Pela primeira vez não havia ninguém nos corredores para a receber, com seus passos leves como pluma, ela caminhou olhando atentamente para cada ponto do castelo, se aproximando um pouco do trono pode ouvir sussurros, na parede do próximo corredor tinham duas pessoas conversando e ela reconheceu suas vozes, diminuiu a velocidade dos passos e apurou bem os ouvidos:
- Eu te amo Olga.
- Eu também, nosso filho também o ama.
- Não pode dizer isso para ninguém, nem mesmo para Aila.
- Eu sei, Raun ficaria furioso.
- Sim e ele é meu melhor amigo.
- Antes de ir, ao menos sinta o bebê – ela pediu segurando sua mão a guiando em direção a barriga.
Ele acariciou a barriga que ainda crescia, subiu suas mãos até as bochechas de Olga, a beijou.
Mas ela rapidamente se afastou, Olga sentiu a presença de alguém, reconheceu a sombra e levemente o empurro, Ronald rápido percebeu, se ajoelho e pediu:
- Permita-me que me retire, minha rainha.
- Vá comandante – ela mandou sentindo seu coração acelerar agora que Sigrid se revelou totalmente.
Comandante ao passar pela princesa fez reverencia e rápido saiu, Sigrid encarou sua mãe que ríspida perguntou:
- Estava ouvindo minha conversa?
- Qualquer um escutaria está no corredor para qualquer ouvido aos ventos ouvir – ela retrucou com sua língua afiada.
- Sei que me odeia Sigrid, mas não pode contar para seu...
- Eu não vou contar – interrompeu Sigrid a olhando com decepção, não porque o bebê que carregava não era do seu pai, mas porque ela pensava que era odiada – E eu não te odeio, eu te vejo como a minha mãe, eu te amo como minha mãe, não sei o porque seus olhos e seu coração estão fechados para ver o meu carinho.
- Fico feliz que posso confiar em você.
- Você sempre pode e sabe disso – disse Sigrid se afastando.
- Onde esteve?
- Eu fui espiar a família de Gerda se despedir e depois parece que meu pai se encarregou que um dos soldados me encontrassem para me levar para casa.
- Só nos preocupamos que você haja com uma princesa.
- Eu sei que fazem isso por amor, o dia foi estressante, eu vou deitar, se importa se não jantar com vocês?
- Não me importo, você merece um descanso – autorizou a rainha que não se atreveria em discordar, não agora que ela teria um segredo seu.
Raun chegou levemente bêbado, brincando seus filhos de lutinha, Olga parecia cansada, sentou no trono e perguntou:
- Está atrasado a mesa está colocada há muito tempo.
- Me desculpe amor da minha vida – ele correu com Radulf nos ombros – Vamos comer.
- Duvido que esteja com fome, tem tanta cerveja aí que é impossível caber mais alguma coisa – ela disse se esquivando do seu beijo com hálito de bebida antes que ficasse enjoada.
Depois que jantaram escutando as histórias de Raun, Olga foi colocar seus filhos na cama e Raun foi ver sua filha, entrou em seu quarto de mansinho e saltou na cama para a abraçar, era o que ele fazia antes dos gêmeos nascerem, não espera que ela o surpreendesse, uma adaga foi encostada em seu pescoço e ela sussurrou:
- Nunca ataque uma mulher sem ter certeza que ela dormiu.
- Uou... – ele disse se afastando e sentou na cama gargalhando – Geralmente você gargalhava.
- Eu era uma criança.
- Está crescidinha a ponto de ser uma mulher.. Sabe... Grande?
- Pai você bebeu demais, sabe nenhum homem chega perto sem a sua permissão.
- Parece que Gustaf chega... Fadas me contaram que os viram cavalgando.
- Ele só me fez um favor para eu chegar aqui.
- Eu o acho um bom rapaz, os aprovaria juntos.
- Pai você não está no seu juízo perfeito – ela gargalhou.
- É bom te ver sorrir, sei que não gostou da sua punição, mas agora o reino está conhecendo quem é a princesa que tanto protejo, eles estão vendo sua força, logo seu nome ecoará por todos os reinos e não temerão somente a mim, agora temerão o nome Sigrid.
- Isso é o bastante para mim – ela disse o abraçando – Por que está aqui? Não deveria estar com a rainha?
- Deveria, mas sinto falta de te dar atenção e sinto falta da sua mãe Nana.
- Ah pai... Eu queria ter a conhecido, mas não a conheci e agora ela está em paz, o senhor também precisa ter paz, vai ter seu quinto filho, e é o mais glorioso rei, pare de pensar no passado.
- É... Minha garotinha está crescida – disse beijando sua testa – E cuidado com essa adaga.
- Boa noite pai.
Ele sorriu e se retirou.
O rei acordou tarde por causa da ressaca, praticamente se juntou com a família no segundo banquete, depois seguiu para seu trono, seu fiel comandante entrou no castelo e se ajoelhou brevemente trazendo a notícia:
- Meu senhor, a princesa Tyra está aqui com um pequeno grupo de guerreiros fazendo sua guarda, ela diz que veio em paz tratar de assuntos reais.
- Hm... – disse Raun encarando Olga.
- Me perdoe, meu pai, mas escutei a conversa – pediu sua filha Sigrid entrando mansamente e parou ao seu lado no trono.
- O que tem em mente filha?
- Me deixe recepcionar Tyra.
- Não! – esbravejou Olga – Sabemos que é uma armadilha!
- O que tem para dizer em sua defesa? – perguntou Raun encarando a filha.
