CAPÍTULO 𝟐 — PRIMEIRO SANGUE

Continuação
---
𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐 — 𝐏𝐑𝐈𝐌𝐄𝐈𝐑𝐎 𝐒𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄
O ambiente cheirava a ferrugem e pólvora. Era uma velha fábrica abandonada no fim da cidade, onde os gritos dos desesperados não chegavam aos ouvidos de ninguém — exceto dos que viviam ali.
Luna estava de pé no centro do salão, braços cruzados, expressão impassível.
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Achei que você fosse mais alta — comentou uma voz vinda da sombra.
Ela não se virou. Sabia quem era. Tinha escutado o nome dele sussurrado nos corredores da máfia como se fosse uma maldição.
Ele se aproximou com passos lentos, frios, calculados. Observou Luna dos pés à cabeça como se estivesse avaliando um objeto qualquer.
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Você foi recomendada. Mas eu não confio em recomendações. Quero ver com meus próprios olhos.
Ela arqueou uma sobrancelha.
Luna Brian
Luna Brian
— Vai me testar?
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Exato.
Enzo jogou uma arma no chão, bem aos pés dela.
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Tem um homem amarrado no andar de cima. Um traidor. O chefe quer que a morte dele sirva de recado para os outros. Vamos ver se você serve pra mais do que ameaçar cobradores de rua.
Luna pegou a arma sem hesitar.
Luna Brian
Luna Brian
— E se eu recusar?
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Não vai.
Ela sorriu de canto.
Luna Brian
Luna Brian
— Você me conhece tão bem assim?
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Não. Mas já vi seu tipo. Quebrados. Furiosos. Famintos.
Luna subiu as escadas. O cheiro de urina e medo era sufocante. O homem estava amarrado numa cadeira, olhos arregalados, boca tapada. Tentou gritar, mas Luna apenas se aproximou, fria como gelo, e apontou a arma.
Ela hesitou por um segundo.
Não por dó.
Mas por memórias.
O sangue de seus pais. O cheiro da morte. A sensação de perda. Ela não era uma assassina por natureza. Mas o mundo fez dela uma.
Pá.
Um único disparo.
A cabeça dele tombou. O sangue escorreu pelo chão, quente e denso. Luna desceu as escadas como se nada tivesse acontecido.
Enzo a observou com um brilho quase imperceptível nos olhos.
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Parabéns. Você acaba de ganhar seu lugar.
Ela o encarou.
Luna Brian
Luna Brian
— Eu não vim pra ser aceita. Eu vim pra dominar.
Ele sorriu pela primeira vez. Um sorriso curto, sombrio.
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Você tem coragem. Vai longe… ou vai morrer cedo.
Luna se aproximou dele, até ficar a poucos centímetros.
Luna Brian
Luna Brian
— E você, Enzo? Vai me ajudar ou vai atrapalhar?
Enzo Ricci
Enzo Ricci
— Eu observo, Luna. E aviso: aqui, ninguém sobrevive sozinho. Nem mesmo você.
---
Nos dias seguintes, Luna passou a participar de missões reais: transporte de armas, interrogatórios, infiltrações. Era rápida, eficiente e brutal. Em pouco tempo, virou um nome respeitado dentro da organização.
Mas quanto mais crescia, mais se aproximava de Dante Mancini.
E isso a tornava um alvo.
Não apenas para os inimigos externos da máfia…
Mas para aqueles que, dentro dela, já viam Luna como uma ameaça.
Inclusive, Enzo.
Ele não confiava nela. Não gostava da forma como ela olhava para o chefe. Não gostava do brilho nos olhos de Dante quando ouvia seu nome.
Ela era perigosa.
Mas ele sabia reconhecer um perigo que valia a pena manter por perto.
---
Continuar.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!