04

Com mais charme, fluidez e provocação

Bruno: Entendo seu posicionamento. Mas eu não sou assim. Atendo mais de dez mulheres por dia e, sinceramente, você foi a única que me fez sentir vontade de ultrapassar essa linha — sem medo de ser mal interpretado, sem medo de levar um “não”.

Bruno: Me dá uma chance de te mostrar que posso ser um homem de 365 dias... te desejando, te conquistando, todos os dias. Se você não quiser rotular o que temos agora, tudo bem. Mas o que eu quero... é você inteira.

— Inteira? — brinco, com um sorriso no canto da boca.

Bruno: Sim. Completa. Alma, corpo e essa mente afiada.

— Sem pressa...

Bruno: Exato. Por que não fazer disso um retiro? Já ouviu falar em “relacionamento off”?

— E aí no caso você quer esconder minha existência?

— Não, meu amor... quero preservar. Conhecer você sem pressão, sem expectativas alheias. Viver experiências reais, só nossas.

Bruno: Mas com uma condição... você vai ser só minha.

Ele se inclina devagar e inspira profundamente o perfume no meu pescoço.

— Bruno, você é bem possessivo, né?

— Com o que é meu? Bastante.

O Jantar

Após o jantar, saímos do restaurante e o ar da noite parece ainda mais quente. Bruno segura minha mão com firmeza e me guia até o estacionamento. Meus olhos arregalam quando vejo o carro vermelho parado à nossa frente.

— Então era verdade mesmo... uma Porsche vermelha. — comento, mordendo o lábio, tentando esconder a surpresa.

— Eu disse que ia te levar pra casa, e não era de ônibus. — Ele sorri, abre a porta do carro e segura a porta para mim, como um verdadeiro cavalheiro.

— Uau, isso tudo por mim?

— Você não tem ideia do que eu faria por você.

Entro e ele fecha a porta com cuidado. Do lado de dentro, o banco é de couro macio, o interior impecável. O cheiro do carro se mistura com o perfume dele, amadeirado, viciante.

Assim que ele dá partida, o ronco do motor preenche o silêncio, e ele me lança um olhar de lado, cheio de segundas intenções.

— Tá confortável?

— Muito... mais do que eu imaginava. — digo, cruzando as pernas de propósito, percebendo o olhar dele deslizando rapidamente por elas.

— Esse vestido está me matando desde a hora que você chegou no restaurante.

— Que bom saber... foi exatamente pra isso que eu o escolhi.

O clima entre nós esquenta a cada quilômetro. Bruno mantém uma das mãos firmes no volante, a outra descansa no câmbio, mas seus olhos não param de me fitar.

— Você sabia que é um perigo sair assim comigo? — ele solta, a voz rouca, baixa.

— Por quê?

— Porque eu sou homem. E você... está irresistível. E esse vestido parece ter sido feito pra ser tirado, não usado.

Dou risada, tentando disfarçar o calor que sobe pelo meu corpo.

— Se eu soubesse, teria escolhido um ainda mais ousado.

— Não provoca. Ainda não chegamos.

Ele para o carro no semáforo e vira o rosto pra mim. O semáforo não é o único vermelho agora — minha pele está quente, minhas bochechas em brasa.

— Posso te dizer uma coisa?

— Pode.

— Eu queria parar esse carro agora mesmo, te colocar no meu colo e descobrir se o gosto da sua boca é tão bom quanto o cheiro do seu pescoço.

— E o que te impede?

— O respeito que tenho por você. E porque quero fazer isso direito... não como uma aventura de uma noite.

Meu coração dispara. Ele não desvia os olhos, e eu sinto que aquilo não era só um jogo. Era desejo com intenção.

Chegamos à frente da minha casa. Ele desliga o carro, mas não sai. O silêncio é intenso, elétrico.

— Quer que eu te leve até a porta? — pergunta, com um sorriso enviesado.

— Só se for pra se despedir com um beijo de verdade. Nada de selinho hoje.

Ele solta o cinto devagar, se inclina sobre mim e segura meu queixo com firmeza.

— Então vem cá.

O beijo é quente, molhado, cheio de promessas. Ele não tem pressa, mas também não poupa desejo. Suas mãos tocam minha cintura, e eu me deixo levar. Quando ele se afasta, meus lábios ainda o seguem, famintos.

— Se você dormir pensando nisso... é porque estamos no caminho certo.

— Se eu dormir — retruco, ofegante. — Você não faz ideia do que está causando aqui dentro.

Ele sorri e beija meu nariz, como se fosse possível ser doce depois daquele beijo de tirar o fôlego.

— Boa noite, minha Sophia.

— Boa noite, doutor tentação.

Saio do carro com as pernas trêmulas e um sorriso bobo nos lábios. Ele espera eu entrar e só então dá partida. Aquele som da Porsche se afastando ficou marcado... mas nada tão marcante quanto aquele beijo.

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Comments

Luzia Carvalho

Luzia Carvalho

já começaram quente, eu fico só na expectativa.

2025-06-17

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