatinho particular do Sr. Delgado já está preparado no hangar três. Decolagem em trinta minutos. A bordo, vocês terão serviço completo e... privacidade.
Adrien
*surpreso*
— Jatinho? Tipo… daqueles com tapete vermelho e champanhe?
segurança
— Exatamente.
— O Sr. Delgado preza pelo conforto de quem trabalha com ele
angel
*cutucando Adrien*
— Melhor que o metrô lotado e uma garrafa térmica com café queimado, né?
Adrien
*meio sorrindo, meio pálido*
— Isso tá começando a parecer mais um sonho febril do que um trabalho.
Os dois seguem o segurança até um carro privado que os leva discretamente até a pista. O jatinho os espera, reluzente sob o céu nublado. Subindo a escada metálica, Adrien engole seco — Angel, por outro lado, já entra animado
Interior do jatinho – luxuoso, moderno, com luzes suaves, bancos de couro claro e uma pequena mesa com garrafas de espumante. Tudo silencioso, cheiroso, surreal
angel
*jogando a bolsa da Balenciaga em um dos bancos, animado*
— Eu vou fingir que nasci aqui. Ninguém me tira desse avião agora.
Adrien
*olhando em volta, impressionado*
— Isso é sério? Tem espumante? E isso é... caviar?
angel
O cara e podre de rico hahahahah
angel
— Se você não beber isso tudo comigo, vou fingir que você é só um figurante.
[O segurança, agora mais discreto, acena de longe e fecha a porta da cabine. A decolagem começa suave. Alguns minutos depois, o avião estabiliza e o comissário aparece com duas taças.]
angel
*brindando com Adrien*
— A você... sobrevivente da própria mãe e agora passageiro oficial de um drama internacional.
— Que comece a temporada dois da sua vida. Com champanhe.
Adrien
*sorrindo de verdade dessa vez*
— Com champanhe... e sem coleira.
A música ambiente toca baixinho. Angel conecta o celular no bluetooth do sistema do avião e coloca Lana Del Rey. Os dois riem. Adrien se permite dançar um pouco, apenas com os ombros, soltando a tensão. Angel o acompanha, exagerado, divertido. Por um instante, eles parecem dois adolescentes que fugiram da realidade — e encontraram liberdade a 10 mil metros do chão
Interior do jatinho – luz baixa, o avião já está em altitude de cruzeiro. Adrien e Angel continuam rindo e dançando em volta da pequena mesa central. Música toca suavemente
angel
rebolando exagerado ao som de Lana Del Rey*
— Vai, Adrien, me dá drama! Mostra o que é sofrer com elegância
Adrien
*rindo de verdade*
— A gente vai ser expulso desse jatinho e deportado em menos de 24h.
angel
*brindando outra vez*
— Se for pra ser deportado, que seja com estilo!
O que eles não sabem é que, em uma pequena tela no estúdio da VOLTAGE em Girona, Diego observa em silêncio
[Cenário paralelo: Estúdio VOLTAGE – Girona, Espanha. Ambiente amplo, com fundo branco montado, refletores, racks de roupas e painéis de inspiração espalhados pelas paredes. Diego está sozinho em uma sala anexa, de pé, assistindo a transmissão ao vivo de uma câmera discreta no jatinho
Na tela: Adrien gargalhando, jogando a cabeça pra trás, o vestido de tecido leve se movendo enquanto ele dança com Angel
Diego Marini
*sorri levemente, falando sozinho*
— É… então você sorri mesmo.
— Quando ninguém tá olhando… ou julgando.
[Ravi entra pela porta sem bater, segurando uma xícara de café.]
ravi
— Eles já estão quase pousando. Preparado?
Diego Marini
*ainda olhando a tela*
— Ele tá diferente. Mais solto.
— Aquilo ali… é o Adrien que eu quero na campanha.
ravi
*olhando por cima do ombro, vendo a tela por um instante*
— Então é melhor capturar isso antes que ele se feche de novo.
Aeroporto privado de Girona – o jatinho pousa suavemente. Uma van preta de luxo os aguarda
Adrien e Angel descem a escada. O vento quente espanhol sopra levemente o cabelo de Adrien. Ele tira os óculos escuros e respira fundo.
angel
*encarando a paisagem*
— Ok… isso aqui já parece uma vibe de filme indie premiado.
Adrien
*tentando controlar o nervosismo*
— Ou um daqueles reality shows onde omegas desabam emocionalmente por doze episódios.
A van os leva por cerca de 20 minutos até o estúdio.]
Estúdio VOLTAGE – Girona. Portões se abrem. A van para em frente ao prédio preto enorme a sua frente.
o segurança leva eles até a sala dos chefes(ravi e braço direito de Diego)agora de frente para os dois,angel tinha um colapso interno, Adriel estava com o coração duvidoso
Diego está de calça social preta, camisa branca dobrada nos antebraços e um relógio escuro. Ravi usa camiseta básica e jeans, tomando café.
angel
*sussurrando enquanto olhava para os dois*
— Ok, os chefões são mais bonito de perto. Isso não é justo.
Adrien
*sem tirar os olhos de Diego*
— Não olha muito. Ele vê tudo.
Adrien desce. Quando seus olhos encontram os de Diego, algo muda. A tensão volta. Mas agora… é diferente. Diego o encara firme, com calma, como quem já viu algo que Adrien ainda não sabe que mostrou
Diego Marini
*sem sorrir, mas com voz firme*
— Bem-vindo, Adriel....e angel e claro
Adrien
*tentando manter a postura*
— Obrigado... por confiar.
ravi
*se aproximando de Angel e apertando sua mão com leve simpatia*
— E você deve ser o Angel.
— A bagunça emocional da viagem foi sua culpa ou do champanhe?
angel
*com um sorriso debochado*
— Culpa dos dois. Mas eu também sou a parte que faz ele não pular da janela. Pode me agradecer depois.
Diego Marini
*olhando para Adrien*
— Vamos começar devagar. Hoje só ambientação. Amanhã... você entra na frente da lente.
Adrien
*respirando fundo*
— Estou pronto.
Diego Marini
*com um olhar firme, quase provocador*
— Veremos.
o filha da puta por favor não me machuca eu só quero te comer 🤍🥰
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