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O som do salto batendo no mármore ecoava pelo castelo. Aurora descia as escadas, ajeitando o cabelo, vestida perfeitamente, rosto impecável e aquela cara de “eu sou bonita, rica, poderosa, e problema pra quem não gostou”.

Dante estava sentado na enorme mesa de mogno, analisando contratos, relatórios e, provavelmente, decidindo quem vive e quem morre naquele dia. Terno impecável, cabelo penteado pra trás, aquele relógio de milhões brilhando no pulso e aquele olhar de rei — sério, intenso e completamente dela.

— “Preciso conversar com você.” — ela falou, parando na frente dele, cruzando os braços.

Dante largou a caneta, recostou na cadeira, e arqueou uma sobrancelha.

— “Diga, piccola.” — a voz grave, firme, com aquele sotaque italiano que fazia qualquer um derreter.

— “Não me leve a mal, amor... Mas eu tô surtando aqui dentro. Eu tenho vida, sabe? Faculdade, amigas... Eu não posso virar uma prisioneira do seu castelo só porque agora sou... sei lá... sua companheira, esposa, amante, alma gêmea, sei lá como vocês vampiros chamam isso.” — ela soltou, séria.

Ele respirou fundo, girou o anel no dedo, e manteve aquele olhar firme, impassível.

— “Você tem sua liberdade, Aurora. Eu não te prendi aqui. Nunca faria isso. Mas... você precisa entender que... você carrega meu sobrenome agora. E isso vem com consequências.” — a voz dele era firme, mas não ríspida.

Ela se aproximou, apoiou as mãos na mesa, olhou diretamente nos olhos dele e respondeu:

— “E você carrega o meu, Dante. Isso quer dizer que também tem que se acostumar com o caos que é conviver comigo.” — sorriu, cheia de malícia.

Ele sorriu de canto.

— “Deus... Você vai me levar à loucura.” — apertou a ponte do nariz, respirando fundo.

Levantou-se, deu a volta na mesa, segurou o queixo dela, e falou contra seus lábios:

— “Vai. Faz sua matrícula. Sai. Vive. Mas... Aurora...” — segurou mais forte, apertando a cintura — “Nunca se esqueça de quem você pertence.” — aquele tom que era meio ameaça, meio promessa de prazer, meio lembrete do homem perigoso que ele era.

Ela riu.

— “Se eu esquecer, amor... pode me lembrar. Na cama, de preferência.” — piscou e mordeu o lábio inferior.

Ele segurou a risada, e beijou sua boca com força, colando o corpo no dela.

— “Você me provoca, e depois pede paz... Você não presta, piccola.”

🩸🔥

O dia seguiu. Dante trancado no escritório, em reuniões, ligações, resolvendo tretas da máfia e dos negócios. Aurora pegou o carro — um presente ABSURDO que Dante deu (uma Lamborghini preta fosca, com interior vermelho) — e foi pra faculdade.

Chegou no campus, toda plena, poderosa, os olhares se virando, e ela fingindo costume.

— “Gente... eu só queria estudar bioquímica... não virar influencer...” — murmurou, segurando os livros.

As amigas logo se aproximaram. Marina, doidinha. Júlia, toda debochada. E Letícia, a mais centrada.

— “MULHER, ONDE TU TAVA? SUMIU, FOI PRA LUA?” — Marina já gritou.

— “Casa nova, vida nova... e um marido que é mais controlador que GPS de mãe.” — respondeu, rindo.

As amigas gargalharam.

— “Aí que delícia. Rico, gato, e possessivo? Eu QUERO.” — Júlia falou, piscando.

— “Vocês não têm ideia...” — Aurora respondeu, passando a mão no pescoço, exatamente no lugar onde as marcas dos dentes dele ainda estavam.

🩸🔥

Enquanto ela ria com as amigas, bem plena, Dante...

Dante estava sentado no escritório, olhando o celular.

Vinte minutos sem mensagem dela.

Dez segundos sem atualização.

Ele fechou o laptop, chamou Matteo no viva-voz.

— “Ativa o rastreador dela. Quero a localização exata.”

— “Dante...” — Matteo riu do outro lado. — “Você é doente. Ela tá na faculdade, irmão. Relaxa.”

— “Ativa. E não discute.” — rosnou.

🩸🔥

À noite, Aurora manda mensagem:

— “Amor... vou sair com as meninas, tá? Só pra espairecer... Uma boatezinha, nada demais...”

O inferno se abriu.

Dante levantou da cadeira com tanta força que a cadeira bateu na parede.

O celular quase quebrou na mão dele.

Matteo entrou na sala.

— “Que foi?”

— “Ela vai pra uma boate.” — rosnou. — “Ela... Vai... Pra... Uma... Boate.”

Matteo segurou o riso.

— “Meu Deus... Essa garota tem coragem.”

Dante respirou fundo.

Apertou o maxilar.

Pegou o paletó.

— “Ativa os carros. Reúne os homens. Eu vou buscar a minha mulher. E se tiver UM... UM MACHO... olhando pra ela... Eu juro... que vai ter sangue hoje.”

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