Henrique acordou cedo naquela manhã. Ainda podia sentir o perfume de Aline nos lençóis e o gosto dela na boca — o gosto da entrega, da ousadia, do jogo que agora deixava de ser apenas imaginado.
Mas algo havia mudado dentro dele. A excitação ainda estava lá, pulsando forte, mas misturada a uma inquietação estranha. A imagem de Aline recebendo olhares, sorrindo de volta, brincando com o limite… aquilo o deixava aceso e, ao mesmo tempo, um pouco à deriva.
No entanto, não havia espaço para dúvidas. Eles haviam começado juntos. E iriam até o fim — juntos.
Naquela tarde, Aline enviou uma mensagem enigmática:
📱 “Quero mais. Hoje à noite. Quero que você me veja. De verdade.”
Henrique respondeu apenas com um emoji de chama e um coração. O peito acelerava, o corpo vibrava com a promessa de algo novo.
📍O Lugar
Era um lounge discreto no centro da cidade, frequentado por casais modernos, alguns alternativos, outros discretamente pervertidos. Não era um clube sexual declarado — mas todos sabiam que, ali, os limites eram maleáveis, e os olhares diziam mais que palavras.
Aline entrou primeiro, como combinado. Estava deslumbrante.
Usava um vestido vinho de tecido fino, justo ao corpo, com transparência nas laterais e costas nuas. Por baixo, apenas uma lingerie delicada, de renda preta. Seus saltos batiam ritmadamente no chão como um feitiço.
Henrique a observava de longe, sentado no bar, conforme haviam combinado. Ali, ele não era o marido. Era o espectador. A testemunha silenciosa da mulher que ele ajudou a despertar.
Um homem se aproximou da mesa onde Aline estava. Moreno, maduro, olhar firme. Parecia saber o jogo — ou pelo menos aceitar as regras com naturalidade. Começaram a conversar. Henrique observava tudo, cada gesto, cada sorriso, cada cruzar de pernas.
Aline tocou o braço do desconhecido. Riu de algo que ele disse. E então, num movimento milimetricamente calculado, olhou para trás, diretamente para Henrique. O olhar dela era claro: "Você está preparado para isso?"
Henrique assentiu com um leve movimento de cabeça. E ali, naquele instante, a primeira prova começou.
O homem se levantou e estendeu a mão. Aline aceitou. Juntos, foram para a pista de dança. Os corpos se aproximaram. Ele segurou sua cintura. Ela encaixou os quadris lentamente no ritmo da música.
Henrique sentia o corpo quente. O copo de uísque parecia pesado nas mãos. A dança deles não era vulgar, mas também não era inocente. Era uma coreografia de desejo velado, e ele era o público cativo.
Quando a música acabou, Aline o beijou no rosto. Lento. Perto da boca. Intencional.
O homem agradeceu, disse algo ao pé do ouvido dela, e voltou para sua mesa. Aline caminhou até Henrique.
— Como foi? — ele perguntou, a voz rouca.
— Você viu.
— E… o que sentiu?
Ela o encarou. Havia um brilho diferente em seus olhos.
— Poder. E liberdade. Você?
Henrique não respondeu. Puxou-a pela cintura e a beijou ali mesmo, com intensidade. O gosto dela, misturado ao desejo que ela despertava em outros, o enlouquecia.
No carro, a tensão entre os dois era quase insuportável. Aline levantou o vestido, sentou-se de lado e colocou a perna por cima do colo dele.
— Quase deixei ele me beijar — sussurrou. — Queria ver sua reação.
Henrique travou o volante, os olhos fixos na estrada.
— E o que você achou?
— Achei que você ainda está no controle. Mas por pouco.
Ele sentiu o membro latejar. Aquilo não era mais só jogo. Era transformação. E estava acontecendo rápido.
🌓 De volta ao quarto
Naquela noite, Henrique a tocou como se fosse outra. E era. Cada parte do corpo dela reagia com uma nova sensibilidade. Os gemidos tinham uma profundidade diferente. Aline não era mais só sua esposa — era a mulher que todos queriam e ele tinha o privilégio de possuir… até quando ela permitisse.
E assim terminou a primeira prova. Não com sexo — mas com algo mais perigoso: o gosto do limite sendo ultrapassado.
Eles haviam cruzado a primeira linha. E do outro lado, o jogo real apenas começava.
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Atualizado até capítulo 33
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