FORÇADO A CASAR COM MEU CUNHADO MAFIOSO
A Caça se Aproxima
"Os dias passaram lentos como mel escorrendo por cristais quebrados. Valentin continuava preso na luxuosa masmorra que chamava de quarto. Sozinho, a não ser por visitas ocasionais de Enzo - o braço direito do tal cunhado. O homem alto, moreno, com sorriso que parecia carregar todos os pecados do mundo."
"Valentin está recostado no divã próximo a janela, os pés descalços no chão de mármore frio. Usa apenas um robe de seda, frouxo, propositalmente mal fechado. Enzo se aproxima com uma bandeja de frutas."
Enzo Moretti
Trouxe figos. Parece gostar deles.
Valentin de Belleroy
Hmm... Talvez eu goste mais do que parece.
(Ele se aproxima lentamente, os dedos longos deslizando pelo peito de Enzo, escorregando pela abertura da camisa, provocativo.)
Valentin de Belleroy
Você é bonito. Pena que trabalha pro vilão da história.
Enzo Moretti
(Sorri, uma covinha charmosa aparecendo de canto)
Talvez eu também seja um vilão. Mas tenho educação.
(Ele segura a mão de Valentin com firmeza e a afasta com gentileza. Não sem antes deixar os olhos passearem um segundo a mais pelo corpo dele.)
Valentin de Belleroy
Covarde!
"Agora (no presente) Enzo entra no quarto com passos silenciosos. Carrega um cabide envolto em uma capa de tecido preto. Coloca-o sobre a cama com uma reverência quase teatral."
"Valentin está deitado de lado na poltrona, só de robe, com a perna nua erguida sobre o braço do móvel. Um figo meio mordido em seus dedos alvos."
Valentin de Belleroy
Vai me vestir, Enzo? Ou só veio me assistir enquanto como?
"Ele ergue a perna lentamente, deixando o robe abrir-se perigosamente. A pele clara contrasta com o veludo escuro. Enzo apoia-se na cadeira, o olhar brincando entre o respeito e a luxúria."
Enzo Moretti
Seu noivo vai adorar essa visão. você realmente sabe ser uma tentação.
(Ele se levanta e caminha até Enzo, os pés firmes no chão frio, o robe balançando como uma bandeira de guerra.)
Valentin de Belleroy
Ele está aqui?
Enzo Moretti
Chegou essa manhã. Quer um jantar romântico. À luz de velas.
(O sorriso escorrendo como mel venenoso)
Enzo Moretti
Você tem... Trinta minutos. Vista-se. Ele exige que esteja à altura da ocasião.
(Valentin ergue uma sobrancelha, encara a capa de tecido sobre a cama e volta a sorrir com sarcasmo. Enzo se vira para sair.)
Valentin de Belleroy
Diz pra ele que se tentar me levar pro altar, vou usar vermelho sangue.
Enzo Moretti
(Na porta, sem olhar para trás)
Ele vai amar. É a cor preferida dele.
"Ele vai até a cama, onde Enzo deixou a roupa. Abre o zíper da capa e vê a escolha do 'cunhado-noivo': uma calça de alfaiataria preta, justa o suficiente para insinuar e provocar. A camisa com mangas bufantes e tecido levemente translúcido, parece saída de um editorial de moda... Ou de um teatro onde ele era, tanto o protagonista, quanto o prêmio."
Valentin de Belleroy
(Sorri)
Meu 'cunhado-noivo' tem bom gosto... Isso é quase um elogio.
"Ele veste-se com calma. A camisa caiu perfeita, revelando o suficiente para deixar o mistério. Em frente ao espelho, prendeu os cabelos loiros num coque displicente, alguns fios teimando em escapar e emoldurando seu rosto como uma moldura barroca."
Olhou sua imagem com um sorriso torto. Abriu dois botões a mais da camisa, deixando mais pele exposta - o suficiente para causar problemas diplomáticos."
Valentin de Belleroy
Se ele quer brincar... Vamos nos divertir.
(O clique da porta o interrompe. Enzo entra. Para. Os olhos percorrem Valentin de cima a baixo com uma lentidão quase ofensiva. Passa a língua nos lábios.)
Valentin de Belleroy
Eu sei... Tô uma delícia!
(Ele cruza os braços, um brilho malicioso no olhar. Nota a venda carmim nas mãos de Enzo.)
Valentin de Belleroy
Vamos brincar?
Enzo Moretti
(Sorri de canto)
Bem que eu gostaria... Mas não me atrevo a brincar com os brinquedos do chefe.
(Enzo se aproxima devagar, como se estivesse saboreando cada segundo. Quando chega perto o bastante, seus dedos tocam a nuca de Valentin. A pele desse arrepia, traindo qualquer sarcasmo.
Enzo amarra a venda suavemente. O mundo escurece, e os sentidos de Valentin se aguçam.
Passos. Um leve puxar no braço. Valentin é guiado para fora do quarto.
O ar muda. O ambiente muda.
Enzo para.)
Enzo Moretti
Agora... é com ele.
(Enzo se afasta em silêncio. Valentin permanece em pé, sentindo novamente aquela presença. Aquele calor. O mesmo que o segurou quando ele quase caiu... Que passou os dedos em seu rosto... Que o beijou como se pudesse engolir sua alma.)
(Uma cadeira é puxada. Ele é guiado até ela. Senta-se. Silêncio.)
(Dedos tocam seus cabelos soltos. Sobem pela lateral do seu pescoço, seguindo pelo maxilar até pousarem em sua bochecha. É um toque firme, íntimo, perigoso.)
(Seu corpo reage. Um arrepio. A respiração presa.)
"Diante dele, finalmente, o homem que o sequestrou. Que o amarrou. Que o beijou. Que agora... Sorri."
Salvatore Lucchesi
Boa noite, esposa!
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