Noah narrando
Assim que terminei de contar o dinheiro e conferir os bagulhos da boca, as duas entraram na minha sala. A Ana, como sempre, abrindo o caminho sem bater. E foi aí que eu vi a Radja de verdade.
Ela tava ali, parada, séria. Os cabelos longos, castanhos escuros, caíam soltos nos ombros. O corpo... mano. Não dava pra ignorar. Tinha um jeito quieto, mas o olhar dela era firme, apesar do medo estampado no rosto. Ela parecia desconfiada de tudo — inclusive de mim.
Fiquei encarando por um segundo a mais, até ouvir a voz da Ana me tirando dos pensamentos.
— Ei, dá pra parar de babar um pouco e levar a gente pra ver a casa?
Revirei os olhos, disfarçando.
— Bora, vou levar vocês lá agora. A casa é bem simples, mas é minha e acredito que você ficara bem mais confortável lá. Cuida bem dela em.
A Radja não disse nada. Só me acompanhou em silêncio, observando tudo, como se estivesse mapeando cada rua com os olhos. Dava pra ver que ela não tava acostumada com aquele ambiente. O medo era claro, mas ela não deixava transparecer tanto. Segurava no orgulho e ana o sempre acalmando da forma que podia.
Chegamos na casa. Fica numa rua mais sossegada, perto da minha, mas ainda dentro do movimento. Quatro cômodos, uma área no fundo. O portão era meio velho eletrico, mas a estrutura era boa.
A Ana, como sempre, falando sem parar. Comentando da pintura, do espaço, do sol batendo na área. Já tava me dando dor de cabeça.
Mas aí a Radja finalmente falou comigo depois de eu meio que ameaçar ela
— Se tu fizer merda, tá ligada que vai rodar, né? — ele falou olhando nos meus olhos mais baixo que era só ara eu ouvir enquanto ana estava lá no quarto..
— Eu só quero paz, respondi. levantei as mãos em rendição.
acertamos o valor da casa e confesso que pelo preço acredito que esta bem mais abaixo do que ela vale mais em fim ..
Foi a primeira vez que ela me encarou de verdade. O olhar dela era sério, determinado. Ela segurava um envelope grosso na mão.
— Então... vou ficar com a casa. O pagamento de quatro meses tá aqui. Tô pagando adiantado.
Fiquei olhando pra ela por um instante, meio surpreso. Ela não gaguejou, não se intimidou tanto comigo . Só falou e estendeu o envelope.
Peguei e conferi. Tava tudo certo.
— Tá certo. Pode pá. qualquer fita estou a disposição.
Olhei pra Ana.
— Depois vai com ela lá no galpão. Tem uns móveis guardados lá. Manda ela escolher o que quiser. Depois eu mando os meninos levar pra casa, firmeza?
— Fechou, irmão, ela respondeu animada, como se tivesse ganhado um prêmio.
- e sobre a pintora da casa depois alguém vem resolver isso ai para você e trocar esse portão velho ai .
Deixei elas ali, e voltei pra boca. Ainda tinha coisa pra resolver.
Mas antes de descer de volta pro corre, peguei o rádio.
— Ô, Zóio. Passa no galpão mais tarde. A Radja vai escolher uns móveis. Leva tudo pra casa dela. Trata bem, hein tio e qualquer fita liga eu.
confesso que fiz o preço daquela casa bem mais baxo do que eu cobraria naquela casa sei que a mina ta precisando da para ver na cara dela .
chamo o xt na sala e mando ele levantar tudo que ele puder sobre ela quero a ficha completa dela
Guardei o rádio, acendi um cigarro e respirei fundo.
Estava tentando tirar a imagem daquela mulher da cabeça ... mas, por algum motivo, ela já tinha entrado sem pedir licença. puta que pariu bandido não pode se apaixonar não meu...
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Atualizado até capítulo 34
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