...Narrado por Sebastián Herrera...
Dizem que monstros não sentem.
Que homens como eu são feitos de aço e sangue.
Que o amor é fraqueza. E a fraqueza mata.
Foi isso que aprendi desde cedo.
Desde que vi minha mãe morrer diante dos meus olhos, sufocada pelo próprio medo, enquanto meu pai segurava uma arma e dizia que sentimentos são o que destroem os homens fortes.
Aprendi a endurecer. A calar. A nunca hesitar.
Hoje, sou o Don da máfia Herrara.
Minha palavra vale mais que a lei. Minha presença silencia salas inteiras.
E o que menos esperava era ser atingido por um olhar doce... logo ali, na minha própria casa.
A manhã ainda despertava quando entrei na sala de jantar.
Eu não costumo descer tão cedo, mas aquela noite tinha sido agitada, e minha mente inquieta precisava de silêncio e café.
Foi então que a vi.
De costas para mim, ajeitava a mesa com delicadeza. Colocava flores num pequeno vaso de vidro no centro, com um cuidado quase poético. Usava um vestido simples, os cabelos presos de maneira despretensiosa.
E, ainda assim, havia algo... hipnotizante nela.
Dei mais um passo. O som da minha sola no mármore a alertou. Ela se virou devagar.
Nossos olhos se encontraram.
E naquele instante, eu soube que algo tinha mudado.
Ela ficou estática por um segundo, como se não soubesse se deveria se desculpar ou fugir.
Eu apenas a encarei. Em silêncio.
A menina parecia um cervo diante de um lobo. Mas havia firmeza em seu olhar, mesmo que tímido.
— Você é nova aqui? — perguntei, minha voz grave quebrando o ar entre nós.
Ela abaixou os olhos antes de responder:
— Sou Carolina... sobrinha da cozinheira, dona Cida. Vim do Brasil. Meus pais... morreram num acidente.
Sua voz era baixa, mas clara. Carregava dor, mas também dignidade. E, por um segundo, eu me vi... desarmado.
— E o que está fazendo aqui tão cedo? — perguntei, mais por vontade de ouvir sua voz do que por curiosidade real.
— Estou ajudando minha tia. Ela me ensinou a preparar a mesa.
Assenti, sem dizer nada.
Poderia ter ido embora. Poderia ter virado as costas e seguido minha rotina fria.
Mas não consegui.
Aproximei-me da mesa, observando as flores que ela havia colocado. Girassóis e margaridas. Simples. Alegres. Inadequadas para uma casa como esta. E, ainda assim, estavam perfeitas.
— Você gosta de flores?
Ela assentiu, com um pequeno sorriso:
— Minha mãe adorava. Me ensinou a usar a beleza das coisas simples.
Me calei. Porque, por dentro, algo em mim gritava. E eu não sabia nomear.
Ela desviou o olhar e começou a se afastar, como se tivesse invadido um território proibido.
— Carolina — chamei antes que saísse.
Ela se virou, confusa.
— Seja bem-vinda.
Foi tudo o que consegui dizer.
Mas, naquele momento, soube que aquela menina — com seus olhos de aurora e voz de saudade — ia ser o meu caos.
E talvez... a minha única paz.
⚫ Olá pessoal o início dessa mais nova história linda cheia de emoções e reviravoltas espero que vocês curtam esse nosso Mafioso minha nossa mocinha que conquistará o coração dele.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 60
Comments
Nilzete Amorim
comecei ler hoje dia 01/07 estou amando adiro Mafiosos.
2025-07-02
1
Gislaine Duarte
já gostei do início ☺️
2025-06-27
1
Nath Mello
começando ler hoje hoje 02/07😍
2025-07-02
1