- Uma princesa deve receber outra princesa, se for uma armadilha vou estar preparada ao lado dos nossos guerreiros.
- Sigrid sabe se cuidar – disse Raun segurando a mão de Olga – Confie nela.
- Vá Sigrid – autorizou Olga lembrando-se que a princesa guardava seu segredo.
Ronald acompanhou a princesa, fez sinal para seus homens o acompanhar e encarnado Gustaf que tinha vindo com ele avisou:
- Princesa te deixaria nas mãos do meu filho, enquanto os esperarei aqui.
- Sim comandante.
Gustaf guiou seu cavalo para ficar bem próximo ao da princesa, enquanto os outros guardas estavam atrás, seus olhos atrevidos encaravam cada parte do corpo de Sigrid que estava vestida como uma princesa, usava vestido longo e seus cabelos estavam arrumados, ela ficou corada sentindo seu olhar e perguntou:
- O que está fazendo Gustaf?
- Somente tomando conta de ti, princesa.
- Seus olhos estão me encarando diferente – ela comentou se lembrando dos pretendes que conhecia nas festas criadas por Olga que a cobiçavam com aquele olhar.
- Me perdoe.
- Não se preocupe.
- Eu devo ir a frente dar a sua permissão para eles entrarem.
- A condição dela entrar é que seja sozinha ao meu lado, os guardas dela devem ser acompanhados pela metade dos nossos e ficarem no abrigo real.
- Eu permanecerei ao seu lado.
- Como desejar guerreiro.
Gustaf fez sinal para metade dos guardas se prepararem a direita, cavalgou a frente autorizando a aberta dos portões dos limites do reino, sem olhar para a princesa Tyra demonstrando seu respeito anunciou:
- Nosso rei te receberá em paz, mas princesa Tyra deve ir sozinha ao lado da nossa princesa Sigrid.
- Isso é uma armadilha Tyra, devemos voltar – disse seu braço direito que cuidava para que Tyra torna-se uma grande rainha.
- Meu pai confiava no Rei Raun, eu vou confiar também, agora faça o que o guerreiro mandou.
- Mas princesa... – ele não terminou seu protesto.
- Eu sou a ordem! – ela disse o encarando.
- Como desejar, minha princesa – aceitou o seu braço direito guiando a pequena tropa.
Gustaf guiou Tyra para perto de Sigrid, elas trocaram olhares tensos, levemente Sigrid a recordou com a postura soberana:
- Está nas terras do seu pai.
- Princesa Sigrid – Tyra ainda sobre o cavalo se curvou levemente.
- Agora vamos nos apressar, meu pai te espera – avisou Sigrid apressando seu cavalo, ficando à frente da princesa, ainda impondo sua soberania, deixando Tyra para trás ao lado de Gustaf.
Ronald ajudou a princesa Sigrid descer do cavalo, o mesmo fez Gustaf com Tyra, os dois as acompanharam para dentro do castelo, Tyra ao chegar em frente ao trono se curvou, Olga assim como Sigrid sentia a necessidade de provar sua soberania para outra mulher:
- Levante-se e diga o que faz tão longe de casa!
- Eu sou a única herdeira do reino, meu pai sempre foi um rei exemplar e confiava nos poderes dados aos senhores, acredito que devo seguir os passos deles e confiar também – ela disse olhando para a princesa Sigrid ficar em pé ao lado de Olga.
- Pelo visto possui planos princesa Tyra – comentou Raun encarando a bela jovem.
- Tenho meu senhor, meu povo precisa de uma rainha, que claramente será eu, mas não queria assumir esse posto sem um homem forte ao meu lado.
- Quer se casar com um homem do meu reino, para confirmar nossa união, princesa Tyra? – perguntou Raun reconhecendo suas intensões.
- Isso, meu senhor.
- Mesmo depois da morte do seu irmão?
- Meu irmão foi imprudente e eu o avisei.
- Aila acomode a princesa Tyra acredito que ela esteja cansada pelo trajeto até aqui – ordenou Olga.
- Sim, minha rainha – disse Aila convidando a princesa para acomodar.
- Podemos passar seus pretendentes para Tyra, isso será bem conveniente para você – disse Olga encarando a filha.
- Do fundo do meu coração esse deve ser um presente das fadas.
- Um dia minha filha precisará se casar, está ficando adulta.
- Primeiro vamos socorrer a filha do seu fiel amigo – disse Sigrid revirando os olhos.
- Eu vou conhecer a tropa de guardas que vieram com Tyra – disse o Raun ficando de pé – Vamos rapazes? – ele perguntou encarando Ronald e Gustaf.
- Já que quis recepcionar Tyra, agora me ajudará com os cuidados para festa em homenagem a ela.
- Claro senhora, essa será uma festa que farei com prazer.
Sigrid cuidou dos anúncios da festa que ocorria na noite seguinte, direcionou os convites para os homens mais desejados e sucedidos do reino, providenciou o vestido que ela e Tyra deveria usar ao lado de Aila e por último organizou a decoração.
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Atualizado até capítulo 84
Comments
Ro
A princesa pode se casar com qualquer um desde q não seja Gustaf.
e a Olga não tem nenhum moral , essa 🐄
2020-10-02
2
๖ۣۣۜ✿͜͡ૂ᭄♪ᒪꪊꪀꪖ๖ۣۣۜ♡
😒Rainha safada...
2020-09-28
1
Dyonisus
óia só a rainha traindo o rei
filha da puta
e outra, se essa tal princesa querer estragar meu shippi, irei pedir as fadas para puni-la
2020-09-27
4