saindo de casa

Foi aí que me lembrei da Ana — minha melhor amiga. Peguei o celular, lembrando do que ela havia me dito a um tempo atrás: que no lugar onde ela morava sempre tinha casa pra alugar. Mas tinha um porém… Era preciso falar com o dono do morro, se eu quisesse morar por lá.

Naquele momento, eu não via outra alternativa. Aquilo era a minha única saída. eu tinha que me decidir se eu ficaria ali vivendo o inferno ou iria embora para sempre viver a minha vida e tentar recomeçar.

Abri o WhatsApp e chamei ela:

whats on

— Piranha?

— Fala, vaca! 😂

— Sabe onde tem casa para alugar? Tô precisando com urgência.

— Sei sim. Mas... aconteceu alguma coisa?

— Depois eu te explico, tá bom? Vou arrumar as minhas coisas. Tô indo praí. Preciso de um lugar para passar a noite. Posso ficar na sua casa hoje?

— Pode, sim, sem problema nenhum. Te busco na barreira.

— Tá bom. Quando eu chegar, te ligo pra você me buscar lá. Ok?

— Ok. Bjus ❤️

whats off

Fechei o aplicativo e terminei de arrumar as minhas coisas. Não era muita coisa mais era tudo o que eu tinha: uma mala grande, uma mochila e uma bolsa de mão. Peguei o celular novamente, chamei um Uber, e antes de sair da casa onde cresci… parei.

Olhei tudo em volta e fiquei por ali pensando em tudo que vivi tanto com coisas boas quanto as ruins.

Queria guardar na memória cada detalhe. Cada canto. Queria lembrar dos momentos bons com a minha mãe — porque, apesar de tudo, existiram. Mas algo dentro de mim dizia que isso ainda não tinha acabado. Um pressentimento. Como se a história estivesse longe do fim.

Balancei a cabeça, tentando afastar os pensamentos ruins. Talvez fosse só o trauma, o cansaço, o coração apertado por ter que ir embora daquele jeito. E ainda pior: sabendo que a minha mãe a minha unica mãe … não acreditava em mim.

eu contei a ela mais ela não acreditou.

Mas ali, de pé, com as lágrimas queimando os meus olhos, fiz um juramento silencioso. Um pacto comigo mesma:

Um dia, eu vou volta e me vingar daquele canalha. Nem que leve anos. Eu vou.

Respirei fundo.

Antes de sair de vez, olhei a minha mãe pela última vez. As lágrimas desceram no meu rosto. E eu disse, com a voz tremendo:

— Ah, minha mãe… como eu queria que tudo fosse diferente. Que a senhora tivesse acreditado em mim. Mas não quis. E eu só espero, de coração, que um dia a senhora se arrependa. E veja quem ele é de verdade. Porque ele... ele não presta. A senhora, dona Rafaela, merecia mais.

Mas ela não respondeu. Nada. Nenhuma palavra. Só fez um gesto com a mão, mandando eu sair.

Aquilo me quebrou por dentro. Ainda mais.

Saí da casa com o coração em pedaços, a alma em silêncio. Eu não sabia o que o destino reservava pra mim dali em diante… mas, enquanto caminhava em direção ao carro, só consegui pedir uma coisa:

— Deus… me ajuda. Por favor. eu tenho um pouco de dinheiro que ajuntei enquanto eu trabalhava sei que consigo memmanter um pouco ate ter um novo serviço.

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