capítulo 5

A manhã começou com o sol fraco entre as nuvens e os alunos preguiçosos se arrastando para o café. O passeio do dia: trilha leve até uma cachoeira escondida. O tipo de atividade que os professores achavam “revigorante”.

Davi acordou já tenso.

Noah estava no banheiro do quarto, molhando os cabelos, usando só uma toalha baixa demais na cintura e aquele sorriso insuportável nos lábios.

— Adivinha quem pediu pra ir no último grupo da trilha? — ele disse, saindo com a pele molhada. — Só nós dois e um monitor que nem vai olhar pra trás.

— Noah… — Davi começou.

— Hoje você é meu, Davi. E eu vou deixar todo mundo sentindo seu cheiro e se perguntando por quê.

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A trilha era tranquila, com o som de pássaros e vento entre as árvores. Mas o clima… estava longe de ser pacífico. O monitor que acompanhava os dois jovens ficou para trás respondendo mensagens no celular, enquanto Noah puxava Davi cada vez mais fundo pela trilha lateral.

— Onde você tá me levando?

— Pra um lugar onde ninguém vai ouvir se você gemer meu nome. — Noah respondeu, arrastando o alfa pela mão com força surpreendente.

Eles pararam numa clareira cercada por mato alto, isolados do resto do grupo. O sol filtrava pelas árvores, iluminando o rosto provocante do ômega.

— Tira a camisa. — Noah ordenou, já com os olhos escurecidos.

— O quê?

— Agora.

Davi obedeceu.

Noah se aproximou, colou o corpo ao dele e passou os dedos pelas costas largas do alfa, como quem admira uma obra que pretende destruir.

— Você anda me fodendo como se eu fosse seu. — murmurou. — Mas todo mundo ainda pensa que ela é sua namorada.

Davi encostou na árvore atrás, arfando.

— Isso é complicado, Noah.

— Não é. — ele se ajoelhou devagar, lambendo a barriga dele. — É simples. Você só precisa ser meu… mesmo que ainda não diga em voz alta.

E então, mordeu.

No lado esquerdo do abdômen. Forte.

Davi grunhiu, segurando os cabelos do ômega. A mordida queimava. Um misto de dor e prazer que ele nunca tinha sentido com ninguém.

Noah lambeu a marca com carinho e depois olhou pra cima, olhos brilhando:

— Uma.

Depois foi pro quadril. Outra mordida. Mais funda. Mais possessiva.

— Duas.

Subiu pelos braços, pelas clavículas, deixando beijos e arranhões pelo caminho, até colar os lábios no pescoço de Davi e morder de leve — não o suficiente pra marcar permanentemente, mas o bastante pra deixar o cheiro dele.

— Três.

Davi arfava, suando, com os olhos semicerrados.

— Você tá me deixando completamente…

— Meu. — Noah completou. — E agora, todo mundo vai saber. Mesmo sem ver.

Ele passou as mãos pelo tronco do alfa, espalhando seu próprio cheiro em cada centímetro, como um animal marcando território.

Depois o beijou. Beijo selvagem, com língua, mordida e suspiros abafados entre as folhas.

— Quando voltar pro hotel, sua beta vai sentir. — Noah sussurrou. — Vai sentir o meu cheiro em você.

— Você é um demônio. — Davi gemeu.

— Um demônio que você ama de joelhos.

Davi o puxou de volta com força, e os dois se beijaram como se o mundo fosse acabar ali mesmo. O calor da floresta, o som distante da água correndo, e o cheiro misturado de alfa e ômega dominavam o espaço.

Depois de longos minutos, Noah se afastou com um sorriso satisfeito, lambendo os próprios lábios.

— Agora você tá marcado. Por dentro e por fora.

Davi tentou recuperar o fôlego, olhando as marcas pelo corpo. Estavam ali. Claras. Quentes. Inconfundíveis.

— Como vou esconder isso?

— Você não vai. Vai colocar a camisa e fingir que nada aconteceu. Mas quando ela te abraçar… vai saber que você não é dela.

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Noah voltou para o hotel com passos leves e rosto tranquilo. Davi… vinha atrás, com o pescoço vermelho, a camisa colada no suor e o olhar perdido.

Na hora do almoço, Helena se aproximou de Davi como sempre. Mas ao abraçá-lo, ela parou por um segundo. Franziu o nariz. Olhou para o pescoço dele. Depois olhou para Noah, que chupava um canudinho com inocência falsa.

— Você… passou perfume diferente? — Helena perguntou devagar.

Davi hesitou.

Noah mordeu o canudo.

— Ou talvez alguém passou nele, né?

Helena riu, mas dessa vez… a risada veio meio seca.

E a guerra silenciosa acabava de esquentar.

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