Capítulo 2: O início de um novo sentimento!

Na manhã seguinte, Jessie acordou com um sorriso no rosto e o coração ainda leve. A luz do sol entrava pela fresta da cortina fina da pensão, aquecendo o quarto simples, mas aconchegante. Ela se espreguiçou devagar, sentindo aquela calma boa de quem teve um dia memorável.

Sentou-se na cama, abraçando o travesseiro por um instante, ainda pensando em Jun, no sotaque dele, na maneira fofa como pronunciava as palavras, no jeito gentil com que segurou sua mão. Era quase estranho como se sentia próxima dele tão rápido. Mas estranho... de um jeito bom.

Se levantou, lavou o rosto e prendeu o cabelo em um coque desajeitado. Abriu a pequena mala que trazia consigo e começou a escolher uma roupa leve e confortável. Hoje queria explorar outro canto de São Paulo, talvez a Liberdade, talvez a Avenida Paulista. Tinha feito uma listinha de lugares, mas ainda não tinha decidido por onde começar.

Estava terminando de passar um batom clarinho quando o celular vibrou na mesinha de cabeceira. Ela correu para ver e o coração bateu mais rápido ao ver o nome dele aceso na tela:

Jun Park Juny.📲💬

Mensagem – Jun 🐰:

Bom dia, Jessie. Dormiu bem?

Eu estava pensando… você ainda tem tempo hoje?

Se quiser, posso te levar pra conhecer outros lugares de São Paulo, sabe apenas como o seu guia turístico mais uma vez, pode ser?

Jessie levou a mão à boca, sorrindo como se estivesse em cena de dorama. Sentou-se na beirada da cama, os pés balançando levemente, e respondeu:

Jessie🐦:

Bom dia, Jun!☀️

E sim! Ainda tenho tempo. Estava tentando decidir pra onde ir.

Segundos depois, ele respondeu:

Jun 🐰:

Ótimo! Então deixa comigo. Posso passar aí em uma hora?

Jessie🐦:

Podemos nos encontrar no mesmo local de ontem?

Jun🐰:

Claro, nos encontramos lá então. Vou levar algo para comer, do que você gosta?

Jessie🐦:

— Tente adivinhar...😉 —Bom, vou me arrumar, já já nos encontramos, bjs.😘

Jun🐰:

— Certo, nos vemos então! 😘

Ela deixou o celular de lado por um momento, com aquele friozinho gostoso no estômago. Levantou-se animada e começou a se arrumar de verdade agora. Escolheu um vestido leve de verão com uma jaquetinha jeans, tênis confortável e um perfume doce. Enquanto passava o pente nos cabelos, pensava consigo mesma:

💭— Dois dias com ele… e parece que já estou vivendo dentro de um dorama.💭

Já pronta, ela deu uma última olhada no espelho antes de sair, verificou seus pertences na bolsa e desceu animada pelas escadas da pensão. Dona Cecília lhe chamou para tomar café, mas a mesma rejeitou lhe avisando que hoje vai tomar café fora da pensão e toda sorridente saiu da pensão, entrou no carro que havia pedido e se dirigiu até o local, onde estava quando conheceu o Jun.

Quando chegou, Jessie pagou o motorista, desceu do carro e caminhou até o local do encontro com o coração acelerado, olhando discretamente para os lados. Jun ainda não havia chegado, mas ela já o procurava com os olhos.

Ela checou o celular, desbloqueou a tela, travou de novo. Um leve sorriso escapou quando pensou na noite anterior, nas mensagens trocadas e no jeito descontraído de Jun. Foi então que o viu, atravessando a rua com um copo de café em cada mão. Ele vestia uma camiseta preta básica, jaqueta jeans surrada e o cabelo escuro estava bagunçado pelo vento. O sorriso nos olhos dele era como um raio de sol inesperado, daqueles que aquecem sem precisar dizer nada.

Jun:

— Bom dia de novo. Café número um… com açúcar. (Ele estende o copo para ela.)

— E guia turístico número dois… à sua disposição. — Brinca, fazendo uma reverência exagerada.

Jessie (rindo):

— Obrigada, senhor guia. Já está aprovado só por lembrar do açúcar. Confesso que já ia te julgar se viesse com café amargo.

Jun (fingindo indignação):

— Ei! Eu posso até me atrasar dois minutos, mas esquecer do açúcar? Jamais! Isso seria crime na minha profissão de guia não oficial.

Jessie (brincando):

— Então você é do tipo que ganha os outros pelo estômago? Que perigo…

Jun:

— Bom, se é pra ganhar, eu trouxe reforços. —Ele sorri e tira uma caixinha da mochila.

— Dois mochis fresquinhos. Escolhi os de morango porque... sei lá, senti que combinava com você.

Jessie arregalou os olhos, surpresa e encantada.

