Sob o domínio da máfia

Dois dias.

Isabella passou dois dias inteiros trancada no quarto, recusando-se a descer, comer ou sequer responder às batidas na porta. Ela estava determinada a mostrar que Alessandro podia ter tirado sua liberdade, mas não teria sua obediência.

A comida deixada na porta voltava intocada. A governanta tentava insistir, mas Isabella apenas gritava:

— Manda o rei da máfia enfiar esse jantar de porcelana onde ele quiser!

Do lado de fora, Alessandro recebia cada negativa com os punhos cerrados. O orgulho dele já estava machucado desde o casamento forçado — mas agora, ela desafiava cada centímetro de controle que ele tentava manter.

Na terceira noite, ele finalmente perdeu a paciência.

Subiu as escadas com passos pesados, abriu a porta com força e entrou no quarto como um furacão.

Isabella estava na janela, de costas. Nem se virou.

— Vai me arrastar pelo cabelo agora? Já era de se esperar.

— Você vai descer. Vai comer. E vai parar com esse teatro infantil — a voz dele veio dura, cortante.

Ela se virou devagar, o olhar frio como gelo.

— E se eu não quiser? Vai me prender no porão? Vai me dar ordens como se eu fosse um dos seus capangas? Lamento, Moretti… mas não sou mais um brinquedo que você pode controlar.

Ele fechou a porta atrás de si com um estalo seco. O ar entre eles ficou pesado.

— Você tá brincando com fogo, Isabella.

Ela deu um passo à frente, sem medo.

— E você é só fumaça tentando parecer chama.

A raiva brilhou nos olhos dele. Em dois passos, Alessandro estava diante dela. Segurou o braço dela com firmeza, sem machucar, mas o suficiente para mostrar que a paciência dele tinha limite.

— Você quer me provocar? Tá conseguindo. Mas cuidado com o que deseja.

— Me solta! — ela tentou puxar o braço, mas ele a imprensou contra a parede.

Isabella sentiu o peito dele colado ao seu, o calor da raiva, o cheiro amadeirado do perfume… o mesmo que sentiu naquela primeira noite. E mesmo lutando para não ceder, seu corpo reagiu.

Ela o empurrou com as duas mãos, mas ele nem se moveu.

— Você se acha tão no controle, Alessandro, mas a verdade é que tá perdendo. Porque quanto mais tenta me dominar, mais ridículo você parece.

Ele riu, mas o som era sombrio.

— Acha que me afeta? Acha que suas birras me irritam? — A mão dele subiu, tocando de leve o pescoço dela, com os dedos pressionando só o suficiente para ela entender o recado. — Você é uma pedra no meu caminho… mas é uma pedra bonita. Os dedos dele foram descendo até a intimidade dela, e ele ficou alisando e massageando, depois introduziu um dedo, depois mais um e ficou fazendo movimentos de vai e vem

Isabella estremeceu — e odiou o próprio corpo por isso.

— Você me odeia, Isabella. Mas seu corpo mente — ele sussurrou, colando os lábios no ouvido dela, sem tocá-los. — Você treme. Sua respiração muda. Você sente. Mas finge que não.

Ela o empurrou com força e deu um tapa no rosto dele.

O estalo ecoou no quarto.

Alessandro virou o rosto lentamente, com a marca vermelha na pele. E então… sorriu. Um sorriso torto, quase selvagem.

— Acha que vai me atingir assim? — Ele se aproximou de novo, o rosto colado ao dela, os olhos cravados nos dela. — Pois escuta com atenção: seu pai te vendeu como se você não valesse nada. Eu fui o único idiota que aceitou pagar.

Ela arregalou os olhos, engolindo em seco.

— Você não é lixo, Isabella. Mas também não é especial aqui dentro. Não finja que é a vítima… porque nesse jogo, todos estão sujos.

A raiva queimou no olhar dela. E algo mais: dor. Humilhação. Verdade demais em uma frase só.

Mas ainda assim, ela não cedeu.

— Eu posso ser tudo isso. Mas ainda tenho mais honra do que você jamais vai ter.

Alessandro a soltou de repente, como se a intensidade do próprio toque o queimasse.

Virou as costas, passou as mãos nos cabelos e murmurou:

— Vista-se. Amanhã vamos ao jantar com a família D’Amico. Quero minha esposa ao meu lado.

— Vai ter que me arrastar.

— Não se preocupe. — Ele parou na porta. — Arrastar você tem sido meu passatempo preferido.

E saiu, deixando Isabella com o coração acelerado, os olhos marejados e os sentidos em guerra.

O ódio crescia.

Mas o desejo…

o desejo já estava lá.

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Comments

Joana darc Campanha

Joana darc Campanha

muito chata essa Isabela

2025-07-24

0

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