O som dos saltos de Luna ecoava pelo mármore da mansão Tongs. Seus passos eram firmes, seu olhar — como sempre — inquebrável. Mas por dentro, um leve frio na espinha a percorria.
Era a primeira vez que ela seria chamada diretamente pelo chefe. Não por Enzo. Não por algum soldado. Por ele.
As portas se abriram com um rangido. Dois capangas as mantinham abertas, silenciosos. No centro da sala ampla e escura, apenas uma poltrona de couro e um homem sentado, de costas para ela, olhando pela janela.
Dante Mancini
— Luna Brian — ele falou, sem sequer virar o rosto.
A voz era grave, rouca, como se já tivesse visto mais dor do que qualquer ser humano poderia suportar.
Ela não respondeu. Apenas esperou.
Dante se levantou. O seu corpo era grande, mas seus movimentos eram elegantes. Vestia um terno preto impecável. Os seus sapatos faziam menos barulho que os da própria Luna. Quando ele se virou, o mundo pareceu pausar por um instante.
Aquele olhar.
Gelado. Preciso. Assustador.
Dante Mancini
— Enzo me disse que você matou o traidor sem hesitar — ele comentou, dando alguns passos ao redor dela.
Dante Mancini
— Isso é bom… ou assustador.
Luna ergueu o queixo.
Luna Brian
— Depende do que o senhor considera perigoso
Dante parou à frente dela, seus olhos nos dela.
Dante Mancini
— O perigo não me assusta, Luna. Eu o crio.
Silêncio.
Um leve sorriso curvou os lábios dela.
Luna Brian
— Então talvez sejamos mais parecidos do que o senhor imagina.
Ele riu. Uma risada breve, quase debochada.
Dante Mancini
— Todos aqui acham que você é só uma mulher bonita e mortal. Mas eu vejo algo a mais… Você tem fome. Tem sede de poder. E isso é o que mata ou transforma.
Ela não desviou os olhos.
Luna Brian
— Eu não vim aqui pra morrer.
Dante Mancini
— Não — ele murmurou, se aproximando mais.
Dante Mancini
— Você veio pra conquistar. E eu quero ver até onde vai conseguir.
Um novo silêncio surgiu. Mas dessa vez… pesado. Quente.
Luna sentiu o ar entre eles se tornar denso. A tensão não era apenas de poder. Era outra coisa. Algo proibido. Perigoso.
Mas antes que qualquer linha fosse cruzada, Dante deu um passo para trás e estendeu uma pasta.
Dante Mancini
— Missão. Interceptação de armas. Região portuária. Você lidera o grupo. Mostre que sabe comandar… ou não volte.
Luna pegou a pasta, sem hesitar.
Luna Brian
— E se eu voltar?
Ele se virou de costas.
Dante Mancini
— Aí começaremos a conversar de verdade.
Ela saiu da sala com o coração acelerado. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu que estava jogando um jogo grande demais. E ela adorava isso.
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Mais tarde naquela noite, Enzo a encontrou no arsenal.
Enzo Ricci
— Então você o conheceu — ele disse, entregando uma arma limpa.
Luna Brian
— E então?
Enzo Ricci
— E então… quero ver quanto tempo vai durar o seu brilho. Mulheres que se aproximam demais do sol costumam queimar.
Luna o encarou.
Luna Brian
— Eu não queimo, Enzo.
Ela sorriu, carregou a arma e saiu, pronta para o que viesse.
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Nome: Dante Mancini.
Idade: 41 anos
Papel: Chefe da máfia Tongs.
Personalidade: Frio, controlador, calculista, sedutor.
Características marcantes:Costuma usar terno escuro e nunca demonstra fraqueza.
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