Jessie:

— Mentira! Eu estava *literalmente* pensando que queria experimentar esses bolinhos essa semana! Como você adivinhou?

Jun (colocando a mão no peito, fingindo mistério):

— Ah… um mágico nunca revela seus segredos.

Jessie (rindo alto):

— E ainda com esse sotaque coreano todo charmoso, tá querendo me conquistar mesmo, hein?

Jun (fingindo modéstia):

— Eu? Jamais! Só estou cumprindo meu dever de embaixador da culinária coreana. Mochi hoje, kimchi amanhã…

Jessie:

— Aí você me perde no kimchi.

Jun (fazendo drama):

— Não! Meu coração… partido. Mochi salva, kimchi perde. Tá difícil esse jogo.

Os dois caíram na risada ali mesmo, no meio da calçada, sem se importar com as pessoas que passavam.

Jessie (mordendo um mochi):

— Hmm… tá, confesso. Mochi já valeu o passeio. Agora vamos ver se o guia é bom mesmo.

Jun (erguendo uma sobrancelha):

— Ah, é um desafio? Então prepare o coração, Jessie. O tour de hoje vai ser inesquecível. — Disse, ele se aproximando do rosto de Jessie.

Jessie apenas sorri tímida ao sentir borboletas no estômago.

Eles caminharam até o metrô mais próximo. Jun explicou com paciência o funcionamento das linhas e até ajudou Jessie a recarregar o bilhete. No trajeto, ele ficou ao lado dela o tempo todo, apontando curiosidades dos bairros pelos quais passavam, com aquele sotaque coreano charmoso que fazia Jessie sorrir sozinha às vezes.

A primeira parada foi a Avenida Paulista. O sol batia entre os prédios altos, e as calçadas estavam cheias de pessoas. Artistas de rua tocavam violão, casais tiravam fotos, ciclistas passavam animados.

Jun:

— Esse é um dos meus lugares favoritos. Muita gente, muita arte, muita vida. Me faz lembrar de Seul, sabe?

Jessie:

— É… aqui tem um movimento parecido, né? Mas também tem uma vibe mais… caótica.

Jun:

— Sim, mas um caos bonito. Especialmente com você aqui.

Jessie fingiu não escutar, mas sorriu, mordendo o canudo do copo de café.

Caminharam até o MASP, tiraram fotos na frente do vão livre, e depois sentaram por um tempo num banco sombreado.

Jessie:

— Eu não imaginava que teria alguém pra dividir esses momentos em SP. Achei que ia fazer tudo sozinha…

Jun:

— Às vezes, as melhores partes da viagem são as que não planejamos.

Depois seguiram para o Parque Ibirapuera. Caminharam pela área do lago, onde crianças brincavam e famílias faziam piquenique. Jun comprou duas paletas mexicanas para eles, e sentaram-se debaixo de uma árvore.

Jessie:

— Esse lugar é lindo. Nem parece que estamos no meio da cidade.

Jun:

— Eu gosto de silêncio de vez em quando. E… gosto ainda mais quando posso dividir com alguém que sorri com os olhos.

Jessie olhou pra ele enquanto sorria meigamente. Ficaram alguns segundos em silêncio, observando os patos no lago e as folhas dançando com o vento.

Jessie:

— Sabe, Jun… você é diferente. No bom sentido.

Jun:

— Eu espero que sim. Porque você também é. Desde o momento que caiu quase nos meus braços — ele ri levemente, parecia que algo tinha começado.

Ela riu junto, sem desviar o olhar.

Jessie:

— E eu tô gostando disso.

Quando o sol começou a descer no céu, pintando tudo de dourado, eles já estavam de volta à estação de metrô.

Jun:

— Jessie… eu sei que combinamos “só por hoje” ontem. Mas posso te pedir mais uma coisa?

Jessie:

— Pode tentar. Vai que eu aceito de novo.

Jun:

— Me chama se quiser sair de novo, se precisar de ajuda, ou se só quiser conversar. Eu quero mais dias como esse. Não só “por hoje”. Pode ser?

Jessie segurou o celular, e sem pensar muito, digitou:

Jessie:

— Então se prepara… porque eu acho que vou chamar mesmo.

Jun:

— Vou estar esperando.

Eles trocaram um último sorriso. Jessie desceu na estação perto da pensão e caminhou devagar pelas ruas calmas do bairro. Cada passo parecia mais leve que o anterior.

Assim que chegou ao quarto, tirou os sapatos e se jogou na cama, abraçando uma almofada com um sorriso bobo no rosto. Abriu o Instagram e viu uma nova notificação:

@jun.park.juny marcou você nos stories:

“Guiei uma pessoa especial por SP hoje… dia memorável.” 💫

O coração dela acelerou de novo. E dessa vez, ela não queria que isso parasse tão cedo.

CONTINUA...

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Duane

Duane

Quero mais já!

2025-06-30

2

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