Entre o prazer e o controle

Henrique despertou no meio da madrugada, suado, o peito arfando. Sonhara com Aline... mas não era com ela em seus braços. Era com ela nos braços de outro. Um estranho. Um vulto. Ele assistia de longe, incapaz de tocar, apenas sentindo — como fogo sob a pele — a excitação e o tormento da posse dividida.

Sentou-se na beira da cama e olhou para ela, adormecida, nua, os cabelos emaranhados no travesseiro, com o corpo ainda marcado pela intensidade da noite anterior. Ainda era sua. Mas ele já sentia: algo estava mudando.

☕ Na manhã seguinte

— Você sonhou? — perguntou Aline, enquanto mexia o café.

Henrique ergueu os olhos, surpreso.

— Como sabe?

— Você se revirava. Falava meu nome. E outro nome. Um que não reconheci.

Ele engoliu em seco.

— Acho que estou sendo mais afetado por isso do que imaginava.

Aline sorriu, misteriosa.

— Eu também. Só que diferente.

Ela levantou-se e caminhou lentamente até ele. Sentou-se em seu colo. Estava usando apenas uma camisa dele, longa o suficiente para cobrir quase tudo, mas curta o bastante para provocar.

— Henrique… você ainda quer continuar?

— Quero. — Ele respondeu sem hesitar. — Mas estou começando a perceber o que significa abrir essa porta. Não é só prazer. É… uma espécie de abismo.

Ela acariciou o rosto dele.

— Então vamos cair juntos.

📲 O convite

Naquela tarde, Aline mandou uma mensagem que o fez suar:

📱 “Hoje, não será apenas olhares. Quero ir além. Mas você estará lá. Observando.”

Anexado à mensagem, uma foto: lingerie vermelha, salto alto e um batom mais escuro do que o habitual. Ela estava se preparando. Para algo real. Algo definitivo.

Henrique sentiu o estômago revirar. Desejo, ciúme, medo e excitação se misturaram em uma tempestade silenciosa dentro dele.

Ele respondeu apenas:

📱 “Onde?”

Aline enviou a localização. Um flat no centro. Um local neutro. Um espaço fora do lar — fora das regras que um dia definiram o casamento deles.

Henrique chegou antes. Subiu pelo elevador com o coração acelerado, os pensamentos confusos, o membro pulsando sob a calça. Quando entrou no apartamento, tudo estava à meia-luz. Uma cadeira em frente à cama. Uma garrafa de vinho. Um copo só.

E então ela apareceu.

🔥 O início do fim do controle

Aline entrou no quarto com um homem. O mesmo do bar. Moreno, seguro, olhos famintos. Os dois conversavam em tom íntimo, como se estivessem sozinhos.

Ela olhou para Henrique — agora sentado na cadeira, calado, tenso. E sorriu. Um sorriso de mulher que sabe exatamente o que está fazendo.

— Ele vai só observar — disse ela ao homem.

— Tudo bem — respondeu o outro, com um tom calmo. Quase dominante.

Aline tirou o casaco devagar. Depois o vestido. Estava com a lingerie da foto. Henrique quase gemeu só de vê-la.

O homem a puxou pela cintura. Começou a beijá-la no pescoço, nas costas. Aline fechava os olhos. Henrique sentia o sangue ferver. Estava de pau duro, respirando fundo, com os punhos cerrados nos braços da cadeira.

Ela não passara nenhum limite físico ainda — mas, emocionalmente, já estava em outro patamar. Ela se oferecia. E ele… assistia. Sem poder tocá-la. Sem poder interromper.

O homem ajoelhou-se. Passou os dedos por cima da renda da calcinha. Aline gemeu baixinho. Então, quando ele tentou avançar, ela parou.

— Ainda não — disse firme.

Virou-se para Henrique. Os olhos dela estavam cheios de fogo.

— Hoje, só quero que você veja até onde sou capaz de ir… e perceber o quanto isso mexe com você.

O homem levantou-se. Deu um beijo nos lábios dela e saiu, como se já soubesse que esse era o plano.

Aline caminhou até Henrique. Subiu no colo dele, tirou sua camisa e sentou-se nua sobre a ereção latejante dele, ainda por cima da calça.

— Está sentindo isso? — sussurrou em seu ouvido. — Isso é poder. Meu. E eu te deixo participar… se merecer.

Henrique gemia sem voz. Era dominado por ela. Pela mulher que ele mesmo despertara. E agora, ela conduzia o jogo — e ele estava à mercê.

🌒 Na escuridão do prazer

Fizeram amor ali mesmo, bruto e desesperado. Mas algo tinha mudado. Henrique não era mais o protagonista. Era um adorador. E Aline, a deusa em ascensão.

E ele, em silêncio, começava a entender que já não estava no controle.

Estava amando isso… e odiando ao mesmo tempo.

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