A Hora dos Sussurros

Leonor detestava a luz do dia.

Era à noite que se sentia viva, inteira, invencível — uma rainha entre sombras. Mas, às vezes, cedia ao desejo proibido de ser apenas mana.

Naquela manhã cinzenta de Moscovo, sentou-se no chão, de costas para a lareira acesa, com Inês aninhada entre suas pernas, penteado devagar os fios dourados da menina. A pequena tagarelava, alternando entre histórias de contos de fadas e perguntas sobre o que existia fora daqueles muros.

Inês — mana... quando eu crescer, posso ir lá fora sozinha?

— perguntou Inês, virando o rosto para encará-la com aqueles olhos lilases que queimavam mais de mil tochas.

Leonor suspirou, prendendo uma mecha de cabelo atrás da orelhinha dela.

Leonor — Talvez. Quando você for mais forte que eu.

Inês — Mais forte? — Inês riu baixinho. — Você é a mulher mais forte do mundo!

Leonor sorriso de canto, mas seus olhos não sorriram junto.

Leonor — Eu sou forte porque preciso ser. Você será forte porque quer ser, Inês. É diferente.

A menina franziu a testa, tentando entender o que só o tempo poderia ensinar. Então, mudou de assunto como só as crianças sabem fazem.

Inês — Você tem fantasmas de verdade mana?

Leonor — Muitos. — Leonor sussurrou, encostado o queixo no topo da cabeça dela. — Mas nenhum pode te machucar enquanto eu estiver aqui.

Inês sorriu satisfeita, puxou o colar de ouro descreto que Leonor usava e ficou brincando com o pingente — um leão minúsculo, símbolo do que foi perdido, lembrança do que ainda resta.

Ali, no calor da lareira, Leonor desejou que o mundo parece. Só por um instante.

Na penumbra de um galpão abandonado, do outro lado da cidade, vozes furiosas de misturavam ao som de papéis sendo rasgados e jogados no chão.

Indivíduo mais velho — Quem foi o idiota que vazou isso?! — berrou o homem mais velho, esmagado um envelope com fotos queimadas nas bordas.

Indivíduo do meio — Não vazaram. Roubaram, senhor. Alguém invadiu o arquivo morto do banco de dados de Lisboa. Pegaram tudo: relatórios, perícias, registros do incêndio…

Indivíduo mais velho — E por que só agora estamos sabendo?

Indivíduo do meio — Porque quem pegou... não quer vender. Ainda não, pelo menos.

O homem mais jovem, o mesmo que descobriu a foto de Inês, levantou uma tremida: um vulto dourado entre chamas, o rosto de Leonor meio escondido pela fumaça.

Indivíduo mais novo — Ela sabe quem fez isso. Aposto minha cabeça.

Indivíduo mais velho — Então ache esse arquivo rosnou o mais velho. — E ache a fonte antes que a própria Leoa fantasma cale essa boca para sempre.

No fundo da sala, ninguém percebeu que, escondidas dentro de um cofre selado, Leonor guardava a única foto intacta daquele dia — uma lembrança que jamais queimaria, não importa quantos fantasmas viessem caçá-la.

Oiii meus queridos(as), bom dia, boa tarde ou boa noite, como vocês estão?

Eu vim aqui avisar os dias de atuação da obra que seriam nos dias 3,13 e 23, não se preocupem estarei atualizando sempre nesses dias, e se eu ficar muito ansiosa para postar o capítulo eu vou postar conserteza. Mas autora se você postar antes você não vai postar no dia oficial? Não gente, eu vou postar sim.

Bom meus amores e isso por hoje eu espero que tenham gostado, e por favor se tiver algum erro me falem que eu irei tomar mais cuidado na hora de digitar, beijos e até a próxima.😘😘

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