Capítulo 4

Victor Walker

A boate estava lotada de convidados, todos vestidos de roupas de grifes e joias caras. A música era alta e a iluminação era uma mistura de luzes coloridas e lasers que dançavam pelo teto.

No centro da pista de dança, uma enorme tela de LED exibia a minha imagem, com letras e números gigantes que celebravam os meus 27 anos.

Eu usava um termo preto Armani e uma camisa branca de seda. Eu estava numa mesa VIP, rodeado de modelos e celebridades.

Eu sorria e brindava com champanhe, enquanto era elogiado e parabenizado por eles.

A mesa VIP era uma verdadeira obra de arte, com uma vista panorâmica da pista de dança e uma grande garrafa de champanhe Dom Pérignon. Os garçons atendiam até aos mínimos desejos dos convidados, a comida e a bebida eram servidos em pratos e taças de porcelana fina.

No canto da pista de dança, uma banda ao vivo tocava música eletrónica, enquanto os DJs mais famosos da cidade se revezavam nos controles.

A pista de dança estava lotada de pessoas dançando e divertindo-se, enquanto os seguranças vigiavam tudo para garantir que nada saísse do controle.

Eu levando-me da mesa e subo ao palco, onde sou recebido por aplausos e gritos de "Feliz aniversário!"

Eu agradeço pelos parabéns e presentes de joias e obras de arte que eu recebi. Sei bem das jogadas por detrás dos presentes. Todos querem uma fatia daquilo que eu tenho.

— Eu sou o rei desta noite. - Eu digo confiante e recebo aplausos. — Vou fazer com que esta noite seja inesquecível para todos vocês.

A multidão aplaudiu e gritou, enquanto brindo o champanhe e jogava dinheiro para a multidão.

A festa estava no auge e eu era o centro de tudo. Bebia e dançava como louco. Várias mulheres tentavam me seduzir e estava amando cada momento.

A festa só terminou de madrugada e os convidados despediram-se de mim. Fui acompanhado pelos meus seguranças até a saída e seguimos para a minha mansão. E claro que acompanhado de uma modelo para terminar a comemoração em cheio.

.........

Dormia na minha cama king-size, cercada por cortinas de seda e lençóis de cetim.

A luz do sol estava a começar a entrar pelas janelas, iluminando o quarto luxuoso. De repente, a porta do quarto abriu-se com um estrondo e a minha mãe, Vivian, entrou furiosa.

— Victor, como pôde fazer isso comigo? - Ela gritou e sua voz ecoava pelo quarto. — Eu sou a sua mãe e pelo amor de Deus! Nem me convidou para a sua festa de aniversário? - Fala indignada.

Eu sento na cama e esfrego os olhos. Eu não estava surpreso ou preocupado com a raiva dela.

— Bom dia, mãe. - Digo, com um tom neutro e indiferente.

Ela aproximou-se da cama, sua expressão era de fúria. Sempre foi exagerada.

— Bom dia? Você acha que um simples "bom dia" vai resolver isso? Você humilhou-me, Victor. Me ignorou por completo.

Apenas dei de ombros e reviro os olhos. Quanto drama por nada.

— Eu não vi a necessidade de ti convidar para a festa. ‐ Digo sem demonstrar nenhuma emoção a ela. — A festa era para amigos e associados. Não uma reunião familiar.

— Não era uma reunião familiar? Você é meu filho, Victor! Eu deveria ter sido convidada e ter sido a primeira a saber sobre essa festa. ‐ Ela fica vermelha de raiva e eu acho isso icónico.

— Eu não vejo motivo para você fazer tanto barulho, mãe. ‐ Eu levanto, estico os braços e encaro-a. — Você sabe que eu não faço as coisas por obrigação. Eu faço o que eu quero, quando eu quero.

— Você é um ingrato, Victor. Eu fiz tudo por ti. Sacrifiquei tudo para que tivesses a vida que tens hoje e é assim que me pagas? Me ignorando e me humilhando? - Ela finge estar a chorar, mais eu a conheço bem.

Quem a escutar a falar isso, irá pensar que é verdade. Mais ela vive de aparências e só está assim por medo de ser criticada pelo seu nicho de amigas da elite. A minha mãe nunca ligou realmente aos meus aniversários, tudo era uma questão de se exibir aos outros.

Fui criado por babás e funcionários. Nunca senti o seu amor e sinceramente não me importo mais com isso. "Sacrifiquei tudo para que tivesses a vida que tens hoje" - Penso comigo mesmo. Isso só pode ser piada.

A minha família está onde está agora, graças a mim que foi capaz de construir sozinho um império, com os fundos que o meu avô deixou de herança só para mim. Ele não confiou nem no meu pai e nem no meu irmão. Só em mim e no meu potencial.

Dou um sorriso frio.

— Eu não preciso da sua aprovação. Sou um homem feito e posso cuidar de mim mesma. Ou querias ver o seu filho se esfregando como louco em mulheres oferecidas? - Pergunto num tom de deboche.

Ela virou-se para sair do quarto, batendo a porta atrás de si. Eu observo tudo, sem expressão. A sua raiva não me afetou. Simplesmente dei de ombros e fui tomar um banho.

Após comer algo, fui ao meu escritório e fui avisado que o ratinho foragido não aceitou a minha proposta. Isso era de se esperar, mais é só encurralar o coitado, que ele irá ceder e fazer tudo o que eu quiser.

— Vou até fazer uma lista. - Falo animado e pego numa caneta. — Podem colocar o plano em ação hoje mesmo. - Digo ao meu segurança que estava de pé no meu escritório.

— Sim, senhor. - Ele retira-se e vai fazer aquilo que eu pedi.

O Julian não terá escolha a não ser, aceitar o meu contrato, caso contrário, ele nunca mais irá ver a sua irmã. Além de que verá a sua vida acabar.

Eu farei dele o meu escravo. Eu ainda não entendi do porquê que o ratinho foragido me intriga tanto, mais hei de descobrir. Mais até lá, farei dele o meu brinquedo favorito e irei torturá-lo e me deliciar com tudo.

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Comments

Monica De Carvalho Carvalho

Monica De Carvalho Carvalho

Que homem ridículo, sem noção do que é respeito, essas histórias são um pouco massantes

2025-07-28

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