Capítulo 3 — O INÍCIO DE TUDO - A REBELIÃO / SONHO OU REALIDADE?

Diante do trono de Capela, um planeta governado por Sophie — a primeira rainha e inspiração da sabedoria, hostes sagradas e legiões de arque-Angeles e Serafins discutiam sobre o que Samael havia dito.

O planeta estava em completa desordem, Sophie perdeu completamente a cabeça após criar de si mesmo um Demiurgo, um Destruidor. As almas estavam aflitas e as guerras começaram a eclodir. Samael, devastado com derramamentos de sangue sem sentido diante do seu planeta, fez um juramento de liberdade, mas teria que fazer uma escolha, em nome daqueles que seriam seus irmãos celestes.

— Elizetiel vejo que está por aqui. — O mesmo entra e se senta aparentemente devastado com a cena caótica que se desenrola.

— Samael, se culpe. Você fez o que deveria fazer, nos libertou. — mantenho os meus olhos fixos e observando sentada diante das ruínas de Capela.

— Elizetiel estamos condenados, minha irmã. Enfrentei Sophie, liberei os nossos e as almas das pequenas criaturas daqui foram levadas a um novo mundo. Azazel quer a cabeça do Demiurgo, mas eu disse-lhe que não era para mexer no que já estava aberto. — olha para suas mãos enquanto seu semblante parece triste.

— Ah!...Azazel...sempre querendo ter controle sobre tudo. Mas aquele paspalho celestial de voz aveludada só vai trazer mais caos para ele mesmo.

— haha, querida, vejo nos seus olhos o quanto o aprecia. Vocês lutaram juntos por muitas eras, você foi uma espada afiada e uma fiel lady, honrou o seu nome, enfrentou e foi atrás dele quando ele poderia ter sido consumido em fúria.

— querido irmão, Azazel é cabeça dura, ele foi salvo por mim várias vezes por querer meter as asas na frente da cabeça. — me levanto sacudindo minha penas enquanto meus cabelos vermelhos voam sobre meus ombros.

— Foi só mencionar Azazel que você encurtou as penas, hein? — sorrir de forma sarcástica —

— ah vai a merda, eu sou um Seraphin e não um cabeludo de voz aveludada com cara de marrento.

Enquanto a cena se repetia constantemente em minha cabeça, um conflito depois da discussão que havia se iniciado, trombetas avisando de um apocalipse em uma terra devastada e desconhecida, mas eu ainda tinha asas? Como? Porquê?, desde que me lembro tenho tido esses tipos de sonhos constantemente, isso é algum tipo de hipinose que tenho devido a toda essa merda de vida que vivo? — pensa reflexivamente enquanto olho para a parede branca da sala de aula .

— Eliza! — uma velha com óculos e que se diz ensinar alguma coisa de exatas se vira batendo em minha mesa .

— Hum..? Pois não senhora? — Claramente essa velha acha que é exemplo em tentar me converter em mais uma marionete exemplar de suas teorias.

— já é a quarta vez que você dorme em sala de aula, se não está bem porque vem a escola? Pare de delirar falando asneiras enquanto dorme e comece a fazer as atividades ou lhe darei suspensão imediata! — com a voz firme e uma frenética forma de perseguição a velha se vira e a turma mediante a isso me olham como se eu fosse algum categoria de alienígena.

— ah certo. Vou facilitar as coisas então. — me retiro da sala como um voto de renuncia. está claro que minha olheiras de panda, meus cabelos bagunçados e escuros e minha roupa norte-americana de uma adolescente de quinze anos em desenvolvimento, não é algo diferente do que a maioria desses patetas estão acostumados a ver.

A professora nem diz uma única palavra, até porque já é a quarta e não será a última vez que faço isso. Sinceramente? A escola é um saco, mas é menos pior do que chegar em casa e encontrar minha mãe alcoólatra deitada enquanto devo cuidar de tudo pois o incompetente do meu irmão mais velho vive envolvido com a polícia e meu pai? Ah esse eu acho que nem existe mais, faz semanas que saiu de casa e as contas estão mega atrasadas.

— Oi mãe, cheguei... — entro querendo sair, mas jogo a minha bolsa na cadeira e amarro meus cabelos me preparando para mais uma faxina.

Enquanto limpo repenso nas cenas de um possível apocalipse dos meus sonhos, sempre a mesma merda e isso desde que me conheço por gente. O motivo e circunstâncias disso eu não faço ideia, talvez esteja sendo uma psicose mental devido a tanto transtorno demasiadamente forte em minha cabeça.

— Mãe, por favor, já está bom de vinho. — tento retirar e de forma relutante ela se agarra a garrafa como se sua vida dependesse disso.

— Que-rida...minha menina... Você não vai abandonar sua mãe não é? Filha... — a mesma chora novamente enquanto me puxa me abraçando.

— não irei mãe, fique calma. — depois de um tempo, consigo retirar a garrafa dela e essa neurose de abandono é natural, já que uma mulher como minha mãe, sofreu na mão de um homem ruim como meu pai. é até melhor que ele esteja longe, assim ela pode se recuperar das marcas das agressões físicas, ao menos.

Ao terminar tudo e fazer o almoço, vou tomar banho e mal posso fechar os olhos que escuto a mesma voz...— porquê essa voz não saí da minha cabeça?.

Em seguida, sou interrompida por passos pesados enquanto imediatamente me cubro com a toalha e saio do banheiro para vê, mas nenhuma surpresa quando meus olhos se torna um azul apagado e cansado ao ver a mesma figura de sempre.

— Olá, irmão. — digo de forma lenta, quase como se as palavras não quisessem sair.

— O que foi? Só tem a dizer isso? — Jonathan saí do corredor batendo a porta do quarto dele.

— É... — ando em direção ao meu quarto e percebo que na minha escrivaninha um pouco desorganizada, se encontra um envelope com dinheiro e uma carta.

Suspiro profundamente e já sei que ele fez outro "grande roubo", a polícia nunca vai deixar de está na cola dele. Mesmo sendo um hacker famoso, meu irmão de vinte e três anos, vive por ser muito esperto, mas pelo menos vejo que ele ainda se importa com a mamãe.

Guardo o envelope e tranco a porta do quarto enquanto me distancio e me sento na cama ainda cabisbaixa. Confesso que dentre essas quatro horas fazendo as coisas, perdir um pouco das forças para conseguir pensar. A tanto tempo não sei como é dormir de verdade sem acordar no meio da madrugada preocupada com a vida da minha mãe.

Deito-me em um deleite e meus olhos pesa sobre um olhar de quem já não quis acordar. —Novamente sou pega por sonhos...ah esses sonhos...

— ELIZETIEL! O QUE VOCÊ FEZ?! SUA TRAIDORA!

— ELIZETIEL! O QUE VOCÊ FEZ?! SUA TRAIDORA!

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Comments

cxxangellx

cxxangellx

parece eu quando tenho que fazer alguma coisa. 😂☝🏻, sempre penso no apocalipse.

2025-07-06

3

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